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Ex-funcionária de RH quer popularizar yoga em Americana

Depois de deixar o mundo corporativo, Grazielle Vilela cria projeto para saúde física e mental

Por Letícia Meneghel

Depois de enfrentar momentos difíceis em 2020, a então funcionária do setor de recursos humanos Grazielle Vilela decidiu dar uma guinada na vida. Grazi, como é conhecida entre os amigos, se dedicou a estudar yoga e decidiu democratizar essa prática meditativa originária da Índia entre moradores de Americana. “Yoga Para Todos” é o nome do projeto que busca estimular a melhora da saúde física e mental.

Quando Grazielle se interessou pela prática do yoga, logo começou a se preocupar em fazer cursos de formação. Na época, a ideia era se planejar para que, em julho de 2023, ela conseguisse deixar o trabalho e criar seu próprio estúdio de yoga. Mas em janeiro desse ano, o estúdio estava pronto e ela já havia deixado o mundo corporativo.

Grazielle Vilella: “Hoje vivemos num mundo com muita ansiedade, stress e muitas preocupações” (Foto: Letícia Nogueira Meneghel)

Com seu espaço de trabalho e meditação, Grazielle se sentiu no dever de tornar acessível o yoga a todos que se interessassem, pois lembra que foi a prática que a salvou na época da pandemia e ao passar por problemas de saúde mental.

Foi assim que deu início ao projeto “Yoga para todos”, que tem como objetivo levar a prática do yoga para as pessoas que nesse momento não tem condições de pagar por uma aula. “Hoje vivemos num mundo com muita ansiedade, stress e muitas preocupações. Eu acho que esse projeto vai contribuir muito na vida das pessoas”, disse a agora professora.

Para que o projeto fosse para frente, entrou em contato com a Prefeitura de Americana, que disponibilizou uma sala no Centro de Cultura e Lazer (CCL), localizado na Avenida Brasil, em Americana. As aulas ocorrem toda segunda-feira, com duração de 60 minutos.

São apenas 20 vagas, sendo a idade mínima de 13 anos. Grazielle conta que ficou surpresa com a repercussão da proposta, em razão do volume inicial de inscrições, que se esgotaram em menos de 24 horas, totalizando cerca de 100 interessados.

Suas aulas têm como foco o alongamento e relaxamento do corpo, da mente e do espírito, com ênfase na respiração e meditação. Para a prática do yoga não é necessário um pré-requisito, todos podem participar.

A assistente social Ilca dos Santos, resistente de Santa Bárbara d’Oeste, diz que se interessou pela prática do yoga pela qualidade de vida. Ela nunca havia feito nada relacionado à meditação e conta que ficou emocionada, pois encontrou um momento para cuidar de si.

Grazielle Vilella: “É algo que eu estou ganhando pro meu coração, algo de energia” (Foto: Letícia Nogueira Meneghel)

A designer de interiores, de 25 anos, Laís Anunciação, conheceu o estúdio de yoga do quão Grazielle é proprietária através de panfletos distribuídos em seu trabalho. Resolveu participar de uma aula experimental e descobriu que havia esse projeto gratuito, se interessando na mesma hora. 

Grazielle diz que foi a primeira vez que deu aula para um número tão grande de pessoas, sendo algo muito gratificante. “Eu faço isso de coração. O yoga me ensina isso de me doar através da prática. Hoje eu tive essa sensação mais a fundo, principalmente porque não envolve dinheiro. É algo que eu estou ganhando pro meu coração, algo de energia”.

Grazielle diz que essa prática meditativa é capaz de mudar o estilo de vida das pessoas e que “é incrível ser a pessoa que transmite isso para os outros”. Ela costuma lembrar às pessoas com quem conversa que, “se eu puder mudar o dia de alguém através do yoga, eu me sinto muito melhor, faz mais sentido pra mim”.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Melyssa Kell


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