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Ativistas propõem mais diálogo entre territórios

Produtores culturais, em evento remoto, trocam experiências sobre as diferentes realidades dos jovens

Por: Luca Guerra 

Debate sobre produção cultural dos jovens contou com ativistas em encontro remoto (Imagem: YouTube)

Os diferentes territórios culturais têm que conversar entre si, sobre seus problemas e seus valores, pois “através do diálogo de culturas os jovens amarram suas mudanças e soluções”. A afirmação foi feita nesta quinta, 12, pela produtora e ativista cultural Glória Maria, de 22 anos, moradora da comunidade de Paraisópolis, da cidade de São Paulo, em evento remoto promovido pelo SESC-SP em seu canal do YouTube.

O encontro virtual contou com três produtores culturais para debater sobre a produção cultural dos jovens e seus territórios, além de como o meio de divulgação desses jovens reflete suas vivências e os locais onde vivem. Owerá, um rapper e escritor na língua guarani, de 20 anos, morador da vila Krukutu, na divisa de São Bernardo do Campo e Parelheiros, destacou a importância da defesa do território indígena para seu povo. “A luta dos indígenas é a luta de todos, é a natureza que nos dá vida e é a natureza que nos protege”, disse.

A comunicação dos povos indígenas com o povo da cidade – segundo afirmou Owerá – é muito importante para que exista o ensinamento mais claro nas escolas, para que os estereótipos e preconceitos sejam desconstruídos, mostrando a importância da conversa entre os territórios culturais.

A produtora cultural Glória Maria: ““a arte comunica, cria laços de resistência” (Imagem: YouTube)

No caso do rapper, ele se comunica pela música, na qual utiliza o idioma guarani para reverenciar seus ancestrais e contar sobre as violências cometidas contra os indígenas, além da perda de suas terras. “É muito bom cantar no meu idioma, pois as palavras têm poder”, disse o escritor. 

A outra participante do evento foi a ativista cultural Gloria Maria, que também é jornalista e produtora audiovisual formada pela Faculdade Enóis. Segundo afirmou, “a arte comunica, ela é um espaço de diversidade e cria laços de resistência, pois cada jovem tem sua voz, sua identidade, e o território onde cresce é uma parte importante na construção dessa identidade”.

Também participou do encontro a atriz, maquiadora e produtora cultural Suria Amanda, de 22 anos, formada pelo CCJ (Centro De Convivência da Juventude) e moradora de São José do Rio Preto. Ela contou sobre a descoberta da cultura, quando saiu de seu ambiente familiar e descobriu os projetos artísticos da cidade onde mora, que é conhecida como um centro cultural do interior do estado.

Segundo afirmou Suria, a mudança foi muito importante em sua vida, pois mostrou que sua realidade não era única e que existiam muitos outros ambientes, muitos outros locais onde poderia aprender sobre várias coisas novas, além de construir conexões com jovens de outras realidades.

“É um processo de diálogo, de soma, de troca. São vários grupos se conectando, vendo o que é parecido, o que é semelhante. É uma fase de descoberta, uma conexão através desses diferentes territórios”, falou a atriz. 

O evento virtual foi mediado pelo animador cultural Mateus Santos, da área de teatro do SESC Rio Preto.

Aqui, acesso ao debate Produção Cultural Jovem: Juventudes e Territórios Plurais.

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Beatriz Mota Furtado


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