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Na era da música digital, o vinil está voltando as paradas de sucesso

Por Izabela Reame

Em meio a era digital, que tomou o mercado musical com músicas cada vez mais acessíveis de maneira online – por meio dos famosos downloads e dos aplicativos de músicas, parece que uma moda voltou tanto para o público como para os artistas: o vinil. O disco de vinil, LP (Long Play), bolachões, ou simplesmente vinil está no mercado de novo, para alegria dos amantes de música que não os trocam por nenhuma playlist do youtube.

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Os discos antigos ainda são os mais procurados Crédito Divulgação Antiquário Coisas Antigas Indaiá

O mercado dos discos ainda é muito forte quando tratamos de relíquias, ou seja os LPS gravados antigamente e que hoje são vendidos há preços exorbitantes por serem raridades. Os apaixonados por esse mercado afirmam que mesmo a qualidade musical ter aumentado nas gravações da era do CD em diante, a graça do vinil está exatamente em dar um ar retrô ao momento de escutar um álbum. Isto é, não se enquadra aquela correria dos tempos atuais em que escutar música virou sinônimo das particularidades dos fones de ouvido e dos carros fechados no trânsito. Para colocar o toca discos para funcionar é necessário aquela pausa no dia, sentar e apreciar o som. Outro ponto defendido nos discos é que eles preservam as gravações originais, sem as correções dos sons digitais que se distanciam da música tocada ao vivo.

Para Francisco Coelho, proprietário do Armazém do Vinil – uma das principais lojas online do setor, este mercado na verdade nunca saiu de moda: “Existem dois públicos, para um deles na verdade o interesse nunca se foi e esteve sempre presente. Agora existe um outro grupo que está descobrindo o vinil, e percebendo como é legal ter um meio físico para suas músicas preferidas e com uma arte legal e colecionável.” Em relação a faixa etária, engane-se quem acha que só a velha guarda é apaixonada pelos discos. Questionado sobre o público do site, Francisco afirmou: “Ambos, os mais velhos por já terem tido um contato no passado e adorarem o formato e claro com um certo grau de nostalgia. E os jovens na minha percepção estavam meio carentes de ter o meio físico e quando tiveram este contato, ficaram fascinados.”

E não é só nas vendas online que o mercado está sendo bem visado. O Antiquário Coisas Antigas Indaiá, que fica na cidade de Indaiatuba, também notou um crescimento dos bolachões, como conta o proprietário Antonio Abilio Moura: “De uns tempos para cá, a procura por discos de vinil aumentou consideravelmente. Quem gosta de música, sabe que escutar um vinil na vitrola, o som é diferente, mais limpo e de melhor qualidade. Por conta disso, sempre vai ter procura. Fora que a nostalgia que o vinil proporciona não tem preço, nem idade.”, afirmou o dono do Antiquário.

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No antiquário a variedade álbuns e artistas é grande, atraindo os amantes dos discos de vinil Crédito Divulgação Antiquário Coisas Antigas Indaiá

Na era digital…

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Vinil da Lady Gaga no estilo retrô Crédito Reprodução Internet

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A banda Interpol também deixou a capa estilo antigo Crédito Reprodução Internet

Os artistas da atualidade estão presentes  neste ramo, e para aumentar as vendas de suas produções resolveram não ficar apenas CDs e músicas onlines. Pode-se encontrar para venda vinis de artistas como Pitty, Luan Santana, Criolo e o Rappa. Além de músicos internacionais, que não só gravaram em LP como criaram uma capa o disco dando um ar de antiguidade como a cantora Lady Gaga e a banda americana Interpol. Além de nomes como Mumford & Sons e Arctic Monkeys que não só entraram no mundo do LP como estão na lista dos mais vendidos.

Crédito Izabela Reame

Crédito Izabela Reame

Curiosidade

Um brasileiro ficou conhecido após o jornal norte-americano “New York Times” descobrir que José Roberto Alves Freitas tem mais 4,5 milhões de LPs. Dono de uma transportadora, Zero Freitas – como é conhecido, tem uma coleção de discos de vinil de deixar qualquer amante de música de queixo caído. O empresário tem também raridades que podem chegar ao valor US$ 3 mil por unidade. Ou outras que chamam atenção não pelo preço e sim pela importância como uma edição de “Piano Concerto”, lançado em 1949 por Heitor Villa-Lobos, e autografado pelo maestro.

Zero Freitas tem dois galpões para guardar a sua coleção, e uma equipe que cuida dos locais mantendo em ordem, catalogando e tornando o local quase que um museu da música.

Sebastián Liste Noor, for The New York Times

Zero Freitas exibindo sua grande coleção de discos de vinil Crédito Sebastián Liste Noor/The New York Times

Editado por Vitor Domingues


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