Cultura & Espetáculos
Projeto Crodir Berimbau Sustentável confecciona instrumentos recicláveis para a prática de capoeira em Campinas
Por Lizandra Lima
Em meio ao soar da batucada, das latas e gingada, a confecção de instrumentos de capoeira, a partir de materiais recicláveis, é a inciativa da ONG Acadafro, idealizada pelo Mestre Marcão (Marco Antônio Geremias, 58 anos). A produção acontece na Estação Cultura, em uma sala à disposição do projeto. Como forma de interligar a prática da capoeira com a arte do reciclado, o projeto Crodir leva à comunidade, por meio de oficinas e exposições, a mensagem da cultura negra de forma consciente e acessível em Campinas.

A ONG recolhe todos os materiais recicláveis usados para a produção dos instrumentos como canos de PVC, arames retirados de pneus usados, latas de leite e globos plásticos para as cabaças; pedras, arruelas e moedas para os dobrões; plásticos lisos e duros para substituir as peles dos pandeiros e atabaques e outros materiais disponíveis que se adaptem aos instrumentos.
Mestre Marcão começou a produção independente como linha de testagem. O berimbau foi sua primeira amostra. Atualmente a elaboração de atabaques, caxixis e varetas é realizada com auxílio do voluntário Wagner Leite (59 anos). Todo o trabalho é artisanal. “É arte e alegra as crianças”, relata.

O coletivo expõe os artefatos em comunhão ao Projeto Ser, liderado pelo Mestre Molejo (Gabriel Bueno, 38 anos), em um trabalho com crianças e adolescentes do Jardim Fernanda, periferia de Campo Belo, com a realização de oficinas, apresentações em escolas e mostras para a população. Na oficina de Berimbau Sustentável, realizada no dia 29 de novembro, o projeto Campinando desenvolvido pelo Turismo Social do Sesc
apresentou para os moradores de Campinas a diversidade das artes, tecnologia e patrimônio. A manifestação da vivência afro aconteceu no histórico Clube Recreativo Machadinho, na Vila Industrial.

O professor de História e mestre em Educação pela Unicamp, José Carlos Dias, de 62 anos, também colabora no desenvolvimento do Acadafro, explicando o histórico da capoeira, sua importância para a libertação dos escravizados e também da relação com a história do Brasil. Envolvido com a ONG desde 2018, professor Dias, afirma que “a junção da capoeira e a possibilidade de usar os conhecimentos históricos me fascina, principalmente quando os projetos são em escolas.”
Orietação: Profa. Rose Bars
Edição: Théo Miranda
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