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Sindicato dos Metalúrgicos realiza 7ª Feira do Livro

“A leitura não é só com os livros, é também com o mundo”, diz palestrante

Por: Maria Luísa Faustino

Exposição e venda de livros têm grande quantidade de temas e livros destinados para as diferentes idades e interesses. (Foto: Maria Luísa Faustino)

Teve início na última quarta-feira (8), com encerramento previsto para o este sábado (11), a 7ª edição da Feira do Livro do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região. Além da exposição e venda de livros sobre a história de luta dos trabalhadores e trabalhadoras, atividade prevista para os quatro dias do evento, a mesa de abertura contou com a presença do atual presidente do Sindicato, Jair dos Santos, de João Roberto Leite, um dos coordenadores do evento e ex-dirigente do sindicato no período 1987 a 2008 e com a palestra do filósofo e pedagogo Arnaldo Valentim Silva, atual diretor da Escola Estadual Tenista Maria Esther Bueno, localizada na região do Campo Grande, em Campinas.

Jair dos Santos, diretor-presidente do Sindicato, afirma que a Feira do Livro reapareceu para diminuir o distanciamento entre a entidade e a sociedade em geral. (Foto: Maria Luísa Faustino)

Durante sua exposição, Arnaldo Valentim disse que “formar as pessoas é despertar na cabeça delas uma paixão, e o educador aprende junto com o aluno, é um processo de humildade”. Ele defende que a leitura é um direito e cita Paulo Freire, que diz que “ler livros é também ler o mundo”. Arnaldo conta que é preciso ler livros para lutar e transformar o mundo dentro de uma perspectiva revolucionária, portanto, é preciso conhecer a realidade para mudá-la, e a leitura é um instrumento para isso.

O pedagogo ressaltou ainda que a leitura não pode ser encarada como um processo torturante e para que isso aconteça é necessário conhecer as histórias das pessoas e, assim, introduzir a palavra – textos, músicas, livros impressos – de acordo com a realidade delas.

Após a palestra, o debate prosseguiu e Jair dos Santos contou que depois de 2015, ano em que aconteceu a última edição da Feira do Livro, o Sindicato dos Metalúrgicos teve um distanciamento significativo do restante da população e da classe trabalhadora e que a volta da Feira é um marco histórico da reaproximação, a partir da adoção de uma postura nova pela atual direção sindical que foi eleita em julho e tomou posse no dia 01 de setembro deste ano.

Arnaldo diz que é preciso ler livros para lutar e transformar o mundo dentro de uma perspectiva revolucionária, portanto, é preciso conhecer a realidade para mudá-la. (Foto: Maria Luísa Faustino)

Jair dos Santos diz que a retomada da Feira volta a mostrar o Sindicato como uma referência, já que há uma perspectiva de transformações dentro dos objetivos da nova direção. “A formação não é apenas dentro de uma sala de aula, ela é, acima de tudo, a leitura consciente daquilo que impossibilita e que leva alguém a entender o espaço onde ela vive”, acredita.

Para João Roberto Leite, a falta de estímulo à leitura e a utilização da tecnologia deve ser encarados como desafios. “Hoje, num tempo com a mídia eletrônica, as pessoas são induzidas a ler menos, e esse estímulo começa a ser feito no momento em que é disponibilizado esse tipo de material aos nossos filhos”, aposta.

João Leite defende que o resgate da memória das lutas sindicais deve ser feito, pois ajuda a avaliar erros, estratégias, enaltecer vitórias e reconhecer as dificuldades que enfrentam. (Foto: Maria Luísa Faustino)

João Leite também diz que todas as feiras anteriores teve um espaço significativo dedicado às crianças, porque é necessário que a motivação comece desde cedo, com os jovens, e o ato de ler, escrever, se expressar, os ajuda, desde sempre, a criar uma consciência de organização e opinião sobre o mundo ao seu redor. Por isso, segundo ele, a 7ª Feira será encerrada no sábado, com atividades voltadas para as crianças, visando o incentivo à leitura.

As atividades da 7ª edição da Feira do Livro prosseguem nesta sexta-feira (10), a partir das 19 horas com a atividade “Sextou com o Hip Hop”, com a presença do cantor e compositor Gabriel Valença do Coletivo Cultura na Base. O encerramento será neste sábado (11), com atividades a partir das 9 horas com a “Contação de Histórias”, momento dedicado às crianças. O término está previsto para às 11h30.

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Giovanna Sottero


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