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Vereadores querem atrair jovens para o centro

Comissão especial começou a discutir projetos para revitalizar o quadrilátero central de Campinas

Vereadores iniciam reuniões da comissão especial que estuda a revitalização do centro de Campinas (Imagem: TV Câmara de Campinas)

Por: Anna Luiza Scudeller

Em sua primeira reunião, realizada nesta quarta-feira (22), a comissão especial de revitalização do centro de Campinas, montada na Câmara Municipal, ponderou que a população jovem precisa ser chamada a ocupar melhor a região central da cidade. Para tanto, os vereadores debateram a necessidade de promover eventos culturais mensais e estimular moradias mais acessíveis – não exclusivamente voltadas à população idosa – que pouco circula pelas ruas centrais, especialmente no período noturno.

Segundo o arquiteto Paulo Gaspar, vereador pelo NOVO, a evasão do centro é um problema crônico de grandes metrópoles, o que leva à degradação e abandono de regiões centrais. Os membros da comissão de vereadores enfatizaram a necessidade de união entre a população e as secretarias municipais para a resolução do problema.

Durante a reunião, foi definido que o comerciante Carlinhos Camelô (PSB) será o relator dos trabalhos. Ele disse que, nos últimos dias, pelo menos 13 lojas foram assaltadas somente na região central. Comparecendo enquanto convidado, o diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) Edvaldo de Souza Pinto destacou sua preocupação em relação ao tema. “Quando cheguei em Campinas, tínhamos 300 mil habitantes, hoje temos um milhão e 300 mil. Antes, éramos referência, hoje somos preocupação”, disse.

O vereador Arnaldo Salvetti (MDB), em primeiro mandato, preside os trabalhos da comissão montada na Câmara (Imagem: TV Câmara de Campinas)

A região central conta com vários prédios abandonados e grande índice de criminalidade, segundo comentaram os participantes da comissão. A ideia, segundo seu presidente, Arnaldo Salvetti (MDB), é aproveitar a onda dos projetos do prefeito Dário Saadi de revitalização de diversas áreas da cidade, sendo a Estação Cultura uma das principais intervenções.

Em 2014, foi criada uma lei possibilitando ao Executivo tomar posse de imóveis abandonados, que poderiam ser usados para trazer de volta órgãos públicos que acabaram alocados, por exemplo, na Cidade Judiciária. Jorge Schneider, do PL, se propôs a fazer gestões junto ao prefeito para articular os dois Poderes locais.

Os vereadores, especialmente Gaspar, disseram esperar que a atual gestão leve às inovações e sugeriu a criação de um escritório de planejamento para Campinas. Segundo ele, para a população voltar a ocupar o centro é preciso planejamento urbano e adequações ao zoneamento e ocupação do solo, o que permitirá a queda nos preços dos imóveis ao aumentar o potencial construtivo de edificações. O arquiteto também indicou a possibilidade de se criar zoneamento misto, sistema no qual, em um mesmo prédio, há apartamentos residenciais e área empresarial. Ele ficou responsável por convidar as faculdades de engenharia e urbanismo instaladas no município a apresentarem projetos neste sentido.

A comissão especial, que tem o prazo 180 dias para apresentar a proposta para a revitalização do centro, já selecionou os primeiros convidados a participarem dos próximos encontros. O próximo tratará segurança, com representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Guarda Municipal e a secretária de Assistência Social, Vandecleya do Carmo Moro.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Fernanda Almeida


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