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Encontro vai focar a desinformação no mundo contemporâneo, diz o professor Marcelo Pereira, do PPG Limiar
Por Marcos Rossi
Com 58 trabalhos inscritos, começa às 8h desta quarta-feira, 14, a terceira edição do Religiocom – Congresso Internacional de Comunicação e Religiões, promovido em parceria da PUC-Campinas com o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), a partir das 9h, no auditório do campus-1 da PUC-Campinas. Nesse ano o tema central será “Comunicação, religião e (des)informação. Ao todo, 72 pesquisadores do campo da religião e comunicação participarão do evento, que ocorrerá, na parte da tarde, de forma presencial e remota.
O congresso conta com nove grupos de trabalho, divididos em temas que ligam várias vertentes associadas a religião, a exemplo de consumo, diversidade, narrativas audiovisuais, instituições religiosas, redes sociais e o grupo mais concorrido, que foca religião, linguagens e mídia, onde estão inscritos 12 trabalhos.
“A importância do encontro se dá pelo diálogo que será possível estabelecer entre as diferentes perspectivas da área de comunicação com a religião”, afirma um dos coordenadores do evento, o professor Marcelo Pereira da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte (Limiar), da PUC-Campinas
No evento, os pesquisadores terão a oportunidade de mostrar seus estudos acadêmicos envolvendo diversas linhas metodológicas, teóricas, epistemológicas e de diferentes programas e de cursos de graduação e pós-graduação do país.
“Como o evento é híbrido, temos oportunidade de ter pessoas de outras cidades do Brasil apresentando seus estudos, além de intercambiar conhecimento. O encontro vem crescendo a cada ano, tanto na quantidade de ouvintes como de participantes, com diversos e inovadores projetos”, comenta o docente do Limiar.
Marcelo diz acreditar que a religião passa por um momento de dificuldade no mundo contemporâneo, pois não há diálogo entre as várias vertentes, levando a uma época de incompreensões religiosas. Para ele, a importância da religião se dá para o preenchimento de um vazio que seria impossível de ser preenchido por algo palpável.
“Diante de um mundo complexo, as pessoas já percebem que o mundo terreno não dá as respostas suficientes”, comenta o docente.
Com queda na adesão a religiões, a quantidade de pessoas sem nenhuma crença tem aumentado gradativamente, apontou Marcelo. No ano de 2022, 8% da população não possuía religião alguma, o que representou um aumento de mais de 1 milhão de pessoas em comparação com o ano de 2010.
Para o professor Marcelo, o fato se deve à intolerância religiosa, que teria seu crescimento com a inserção política na religião. “As religiões estão entrando na política. Toda vez que ela se envolve com o mundo, causa enfraquecimento, pois usam a religião para fazer politicagem com interesses próprios, e a derrubam”, comentou.
O professor cita a importância científica de estudos sobre a religião, para que não se corra o risco da ignorância. Para o docente, por exemplo, muitas pessoas que possuem algum tipo de doença negligenciam medicamentos por excesso de fé, o que é inadequado. “A verdade sempre combate a mentira. Nesses casos, é necessário dar ensinamento às pessoas, pois o conhecimento liberta”, afirmou.
Orientação: Prof. Carlos A. Zanotti
Edição: Ana Ornelas
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