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Sob os cuidados do veterinário Douglas Presotto, o animal vive no Bosque dos Jequitibás, em Campinas
Por: Bruna Azevedo
Aos 10 anos de idade e pesando 250 quilos, Madalena precisa escolher com quem vai ficar, se com Antônio ou Luciano. A expectativa é grande entre os funcionários do zoológico do Bosque dos Jequitibás, em Campinas, onde a gravidez da anta campineira faz parte do projeto Refauna, cujo objetivo é reintroduzir, na porção carioca da Mata Atlântica, essa espécie de mamífero já extinta no estado do Rio de Janeiro.
“Estamos esperando nascer uma anta fêmea, porque até agora só nasceram machos. Temos três antas: a fêmea, o macho que é o marido; e o filho, já competindo com o pai, por estar em equidade reprodutiva”, explica Douglas Presotto, médico veterinário responsável pelo Bosque dos Jequitibás.
Presotto diz que a colaboração com as ONG´s Refauna e Projeto Guapiaçu será por meio da reprodução com a anta Madalena, levando em consideração que as antas geram apenas um filhote por gestação. O filhote fêmea, que nasce em média com seis quilos, será transferido para o projeto Refauna, passando por um processo adaptativo até ser introduzido no fragmento de Mata Atlântica.
Nesse sentido, o filhote da Madalena será direcionado para região de Cachoeiras de Macacu, no estado do Rio de Janeiro, fortalecendo a biodiversidade do bioma de Mata Atlântica. Madalena se alimenta de frutas, verduras, feno de alfafa e ração para equinos. O mamífero divide o quarto com Antônio, que está com seus 15 anos e pesa 200 quilos, e Luciano, seu filho. Douglas explica que as antas fêmeas costumam pesar mais que os machos.
“Madalena passou por uma cirurgia recentemente. Ela tinha um tumor na gengiva que atrapalhava sua alimentação”, diz o veterinário. Esse procedimento ocorreu no dia 6 de junho desse ano, no Hospital Veterinário da PUC-Campinas, e durou cerca de 3 horas. O trabalho teve o auxílio de duas equipes de clínicas veterinárias da cidade, que se voluntariaram a ajudar Madalena. Após a delicada cirurgia, os profissionais do bosque adotaram cuidados pós-operatórios na recuperação do animal.
Douglas, ao entrar no recinto das antas, se aproxima de Antônio e o animal vira imediatamente de barriga para cima. “As antas são animais totalmente dóceis. Animal selvagem é aquele que não passou pelo processo de domesticação, isso não quer dizer que são ferozes”, acrescenta o veterinário. Ele destaca a importância da função biológica do animal que é símbolo de biodiversidade, ao garantir um processo de germinação, após sua digestão, dispersando sementes inteiras no solo. São chamados de “jardineiros da floresta, proporcionando, no ecossistema, a função reguladora da diversidade ambiental.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Melyssa Kell
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