Destaque
O lamento é de Yeda Duarte, coordenadora do núcleo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento, da USP
Por: Rafaela Guarnieri
“O que é mais importante: perder dinheiro ou perder vidas?”, questionou a professora Yeda Duarte, da Faculdade de Enfermagem da USP, em videoconferência no canal do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo (Sinsprev/SP) no Youtube, na última sexta-feira, 26. De acordo com ela, especialista nas áreas de geriatria e gerontologia, o comportamento da população tem sido o principal motivo para o alastramento da Covid-19, que atingiu na semana passada a maior média móvel do número de óbitos desde o início da pandemia do novo coronavírus, um ano atrás.
Yeda disse compreender a aflição dos diversos setores da economia afetados com o distanciamento social e com as medidas restritivas de circulação, mas afirmou que o efetivo controle da disseminação do vírus só será alcançado sem atividades que gerem aglomerações. “Para funcionar, tudo deveria parar, ainda que a economia sofra”, ponderou.
Yeda aponta que a velocidade de contaminação pelo coronavírus é superior à velocidade da vacinação. Devido a esse fato, assim como à negligência em relação às medidas sanitárias, o número de contaminações e óbitos seguem crescendo, registrando mais de 1.200 mortes por dia.
Coordenadora do Núcleo de Saúde, Bem-estar e Envelhecimento (SABE), a docente da USP reafirmou que tomar a vacina não significa estar completamente imune à doença, mas que apenas não se chegará ao seu estágio mais grave. Para o controle da situação, Yeda acredita que não basta apenas a vacinação, mas sim a conscientização e colaboração coletiva dos cidadãos.
A palestrante ainda advertiu para a importância dos cuidados com a saúde mental, no atual estágio da pandemia, em especial com a parcela idosa da população. Ela explicou que, depois de um ano de pandemia, as pessoas já não aguentam mais manterem-se em isolamento, e que o cansaço faz com que comecem a relaxar os cuidados em relação às medidas protetivas. “Isso não pode acontecer de jeito algum”, afirmou.
Segundo a docente, os problemas da mente podem também impactar fisicamente as pessoas. Ela chamou a atenção para algumas recomendações, baseadas em estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o desenvolvimento de psicopatologias neste período.
Entre as medidas sugeridas, ela destacou que as pessoas devem manter-se conectadas aos amigos e familiares, por telefone ou videochamadas, bem como tomar sol todos os dias, se exercitarem ainda que por pouco tempo e hidratarem-se constantemente. “Estabelecer uma nova rotina é extremamente importante. Até conseguirmos voltar ao que era antes, precisaremos de um novo normal”, afirma.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Letícia Franco
Veja mais matéria sobre Destaque
Artur Nogueira estreia na Taça das Favelas neste sábado
Cidade é a segunda do interior paulista a aderir ao campeonato, seguindo Campinas
87,2% dos jovens campineiros ainda não emitiram título
Entre 16 e 17 anos, o voto é facultativo, mas ONG incentiva a participação
ONG oferece cursos profissionalizantes em Monte Mor
Instituição visa especializar moradores da comunidade na área de estética
Obras de madeira reforçam a ideia da sustentabilidade
Artistas Leani Ruschel e Regina Lara apresentam novas obras sobre a importância da preservação ambiental
‘Japan House’ é o pedaço do Japão em São Paulo
Local idealizado pelo governo japonês se tornou ponto turístico da avenida Paulista
Conheça o museu em homenagem a Carlos Gomes
Entidade particular cuida de espaço de exposição de objetos ligados ao famoso compositor de Campinas