Consumo

Diversidade e variedade nas feiras da Unicamp 

Empreendedorismo é marca nas feiras que reúnem alunos e visitantes na Universidade de Campinas 

Por Erica Barbosa e João Praxedes 

De acordo com dados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a instituição conta com cerca de 34 mil alunos em 2024, matriculados em variadas áreas de estudo. Além de um ambiente acadêmico de ponta, que possui os já conhecidos hospitais, espaços de pesquisa e corpo docente altamente qualificado, o campus Zeferino Vaz também tem feiras livres, que podem ser frequentadas por qualquer pessoa que tenha interesse. Ao todo são três feiras que ocorrem durante a semana. 

Nas barracas é possível encontrar produtos desde o setor alimentício, até mesmo brechós e artesanato, o que faz o ambiente ficar descontraído, tanto para os alunos e docentes, quanto para os visitantes. 

“As feiras existem dentro da Unicamp há cerca de 25 anos”, é o que conta Alina Mendoza, uma das feirantes que está há mais tempo no local. Com 11 anos de experiência,  ela atua vendendo açaí, saladas de frutas e suco naturais, apesar de trabalhar com comida peruana em uma outra localidade.

Artesanatos, como bijuterias, também são vendidos nas feiras da Unicamp. Crédito: Érica Barbosa.

A feirante “Maria da Tapioca” conta que dentro da feira da Unicamp ela tira o seu sustento há 22 anos. “Fazer parte da feira da Unicamp é sustentabilidade, é ali que eu tiro o meu sustento, as viagens que eu fiz até hoje, que eu sustentei meus filhos, que me mantive de pé, que eu fiz os meus amigos, que não são só clientes. Sou muito amada, muito querida”, disse. 

Ainda de acordo com Maria, a feira da Unicamp é mais que um trabalho e sim uma paixão onde possui laços afetivos. “Eu tenho uma raiz muito grande ali, fazer parte da feira da Unicamp é fazer parte de uma família, nós não somos concorrentes. Fazer parte da feira é se sentir em casa, é alegria ao acordar, ao produzir, ao chegar, eu não vejo nenhuma dificuldade. Pra mim tudo é amor, eu amo muito o meu trabalho”, explicou. 

Gabriel Nascimento, do segundo ano de Engenharia Química, conta que principalmente em dias que deseja comer algo diferente do que é servido no bandejão, as feiras são ótimas opções, devido a diversidade de alimentos que são vendidos nas barracas. 

Algo interessante que Eduarda Mendes, estudante do 4° semestre de Midialogia, levanta, é o fato das feiras terem um movimento maior na quinta-feira. Acontecimento que é comprovado por Laura Iop, feirante vinda de Jundiaí, que trabalha há um ano com seu pai em uma barraca de pastel. Ela afirma ainda, por experiência própria, que os períodos de março a julho são os mais movimentados. Um dos carros chefes e também considerado um diferencial da barraca de Laura e seu pai são os pasteis de strogonoff de frango, carne e de Hot dog, classificados como os sabores especiais. 

Para a feirante do segmento de doces, Marilza da Silva Araújo, o movimento durante a semana tem sido muito satisfatório, principalmente até o final de novembro, pois ainda é época de aula. Porém, conforme o final do semestre chega, o movimento das feiras do Ciclo Básico tende a cair. 

Marilza Araújo vende doces artesanais em sua barraca na feira da Unicamp (Crédito: Érica Barbosa)

Marilza relata que para conseguir instalar uma barraca na Unicamp é necessário fazer uma inscrição no portal da Prefeitura onde o interessado faz um cadastro e aguarda o resultado do sorteio. Caso seja sorteado, o feirante tem o direito a ter sua barraca no campus por um ano, pagando apenas uma taxa semestral. 

Confira no vídeo abaixo um dia pela feira da Unicamp.

Orientação: Profa. Karla Caldas

Edição: Gabriela Lamas


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