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Segundo Aline Heidemann, fisioterapia pode ajudar no tratamento da doença que atinge mais de 500 milhões de pessoas

Por: Ana Beatriz Viana Tocoli
No dia 14 de novembro é comemorado o dia mundial contra a diabetes, uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que está entre as 10 que mais atingem pessoas ao redor do mundo. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) existem 537 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo – um aumento de 16% comparado ao mesmo período no ano de 2019. Os números foram divulgados no início deste mês e indicam que o Brasil é o quarto país no ranking mundial com mais de 13 milhões de casos de diabetes.
O percentual de diabéticos na população brasileira aumentou significativamente em um intervalo de 13 anos, saltando de 5,5% em 2006 para 7,4% em 2019, segundo pesquisas da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), um sistema do Ministério da Saúde que monitora a evolução das doenças crônicas na população. Essa mesma pesquisa, divulgou dados preliminares de 2020, que mostram que a porcentagem de pessoas com diabetes aumentou para 8,2% em relação aos meses de janeiro a abril do ano anterior.

De acordo com Aline Heidemann, professora de graduação no curso de Fisioterapia da PUC-Campinas, o paciente com diabetes apresenta disfunções multifatoriais (genética, etnia, idade, estilo de vida e hábitos alimentares). Também pode apresentar disfunções sensoriais e motoras que podem causar sequelas, como o pé diabético, dificuldade de sentir calor e dor em extremidades, edemas em membros inferiores e até mesmo amputações.
Uma das possibilidades para tratamento da doença é a fisioterapia, pois promove a prática de exercícios, previne deformidades, diminui os picos de glicemia, melhora a circulação, sensibilidade e a qualidade de vida. A fisioterapia é recomendada tanto para a diabetes tipo 1, quanto tipo 2. “Não há diferença de tratamento fisioterapêutico para as duas, porém o paciente portador da diabetes tipo 2 pode se beneficiar com relação ao controle dos níveis de glicemia quando inserido em um programa de reabilitação e atividade física”, fala a fisioterapeuta.
Fátima Pedral, tem 56 anos e relatou que descobriu a diabetes tipo 2 depois dos 40 anos. Os principais sintomas foram boca seca, mesmo bebendo muita água, urina frequentemente e tontura. “Eu faço a fisioterapia motora, para fortalecer os membros inferiores, que foi onde a neuropatia diabética se manifestou. Tenho muitas dores nas pernas, formigamento e fissuras nas pontas dos dedos e na sola do pé e com a fisioterapia, percebi melhora nas minhas dores”, comentou.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a tipo 2 é a mais comum entre os brasileiros, cerca de 90% são acometidas por esse tipo. Ela aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
A SBD divulgou em seu site que, 50% dos pré-diabéticos estão propensos a desenvolver a diabetes tipo 2, mas essa etapa é especialmente importante pois, ainda pode ser revertida ou permite retardar a evolução da diabetes e suas sequelas.
Orientação: Profª. Amanda Artiolli
Edição: Fernanda Almeida
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