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Tendências da área de saúde, como peeling de fenol e quiropraxia, devem ser executados por profissionais, pois podem levar à morte
Por Eduardo Tolentino

Tratamentos em qualquer área da saúde, mesmo abordagens estéticas que parecem simples, sem o acompanhamento de um especialista podem trazer sérios riscos. Procedimentos estéticos como botox e preenchimento labial, ou a quiropraxia, técnica que ajusta a postura do corpo e ajuda a diminuir dores, podem tirar a vida de uma pessoa quando feitos por um profissional sem formação adequada.
É o que aconteceu com o jovem empresário de 27 anos Henrique Chagas, que morreu de complicações geradas por um peeling de fenol, procedimento para tratar envelhecimento facial, numa clínica em São Paulo, no dia 3 de junho deste ano.
Após o caso ganhar repercussão nacional, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) se manifestou por meio de nota. “Este procedimento foi realizado por uma pessoa leiga, sem formação em saúde, sem formação médica, e que teve acesso a essa substância perigosa que é comercializada livremente”, diz a nota da entidade.
Semanas depois do caso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu o uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde. O Cremesp, apesar de reforçar que o fenol pode ser “extremamente tóxico e até fatal”, defende que seja liberado, mas só para médicos. Por enquanto, o produto segue proibido.
A dermatologista Patrícia Moreno explica como funciona o peeling e o necessário saber para executá-lo.
“Existem vários tipos de peeling, de diferentes intensidades. Depende da camada da pele em que ele vai atuar. E o de fenol é um peeling profundo. Para cada camada, definimos qual ácido vamos utilizar e a sua porcentagem. O médico precisa saber identificar essas coisas adequadamente e conhecer as estruturas da pele”, explica.
“O erro ali (no caso do empresário) foi ter feito o procedimento numa pele que não estava íntegra. O fenol é sabidamente tóxico e pode causar uma parada cardiorrespiratória, como aconteceu nesse caso”, completou Patrícia.
Na quiropraxia, para citar outro exemplo, também é exigida formação para exercer a profissão.
“Somos especialistas em pessoas e principalmente em colunas. Antes do ajuste acontecer, é feita uma avaliação minuciosa de cada paciente. São realizados diversos testes, então não é tão simples quanto parece. Pode ser muito perigoso”, explica a quiropraxista Sabrina Esteves.
Sabrina estima que até 25% dos AVCs em pessoas com menos de 40 anos acontecem na tentativa de estalar o pescoço sozinho. Por isso, é importantíssimo sempre procurar um profissional graduado. “Antes do ajuste ser legal, ele precisa ser seguro”, completou.

A Associação Brasileira de Quiropraxia (ABQ) defende a formação dos quiropraxistas com base nos critérios da Organização Mundial de Saúde, com duração de quatro a cinco anos.
“Infelizmente, a profissão tem sido prejudicada na mídia com diversos acidentes e crimes vinculados a quiropraxistas não graduados. Sugerimos à população consultar os profissionais com a devida formação antes de procurar o tratamento”, alerta Paulo Gomes de Oliveira Neto, diretor do comitê de ética da ABQ.
Orientação: Profa. Karla Ehrenberg
Edição: Luísa Viana
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