Educação
Redação Digitais
O projeto Ecoar, que envolve alunos – da 6ª ao 9º ano -, profissionais da escola e um grupo de psicólogos e estudantes de psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas), trata de assuntos como violência, bullying, automutilação e racismo em seis escolas municipais de Ensino Fundamental da região Noroeste de Campinas.
O projeto é uma vertente de um programa de extensão desenvolvido no Grupo de Pesquisa (GEPinPSI) da PUC-Campinas, com o intuito de acompanhar o processo de desenvolvimento de crianças e jovens nas escolas municipais de Campinas sob a ótica da Psicologia. Além disso, leva para o ambiente escolar, por meio de discussões, reflexões sobre as formas de enfrentar e prevenir as diversas maneiras de violência na escola.
“O programa tem como objetivo identificar fatores e indicadores de risco ao desenvolvimento e agir na perspectiva preventiva, envolvendo professores e familiares, além, é claro, da própria criança” é o que explica a coordenadora do Ecoar e professora da Faculdade de Psicologia da PUC-Campinas, Raquel Guzzo.
A equipe conta com dez estagiárias de psicologia e doze profissionais formados, além da coordenação. Cada escola da região Noroeste conta com um grupo supervisionado por Raquel, composto por uma psicóloga e duas estagiárias.
O primeiro passo do projeto é conhecer a realidade da escola, das salas de aula, das crianças e dos docentes para, em seguida, participar de todos os espaços de reunião como membro de apoio aos professores e equipe técnica.
Paralelamente a essas atividades, profissionais de psicologia acompanham o desenvolvimento dos estudantes, seja por meio de informações fornecidas pelos educadores, pela família ou pelas próprias crianças que se aproximam para discutir e conversar sobre a vida cotidiana. “Fazemos um apanhado a cada dois meses de como esse trabalho está se desenvolvendo e programamos os passos seguintes com os agentes das escolas – gestão, equipe técnica e professores. Incluímos também os alunos na discussão das atividades e no planejamento” conclui Raquel.
Ao estar presente no cotidiano da escola, os psicólogos acompanham as atividades, a rotina e também os problemas que aparecem, fazendo sempre uma síntese com o coletivo de educadores e propondo um debate sobre temas que surgem, sejam de interesse de estudantes ou preocupações dos educadores. “As discussões e as decisões tomadas são sempre compartilhadas e avaliadas. A proposta é que a cada temática, políticas e orientações para as ações cotidianas sejam tiradas coletivamente e implementadas por todos” acrescenta a professora.
Para a supervisora educacional do Núcleo de Ação Educativa Descentralizada (Naed) da região Noroeste, Thais Penteado, é de suma importância a psicologia no âmbito escolar e não só nos centros de saúde. “O Ecoar faz um trabalho muito bom com os professores e eles possuem um suporte a mais para ajudar na prevenção dessas situações. Além disso, há uma melhora na comunicação com os alunos e no desenvolvimento de cada um deles”.
Noroeste
Com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e da Faculdade de Psicologia da PUC – Campinas, o Núcleo de Ação Educativa Descentralizada (Naed) responsável pela Região Noroeste de Campinas desenvolve o Ecoar nas seis Emefs da região: Clotilde Barraquet, no Jardim Florence II, Edson Luis Chaves, no Jardim Santa Rosa, Padre Francisco Silva, na Vila Castelo Branco, Padre Leão Valleriè, no Parque Valença I, Padre Melico Cândido Barbosa, no Parque Tropical e Sylvia Simões Magro, Jardim Ipaussurama.
Projeto Ecoar
Espaço de Convivência Ação e Reflexão é um projeto nas escolas públicas para o enfrentamento das diferentes formas de violência na escola. Trata-se de uma prática psicossocial voltada para o desenvolvimento integral das crianças no cotidiano da sua escolarização, fundamentada em autores como L.S. Vigotski e Ignácio Martin-Baró.
O psicólogo pode, assim, acompanhar o desenvolvimento dos estudantes enquanto e onde ele acontece. Dessa forma, o profissional pode estar presente enquanto situações de violência surgem e se configuram no cotidiano escolar, construindo ações preventivas e protetivas em nível individual e coletivo.
Editado por Carolina Sampaio
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