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Pandemia faz ciclismo crescer entre o público infantil

Procura por serviços de manutenção e equipamentos de segurança também aumentaram em 2020 e 2021

Por Fernanda Alves e Bruno Leoni

A pandemia trouxe momentos de reflexão e de ruptura com antigos hábitos, além de novas práticas e desejos. O ciclismo foi um dos esportes que mais cresceu durante esse período. Em julho de 2020, o setor registrou um aumento de 118% nas vendas, segundo levantamento da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), além de um crescimento do setor de 28,4%, terminando o ano com alta de 54% nos lucros, segundo o Itaú/Unibanco. E o público infantil não ficou de fora. Muitos pais, para estimularem a prática de esportes e um convívio saudável durante o período de isolamento social, adquiriram bicicletas.

Marcos José Vieira dos Santos, gerente da bicicletaria “Rossini biker e roller” (Foto: Bruno Leoni)

O aumento de vendas, procura por bicicletas, equipamentos infantis e serviços de manutenção se refletiu no dia a dia da bicicletaria “Rossini Bike e Roller”, de Piracicaba. Marcos José Vieira dos Santos, gerente da loja, notou que, em 2020, as vendas de bicicletas aumentaram em torno de 50% e que, em 2021, o público infantil procurou mais por serviços de manutenção e reposição de peças.

O gerente ainda constatou que muitos pais e filhos buscaram o ciclismo como alternativa para diversão, já que a cidade possui diversos parques, avenidas e ciclofaixas que possibilitam a prática do esporte, mas que poderiam ser maiores e interconectados.

Foi o caso da Olívia, de 6 anos.  A mãe, Cintia, conta que a filha não tinha o hábito, mas comprou a bicicleta devido as amigas e familiares próximos possuírem uma. “A Olívia que pediu, quase todos os amigos e amigas tinham uma, então ela acabou querendo”, conta a mãe.

André e seu filho Lucas, andando de bicicleta juntos (Foto: Arquivo pessoal)

Outro caso semelhante foi o do Lucas, de 8 anos. Seu pai, André, diz que o desejo partiu do filho, e que foi influenciado pelos colegas. “Me tocou ver meu filho pedir algo como uma bicicleta, pois era o sonho de consumo de todas as crianças. Quando ele me pediu, comprei assim que pude, me lembrou muito minha própria infância”, relata.

Em ambos os casos, os pais comentaram que o comportamento dos filhos mudou para melhor, devido à prática do exercício e da convivência com outras crianças, afetada pela pandemia. “A Olívia, às vezes, não estava nem a fim de ir, contudo, quanto mais amigos iam, mais ela se empolgava, e notei uma melhora no seu humor”, conta.

“Meu filho, sozinho ou com os amigos, se sentia muito bem, e era perceptível, pois no período de maior restrição, notava que ele passava muito tempo em frente ao videogame, meio pra baixo. Mas, após o início das atividades físicas, além de perder peso, também se sentiu mais feliz. Inclusive agora eles têm um grupinho para pedalar, chamado de Bicity.” afirma.

Vale lembrar que a prática de esportes é recomendada para todas as idades.

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Gabriela Tiburcio


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