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A nomofobia pode desencadear depressão e ansiedade
Por: Ederson Rufato e Thiago Vieira
O século XXI foi marcado pelo avanço tecnológico que beneficiou a humanidade trazendo facilidades, mas também é considerado por muitos especialistas como sendo o século com mais pessoas depressivas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a depressão como a “Doença do século XXI” e aponta que cerca de 350 milhões de pessoas no mundo são atingidas pela doença, com diversas causas possíveis. Entretanto, existe uma causa que vem ganhando a atenção dos psicólogos e estudiosos dos últimos anos, a Nomofobia.
A dependência digital, ou nomofobia, é uma patologia com consequências psíquicas, sociais e físicas. De acordo com a psicóloga carioca e coautora do E-book “Psicologia no Cotidiano – temas atuais para saúde mental”, Camila Paes Leme Calvet de 30 anos, a nomofobia vai muito além da incapacidade de se afastar do aparelho. “Essa dependência está associada ao que o sujeito sente enquanto faz uso do vicio”, explica.
A nomofobia é um grande problema que pode desencadear outros transtornos como a depressão, porém não é só isso, ela também pode ser o resultado de outros sofrimentos que já existiam.
Para a atendente de telemarketing, Micaelly Nascimento, de 20 anos, o uso do celular e das redes sociais pareciam inofensivos até seus amigos e familiares próximos chamarem sua atenção. “No meu caso eu não passava muitas horas no celular, mas estava tendo alguns problemas como insônia, dificuldade de me comunicar e baixa produtividade no meu trabalho” disse.
Micaelly explica que precisou de acompanhamento constante com psicólogo e medicação por seis meses para conseguir melhorar da ansiedade e cita que redes sociais como Facebook e Instagram colaboraram para a dependência do aparelho celular.
Com a estudante do ensino médio de 18 anos, Ana Beatriz Cândido, o caso é ainda mais grave. Ela conta que costuma passar mais de 10 horas por dia no celular e isso tem a trapalhado a realizar as tarefas do dia a dia. Ana Beatriz afirmou que muitas vezes não consegue parar de navegar para cumprir seus compromissos. “É tão confortável estar com ele [celular], passar o meu tempo ali, que eu fico pensando: ‘a poxa, deixa pra fazer isso depois’” comenta.
Estudante diz que o uso excessivo dos smartphones prejudicou muito sua saúde mental, segundo ela ver muitas informações e fotos de outras pessoas nas redes sociais à afeta muito. “Eu acabo me comparando com as pessoas das redes sociais e isso me deixa com muita ansiedade” completa.
Ana Beatriz explica que ficou um mês sem as redes sociais, ela excluiu suas contas para tirar um tempo e ela explica que isso à ajudou a “desintoxicar” das influências que as redes traziam. Apesar disso, a aluna afirma que tem uma certa dependência do aparelho. Segundo ela, ficar sem o celular é bem difícil. “Sem meu celular eu sinto que está faltando alguma coisa em mim, toda hora eu coloco a mão no bolso procurando ele” finaliza.
Uso Consciente
A psicóloga Camila Paes Leme Calvet explica que existem casos complexos que apenas uma orientação não é o suficiente, pois o indivíduo não conseguiria aplicar sozinho sem a ajuda de um profissional. Entretanto, a psicóloga compartilhou algumas orientações que podem ser seguidas por todos:
- · É preciso estabelecer momentos sem uso do aparelho celular ou computador;
- · Dar preferencias a conversas presencialmente;
- · Não utilizar o aparelho nos últimos 30min antes de dormir;
- · Estar atento a consequências físicas e psicológicas como ansiedade, angustia, depressão e privação de sono;
- · Estar atento aos relacionamentos interpessoais no geral para ver se não estão sendo prejudicados pelo uso excessivo da tecnologia;
- · Não trocar encontros com amigos e familiares para ficar utilizando a tecnologia.
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Marcela Peixoto
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