Cultura & Espetáculos
Os trabalhos de Conclusão de Curso foram produzidos pelos alunos de Artes Visuais da PUC-Campinas
Por: Giovanna Sottero e Larissa Fortunato
A Faculdade de Artes Visuais da PUC-Campinas, começou na última quarta-feira, 5, com os projetos “Experimentais 2022”, que consiste em uma amostra pública das pesquisas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos, desenvolvidas ao longo do ano. “Vieses”, é a primeira de quatro exposições que serão realizadas até dezembro, na Galeria da Faculdade de Artes Visuais da PUC-Campinas no prédio H07, Campus I.
O trabalho realizado em conjunto pelas alunas de Bacharelado do último ano de Artes Visuais, apresenta temas extra-sensoriais abordados de maneira diversa, com fotografias, vídeos, projetos táteis e com aromas, feitos para levar o espectador a presenciar as obras de um jeito único. As artistas que realizaram a exposição retrataram em sua própria maneira assuntos considerados “delicados” pela sociedade atual, como: relacionamento abusivo, ansiedade, depressão e epilepsia.
Victoria Regina de Carvalho Silva, uma das artistas da exposição “Vieses”, expôs sua obra “Humans”, que retrata três curtas metragens que abordam como tema, relacionamentos. O primeiro com enfoque em um relacionamento entre uma pessoa transexual e bissexual, chamado “Dylan e Agatha”. O segundo retrata um relacionamento abusivo, “Maya Martins” e o último uma relação à “distância, “ELE ELA”. “Cada um deles mostra as dificuldades e a transição da transmutação da pessoa em si, dentro de um relacionamento”, explica Victoria.
O tema do trabalho de conclusão de curso desenvolvido pela estudante de artes visuais, Luciana Xavier, foi “Arte e Yoga”. Os materiais utilizados pela artista foram inspirados em elementos da cultura indiana – país de origem da prática de Yoga – representados por cheiros, incensos, cinzas e henna para a pintura das obras.
“O objetivo foi trazer consciência corporal, todas as obras são manipuláveis, possuem textura e cheiros, então as pessoas podem sentir realmente, não somente enxergar a obra de arte com a visão, podem sentir com o corpo, assim como na prática do Yoga”, declara Luciana.
O projeto “Out Of Body”, cuja tradução é “Fora do corpo”, feito pela aluna Caroline Vasconcelos, aborda a sensorialidade corpórea. O conjunto de suas três obras, estão entorno de temas como ansiedade, depressão, síndrome do pânico e epilepsia.
Esta mensagem é transmitida por meio de uma sequência de fotografias digitais, impressas em papel fotográfico, com duas modelos que representam os “ciclos” vividos por pessoas portadoras destes transtornos. Além disso, a artista utilizou uma corda pendurada no teto da exposição e produziu um vídeo para: “ressignificar essas imagens, trazer novos olhares e perspectivas ”, conta.
“Através de vivências pessoais e relatos de amigos, desenvolvi esse trabalho para criar esses corpos para o invisível, representando as sensações que a gente tem, que muitas vezes são difíceis de descrever”, afirma.
Em “Out Of Body” a artista explica que se trata da construção de uma narrativa, conforme a pessoa – portadora destas doenças – se comporta ao “sentir” as mais variadas sensações que estes transtornos causam. “Não se trata da doença em si, mas sim para representar o corpo como uma ponte para conectar o expectador e a obra”, complementa Caroline.
A professora da faculdade de Artes Visuais da PUC-Campinas, e orientadora de TCC das artistas, Andréia Dulianel aponta que esse tipo de Exposição, permite que os alunos projetem suas carreiras para o futuro.
“Para o aluno é um fechamento de ciclo, é o momento em que ele coloca a exposição para circular para o mundo e ter contato com as pessoas, então é muito importante. O artista tem que ter esse contato com o público para ter um retorno, é assim que a obra de arte acontece”, diz a professora.
A exposição “Vieses” ficará até o dia 14 de outubro no prédio H07 da PUC-Campinas, Campus 1 e o horário de funcionamento é das 18h às 21h50, aberto para todos os públicos.
Para mais informações, acesse o instagram: @galeriapuccamp
Orientação: Prof. Gilberto Roldão
Edição: Larissa Fortunato
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