Economia
Eventos bimestrais vão estimular rede de negócios das mulheres empreendedoras em Campinas
Por: Otoniel Bueno de Lima, Samuel Heleodoro Garcia e Danielle Xavier da Silva
Agregar mulheres para promover o empoderamento econômico feminino é o objetivo da Feira de Mulheres Empreendedoras de Campinas, que vai reunir, de dois em dois meses, expositoras para valorizar o potencial das mulheres no mundo dos negócios. A primeira mostra ocorreu no início de março, entre os dias 9 e 10, e reuniu 125 expositoras na Estação Cultura. A iniciativa é da Prefeitura de Campinas, por meio do Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo).
Segundo Grazielle Coutinho Moreno, coordenadora do Ceamo, muitas mulheres se deparam com a dificuldade de participar de uma feira por conta da alta taxa e liberação da Setec. “Nesse projeto, estamos trazendo o perfil de mulheres em situações vulneráveis, que estão sofrendo violência doméstica ou que, por outras razões, precisam de autonomia financeira”, afirmou. De acordo com dados do Sebrae e da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2020, o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. De 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões são mulheres.
O projeto da feira surgiu do fato de que a taxa de mulheres responsáveis por seus lares chegou a 75,35% em 10 anos, entre 2000 e 2010, o que corresponde a 37% das famílias campineiras, de acordo com dados do IBGE.
Jaqueline Fernanda Rocha é uma dessas empreendedoras. Ela começou quando ainda trabalhava no regime CLT para ter uma renda extra. Vendia roupas, produtos de beleza, e, após perder o emprego, gostava de passar mais tempo com sua filha e ter um dinheiro extra. Depois de negociar produtos dos mais variados nichos, a empreendedora começou a vender roupas e estudar melhores condições para as vendas. No início, negociava no apartamento em que vivia. Depois abriu um estabelecimento comercial com uma sócia. “Conseguimos montar uma loja e percebemos a diferença. Tivemos de mudar nossa estratégia, pois é muito diferente vender de porta em porta com as roupas em uma mala e ter um espaço físico. Há a necessidade de sempre repor e ter variedades”, explica.
Sandra Franco, com cerca de 20 anos no mundo das vendas, começou como vendedora de loja, passou pela gerência e pela supervisão de uma rede até que decidiu investir em seu próprio negócio. O medo e a insegurança fizeram parte da vida de Franco quando optou por empreender, mas outras pessoas a incentivaram e a inspiraram a entrar no empreendedorismo. “Eu e mais três amigas iniciamos com o nosso brechó, fazíamos um evento por mês e trabalhávamos com vendas online. Tivemos o nosso ponto físico, mas todas seguiram com outros objetivos. Já eu continuei”, comentou.
A empreendedora realiza as vendas online e em seu ponto físico no Cambuí. Ela revela sua paixão pelo mundo dos negócios: “amo o que eu faço e não quis desistir, sempre que eu posso ajudar e incentivar outras mulheres a serem empreendedoras, faço com muito orgulho e coragem, e eu não tive isso lá atrás. Todas as mulheres são capazes e devem acreditar no seu sonho. Se querem empreender, precisam acreditar que vai dar certo e se jogar”, disse.
Orientação e Edição: Prof. Artur Araujo
Veja mais matéria sobre Economia
O evento que faz girar a roda de negócios de Americana
Festa do Peão Boiadeiro gera mais de 17 mil empregos e ajuda a aquecer economia da cidade
Economista analisa inflação e política econômica no PIB
Eli Borochovicius observa que a inflação pode gerar uma falsa impressão de crescimento
Eletromobilidade ganha destaque no interior de São Paulo
Campinas e São José dos Campos são referências nacionais; especialistas destacam vantagens
É com base na festa que eles apreendem a fazer negócios
Para economista Roberto Brito, eventos universitários são meio de fomentar empreendedorismo
Povos originários fazem da arte a garantia do ganha-pão
Com dificuldades financeiras em Campinas, famílias indígenas usam identidade cultural como subsistência
Mercado vegano tem alta na preferência do consumidor
São 30 milhões de brasileiros que alegam adesão por causa de saúde e direitos dos animais