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Segundo economista é esperada reação do setor econômico, com ênfase no comércio, para o último trimestre
Por: Kaio Lima
A flexibilização de horários e capacidade de público tem gerado otimismo entre os comerciantes de Campinas. No dia 17 de agosto, a prefeitura anunciou as flexibilizações, conforme o plano São Paulo do Governo do Estado. Desde então, os comerciantes esperam a retomada do movimento, principalmente dos bares e restaurantes – os quais foram muito afetados ao longo da pandemia. De acordo com Malu Orsini, representante do Espaço Barão, que trabalha com a locação do espaço para casamentos e eventos em geral, a expectativa é positiva, pois a procura por reserva de datas cresceu. “Nos momentos em que a taxa de mortalidade estava mais alta, as solicitações de orçamento quase zeraram. Mas, com o avanço das flexibilizações e a volta à normalidade, a agenda de 2022 já está fechada, sem datas disponíveis. E foi dado início aos agendamentos para 2023”, disse Orsini.
Andressa Penha, representante do restaurante Madero, unidade do Shopping Parque Dom Pedro, também está esperançosa com a retomada das atividades, apesar do movimento dos clientes estar sendo gradativo. “O movimento vem aumentando. Ainda não é o mesmo de anos anteriores à pandemia, mas com este novo decreto, a tendência é que as pessoas se sintam mais seguras e passem a frequentar com mais constância”, falou.
Apesar de estarem surgindo sinais positivos em relação à retomada econômica para o setor de festas e restaurantes, o cenário ainda é incerto e gera preocupações. Luiz Kikuchi, proprietário do Aloha Bar, também da cidade de Campinas, contou que ainda não sabe como seu público irá reagir. Ele relatou que antes da pandemia recebia em média 390 clientes por final de semana e que agora recebe em média 75. Mesmo com número menor de clientes, ele espera que o último trimestre do ano seja melhor. “Acredito que com o decreto a situação melhore e as coisas voltem ao normal”, disse o comerciante.
Na visão do economista Izaías de Carvalho, diretor da faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Campinas, para o último trimestre é esperada uma reação do setor econômico, com ênfase no comércio. Este fato, além de estar ligado ao fim das restrições, está relacionado aos feriados, como Natal, Dia das Crianças e Ano Novo. Por outro lado, tem que considerar a situação da população que está sujeita ao desemprego, dívidas e inflação. “Uma parte da população está em uma situação difícil, principalmente no aspecto financeiro e essa recuperação será lenta”, afirmou Izaias. Um levantamento do Ministério da Economia, realizado em julho de 2021, aponta que em Campinas houve 40.199 solicitações de entrada no seguro-desemprego. E este fator pode atrasar a retomada do setor econômico. Além do cenário financeiro, Izaias também alertou sobre os riscos que a doença ainda apresenta. “Apesar da queda do índice de casos e óbitos, a doença não está totalmente controlada. Há países que foram sucesso de vacinação, por exemplo Israel, e hoje estão preocupados com a possibilidade de uma quarta onda, e um eventual fechamento”, alertou o economista.
Orientação: Profª Amanda Artiolli
Edição: Bruno Leoni
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