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Estresse, ansiedade e medo contribuíram para a mudança do comportamento de pessoas de 16 a 24 anos no País, aponta estudo
Por Ana Clara Cruz
Os jovens aumentaram o consumo de bebida alcoólica no País na pandemia. Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná em março passado mostrou que houve um aumento de consumo entre a população jovem em todos os estados do País. Na faixa etária de 16 a 24 anos o crescimento foi de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados mostram que 16,4% da população entrevistada na faixa dos 60 anos também aumentou o consumo de bebidas alcoólicas, no período da quarentena.
Para a psicóloga Lucinéia Mariano, o aumento no consumo de bebida alcoólica durante a quarentena pode ser explicado pela própria cultura, que repercute no comportamento de cada um. “Há uma cultura no nosso país de que a bebida alcóolica traz um certo relaxamento e as pessoas acabam usando isso como desculpa”, explica. “O que os jovens precisam entender é o limite dessa rota de fuga que encontraram por conta da nova rotina. Ocorre a fala ‘eu sei a hora de parar’ e ‘eu sei o meu limite’, mas isso é uma falsa ilusão. A pessoa acaba se afundando pois tem medo de enfrentar a realidade”, afirma.
A estudante do curso de administração da PUC-Campinas, Camila Mariotti, de 19 anos, diz que passou a beber mais no período do isolamento social. “No começo da pandemia eu não tinha o costume de beber tanto, mas como não estávamos podendo sair, eu sentia a necessidade de relaxar um pouco. Comecei a beber mais e isso virou um hábito”, diz.
O Ministério da Saúde divulga em seu site um breve questionário que têm como objetivo ajudar o indivíduo a avaliar seu consumo de bebidas alcoólicas e até se tem sinais de alcoolismo. Segundo o Alcoólicos Anônimos, uma organização voltada a ajudar pessoas que são viciadas em álcool a largar a dependência, a busca por ajuda na entidade triplicou no último ano. Os cinco mil grupos que auxiliam no tratamento contra o alcoolismo passaram a receber por volta de 100 pedidos de ajuda por dia em reuniões remotas.
Orientação: Profa. Cecília Toledo
Edição: Oscar Nucci
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