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Audiovisual predomina em TCCs de jornalismo

São 12 produções, como o multimídia em que a estudante Alanis Mancini entrevista o lavrador e poeta Antônio José Fernandes

Por: Carolina Felski

Este ano, a modalidade predominante entre os trabalhos de conclusão de curso (TCC) dos períodos matutino e noturno da Faculdade de Jornalismo é o audiovisual. Entre 22 projetos experimentais, 12 estão sendo desenvolvidos a partir de áudios e vídeos. Em seguida, vem o ciberjornalismo, com sete projetos, e jornalismo impresso, com três trabalhos.

A estudante Alanis Mancini, do projeto Rasgando o Verbo, entrevista o lavrador e poeta Antônio José Fernandes (Foto: Vinícius Braga)

Entre as temáticas escolhidas, os temas sociais se destacam, com pautas que investigam a desigualdade social, histórias de superação, resgate de eventos passados e até questões relativas às minorias, como o projeto Depois da Fronteira, um livro-reportagem que vai trazer a história de jovens venezuelanos refugiados que vivem no estado de São Paulo.

As estudantes Gabriela Tibúrcio e Allane Moraes, responsáveis pelo trabalho, destacam que o principal objetivo da publicação é informar os jovens brasileiros sobre como é possível oferecer apoio aos imigrantes. “Estamos escrevendo sobre jovens para jovens”, diz Gabriela.

Para a professora Juliana Doretto, a preferência por temáticas sociais se dá pela identidade profissional e ética do jornalista. “O jornalismo é uma atividade profissional cujo objetivo maior é auxiliar as pessoas a viverem melhor, com mais dignidade, mais bem-estar, tentando fazer com que as estruturas sociais sejam mais igualitárias. E, por isso, estamos sempre buscando essas pautas”, afirma.

O estudante Vinícius Braga, também do projeto Rasgando o Verbo, entrevista com o rapper e idealizador de sarau Renan Gomes (Foto: Alanis Mancini)

Outro projeto que vai trazer questões sociais é a reportagem multimídia Rasgando o Verbo, dos alunos Alanis Mancini, Vinícius Braga e Luca Guerra. Com um enfoque na literatura periférica discutida em saraus culturais da Região Metropolitana de Campinas (RMC), o trabalho vai debater a importância deste tipo de literatura para a representatividade das classes sociais marginalizadas.

“Escolhemos trazer esse tema no formato da reportagem multimídia porque precisamos de diversos recursos, como vídeo, texto, foto e áudio, para demonstrar a importância destes eventos culturais. Está sendo muito bom desenvolver o projeto, tanto na hora de montar as pautas quanto na hora de gravarmos. Como é um tema que gostamos bastante, está sendo bem interessante passar por todas essas etapas”, conta Alanis.

Também na temática social, há equipes que trazem discussões para a área do esporte, como o grupo de Thammy Luciano, Isabela Nicomedes e Marcus Trevisan, responsáveis pelo projeto Do Tabu à Paixão. Por meio de uma reportagem especial, o trio vai contar a história de mulheres que fazem parte das torcidas organizadas e dos times de futebol de Campinas – Ponte Preta e Guarani.

“Está sendo um processo longo, cheio de detalhes, imprevistos e é necessário ter muita organização. Apesar de ser cansativo, tem sido um momento de muito aprendizado. As arquibancadas são como a sociedade e, ao abordar a presença feminina nas torcidas organizadas, buscamos revelar como funciona a negociação do espaço da mulher em um ambiente majoritariamente masculino”, revela Thammy.

Os alunos Brener Pompeo e Maria Clara Prado, do grupo Racismo por trás do passaporte, entrevista o professor Omar Ribeiro Thomaz (Foto: Emily França)

Para a professora e diretora do curso de Jornalismo, Rose Bars, o projeto experimental é o reflexo do resultado do aprendizado dos alunos ao longo do curso, com possibilidades de inovar e empreender. São trabalhos que permitem a avaliação do aluno de maneira geral, a partir de questões teóricas e práticas. “É uma ótima oportunidade para o aluno desenvolver um tema e um formato que ele tem mais afinidade. É o final do curso e o início da profissionalização do aluno”, destaca.

Da mesma forma, a professora Ciça Toledo considera o projeto experimental uma grande oportunidade para o aluno sair do ambiente acadêmico e entrar em uma nova realidade, em que ele passa a agir como um verdadeiro jornalista. Tendo feito parte de seis bancas de qualificação, Ciça Toledo está otimista para as apresentações deste ano.

“As bancas foram muito ponderadas e críticas, como devem ser. Percebo que os grupos estão empolgados, estão motivados pelas orientações, então acredito que teremos uma leva muito positiva de projetos este ano”, afirma a docente.

As apresentações dos projetos experimentais em Jornalismo vão acontecer no período de 4 a 13 de dezembro, e estarão disponíveis posteriormente no acervo digital da PUC-Campinas.

A seguir, a relação dos TCCs em jornalismo:

Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti

Edição: Isabela Meletti


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Digitais é um produto laboratorial da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, com publicações desenvolvidas pelos alunos nas disciplinas práticas e nos projetos experimentais para a conclusão do curso. Alunos monitores/editores de agosto a setembro de 2023: Bianca Campos Bernardes / Daniel Ribeiro dos Santos / Gabriela Fernandes Cardoso Lamas / Gabriela Moda Battaglini / Giovana Sottero / Isabela Ribeiro de Meletti / Marina de Andrade Favaro / Melyssa Kell Sousa Barbosa / Murilo Araujo Sacardi / Théo Miranda de Lima Professores responsáveis: Carlos Gilberto Roldão, Carlos A. Zanotti e Rosemary Bars.